Um olhar sobre a inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais no ensino secundário: conceções dos professores

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Gilda Helena Pires
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/6576
Resumo: Atualmente, em Portugal, os alunos com necessidades educativas especiais (NEE) beneficiam de igual direito à educação e oportunidade de acesso e sucesso no ensino secundário (ES) que os restantes alunos, de acordo com o Decreto-Lei n.º 176/2012, de 2 de agosto, e a Portaria n.º 275-A/2012, de 11 de setembro. Com a inclusão dos alunos com NEE nas escolas secundárias, novos desafios surgem para os professores, os principais agentes educativos e intervenientes no processo de inclusão. A presente dissertação tem como propósito compreender as conceções dos professores do ES face à inclusão dos alunos com NEE, neste nível de ensino, e quais as variáveis demográficas correlacionadas com as conceções. Para o estudo, de natureza quantitativa e qualitativa, foi aplicado um questionário a 130 professores e entrevistas semiestruturadas a 2 professores do ES de concelhos do distrito de Lisboa. Os professores apresentam um discurso inclusivo, 63% dos inquiridos concordam com a frequência dos alunos com NEE no ES e 90% concorda com a existência de oferta formativa adequada a todos os discentes neste nível de ensino. Os participantes estão cientes dos pressupostos defendidos pela educação inclusiva, nomeadamente em termos de maior disponibilidade temporal, promoção da participação, sucesso escolar dos alunos com NEE e apoio do professor de educação especial (PEE), todavia apresentam algumas incongruências. A inclusão dos alunos com NEE é concebida como inclusão física, o aluno com NEE está na turma e na escola, mas para adquirir aprendizagens concordam com a saída da sala de aula com o PEE; nos casos dos alunos com NEE e com currículo específico individual (CEI), 52% dos inquiridos acreditam que estes alunos devem frequentar a escola durante 5 horas e permanecer nos Centros de Recursos para a Inclusão (CRI) a maior parte do tempo, 20 horas do tempo letivo. As variáveis demográficas utilizadas nesta pesquisa, idade, tempo de serviço e experiência com alunos com NEE, não se revelaram correlacionadas com as respostas dadas pelos professores. Os professores entrevistados demonstraram opiniões divergentes em relação à inclusão dos alunos com NEE, enquanto um dos entrevistados propõe uma seleção de alunos à chegada do ES, o outro professor acredita que a inclusão faz parte dos objetivos da escola regular pública. Ambos os entrevistados consideraram os CRI mais adequados e com melhores respostas educativas para os alunos com NEE e com CEI.
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spelling Um olhar sobre a inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais no ensino secundário: conceções dos professoresMESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO - EDUCAÇÃO ESPECIAL: DOMÍNIO COGNITIVO E MOTOREDUCAÇÃOEDUCAÇÃO ESPECIALNECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAISINCLUSÃO ESCOLARRELAÇÃO PROFESSOR-ALUNOPROFESSORESENSINO SECUNDÁRIOPORTUGALLISBOAEDUCATIONSPECIAL EDUCATIONSPECIAL EDUCATIONAL NEEDSSCHOOL INCLUSIONTEACHER-STUDENT RELATIONSHIPSECONDARY EDUCATIONTEACHERSPORTUGALLISBONAtualmente, em Portugal, os alunos com necessidades educativas especiais (NEE) beneficiam de igual direito à educação e oportunidade de acesso e sucesso no ensino secundário (ES) que os restantes alunos, de acordo com o Decreto-Lei n.º 176/2012, de 2 de agosto, e a Portaria n.º 275-A/2012, de 11 de setembro. Com a inclusão dos alunos com NEE nas escolas secundárias, novos desafios surgem para os professores, os principais agentes educativos e intervenientes no processo de inclusão. A presente dissertação tem como propósito compreender as conceções dos professores do ES face à inclusão dos alunos com NEE, neste nível de ensino, e quais as variáveis demográficas correlacionadas com as conceções. Para o estudo, de natureza quantitativa e qualitativa, foi aplicado um questionário a 130 professores e entrevistas semiestruturadas a 2 professores do ES de concelhos do distrito de Lisboa. Os professores apresentam um discurso inclusivo, 63% dos inquiridos concordam com a frequência dos alunos com NEE no ES e 90% concorda com