Potencial da aquacultura offshore ou em zonas costeiras de Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mosqueira, Miguel Maria Guimarães Bonneville Mendes
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.8/5797
Resumo: A aquacultura é uma área em rápido crescimento e em 2030 espera-se que a produção atinga as 109 milhões de toneladas. A necessidade de aumentar os valores da produção está relacionada com o rápido crescimento da população, onde atualmente 3 biliões de pessoas estão dependentes da aquacultura para obtenção de proteína de elevada qualidade. Neste contexto, a produção offshore é essencial para acompanhar a procura, aumentar a produção nacional e reduzir as importações de pescado e Portugal apresenta diversos fatores geográficos que permitem a sua implementação. O projeto Aquimar tem como objetivo caraterizar as condições oceanográficas, físicoquímicas, geoquímicas e biológicas das águas da costa portuguesa de modo a otimizar a seleção dos locais para realizar uma aquacultura; avaliar a viabilidade de novas espécies para cultivo e estimar a sua produtividade em cada local. Neste âmbito, foram determinados parâmetros físico-químicos (amónia, nitrito, nitrato, fósforo, sílica, oxigénio dissolvido, pH e temperatura) e biológicos (clorofila a) ao longo da costa portuguesa com a finalidade de avaliar a possível implementação de aquaculturas offshore ou costeiras das espécies produzidas com interesse económico, como os peixes (Argyrosomus regius, Gadus morhua, Salmo salar, Sparus aurata e Dicentrarchus labrax), bivalves (Mytilus edulis, Pecten maximus, Crassostrea gigas e Ruditapes decussatus) e macroalgas (Gracilaria gracilis, Porphyra umbilicalis e Undaria pinnatifida) no local mais apropriado para cada espécie. As amostras de água foram recolhidas num período de 22 dias entre 5 de outubro a 27 de outubro de 2018 e 27 dias entre 16 de abril a 13 de maio de 2019 no navio hidrográfico N.R.P. Almirante Gago Coutinho. A área A (entre Viana do Castelo e Porto) apresentou as maiores concentrações de clorofila a, as temperaturas mais baixas e concentrações altas de nitrato, em ambas as campanhas, ideais para o desenvolvimento em zonas costeiras dos bivalves Mytilus edulis e Pecten maximus, das macroalgas Undaria pinnatifida e Porphyra umbilicalis e possivelmente são condições que permitiriam a produção offshore de salmão Salmo salar. As áreas B (entre a Figueira da Foz e Aveiro) e C (Peniche) demonstraram algum potencial para a produção de salmão Salmo salar, robalo Dicentrarchus labrax e ostra Crassostrea gigas, uma vez que apresentaram altas concentrações de sílica e temperaturas mais baixas. A área D (onde já se produzem dourada Sparus aurata e robalo Dicentrarchus labrax em jaulas no porto de Sines) apresenta potencial para produzir a ostra Crassostrea gigas e a área E, devido às temperaturas mais altas, apresenta condições para implementar macroalgas como a Gracilaria gracilis e peixes marinhos como a corvina Argyrosomus regius, a dourada Sparus aurata e o robalo Dicentrarchus labrax.
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