MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO GLOBAL DE RISCO EM SAÚDE OCUPACIONAL: SABEMOS O SUFICIENTE?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos,M
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532020000200165
Resumo: RESUMO Introdução/ enquadramento/ objetivos A Avaliação do Risco em contexto laboral é uma etapa fundamental para se conseguirem postos de trabalho mais seguros e saudáveis. Geralmente são os Técnicos de Segurança que apresentam mais experiência neste contexto; contudo, nem todos os profissionais a exercer nas equipas de Saúde Ocupacional apresentam conhecimentos bem estruturados e/ ou práticos sobre a generalidade destes métodos. Foi objetivo desta revisão fazer um resumo sobre as principais técnicas utilizadas neste contexto. Metodologia Trata-se de uma revisão iniciada através de uma pesquisa realizada em abril de 2020, na base de dados RCAAP (Repositório Científico de Acesso Aberto em Portugal). Conteúdo Foram resumidas algumas considerações muito práticas sobre os métodos MARAT (Metodologia de Avaliação de Riscos e Acidentes de Trabalho), William Fine, MIAR (Metodologia Integrada para Avaliação de Riscos) e FMEA (Failure Mode and Effect Analysis), valorizando as tabelas explicativas e salientando as discretas discrepâncias entre os documentos consultados. Conclusões As palavras-chave utilizadas relacionaram-se com os métodos que a autora conhecia sumariamente; nos documentos encontrados, por vezes, foram referidas outras técnicas que também se decidiu aqui incluir numa fase inicial; contudo, tal implica obviamente uma seleção enviesada desde a partida. Facilmente se encontram artigos em bases de dados indexadas que mencionam que os utilizaram mas, devido aos limites impostos pela generalidade das revistas perante o tamanho do documento, quase todos os autores apenas mencionam o nome do método que utilizaram e, quando muito, fazem uma descrição muito sintética do mesmo. Por sua vez, em algumas Teses de Mestrado ou Doutoramento (onde esse problema não existe) já poderá se encontrar uma descrição metodológica mais detalhada mas, ainda assim, nem sempre se consegue perceber na prática como utilizar todos os métodos ou se encontram versões discretamente diferentes, fruto de adaptações, consideração sobre diversos subtipos do método ou mistura de diversas técnicas, efetuadas ao longo das décadas. Qualquer profissional inserido numa Equipa de Saúde Ocupacional que seja conhecedor do local de Trabalho terá uma noção razoável de quais serão as tarefas mais danosas; contudo, apresentar essa evidência, atenuando a subjetividade e fazendo uso da hierarquização que as escalas matemáticas podem oferecer, torna as avaliações mais científicas, rigorosas e mais fáceis de serem aceites como válidas pelo Empregador/ Representantes/ Trabalhadores e, consequentemente, aumentar a recetividade às medidas propostas para atenuar/ corrigir o problema e reavaliar o mesmo após a introdução das medidas corretivas. Seria desejável que todos os profissionais da área tivessem pelo menos uma ideia genérica dos métodos existentes e que, sobretudo, saibam onde se podem socorrer para obter mais informação, de forma a executar essas técnicas, quando necessário.
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