a existência de oferta formativa adequada a todos os discentes neste nível de ensino. Os participantes estão cientes dos pressupostos defendidos pela educação inclusiva, nomeadamente em termos de maior disponibilidade temporal, promoção da participação, sucesso escolar dos alunos com NEE e apoio do professor de educação especial (PEE), todavia apresentam algumas incongruências. A inclusão dos alunos com NEE é concebida como inclusão física, o aluno com NEE está na turma e na escola, mas para adquirir aprendizagens concordam com a saída da sala de aula com o PEE; nos casos dos alunos com NEE e com currículo específico individual (CEI), 52% dos inquiridos acreditam que estes alunos devem frequentar a escola durante 5 horas e permanecer nos Centros de Recursos para a Inclusão (CRI) a maior parte do tempo, 20 horas do tempo letivo. As variáveis demográficas utilizadas nesta pesquisa, idade, tempo de serviço e experiência com alunos com NEE, não se revelaram correlacionadas com as respostas dadas pelos professores. Os professores entrevistados demonstraram opiniões divergentes em relação à inclusão dos alunos com NEE, enquanto um dos entrevistados propõe uma seleção de alunos à chegada do ES, o outro professor acredita que a inclusão faz parte dos objetivos da escola regular pública. Ambos os entrevistados consideraram os CRI mais adequados e com melhores respostas educativas para os alunos com NEE e com CEI.Currently, in Portugal, students with special educational needs (SEN) receive equal right to education and opportunity to access and success in secondary education (SE) as the other students, according to the Decree-Law No. 176/2012 of 2/August, and Ordinance No. 275-A /2012, 11/September. With the inclusion of students with SEN in secondary schools, new challenges arise for teachers, the main education agents and interviewers in the inclusion process. This work aims to understand the conceptions of SE teachers towards the inclusion of students with SEN, in this level of education, and which demographic variables correlated with the conceptions. For the study, of a quantitative and qualitative nature, a questionnaire was administered to 130 teachers and semi-structured interviews to 2 SE teachers of municipalities in the district of Lisbon. Teachers have an inclusive speech, 63% agree with the frequency of students with SEN in SE and 90% agree with the existence of offer formation available to all students at this level. Participants are aware of the assumptions defended by inclusive education, particularly in terms of increased time availability, promoting participation, educational attainment of students with SEN and support of Special Education Teacher (SET), but have some inconsistencies. The inclusion of students with SEN is conceived as physical inclusion, students with SEN are in the class and the school, but to acquire learning the teachers agree with leaving the classroom with the SET; in cases of students with SEN and with Individual Specific Curriculum (ISC), 52% of respondents believe that these students must attend school for 5 hours and remain in Resources for Inclusion Centers (CRI) most of the time, 20 hours of school time. The demographic variables used in this study, age, length of service and experience with students with SEN, did not prove a correlation with the answers given by the teachers. The teachers interviewed showed divergent opinions regarding the inclusion of students with SEN, while one respondent proposes a selection of students to the arrival of the SE, the other teacher believes that the inclusion is part of the regular public school goals. Both interviewees considered CRI the most appropriate and best education for pupils with SEN and with ISC.2015-07-08T09:53:50Z2014-01-01T00:00:00Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/6576TID:201339706porCosta, Gilda Helena Piresinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:06:00Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/6576Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:13:38.194792Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Atualmente, em Portugal, os alunos com necessidades educativas especiais (NEE) beneficiam de igual direito à educação e oportunidade de acesso e sucesso no ensino secundário (ES) que os restantes alunos, de acordo com o Decreto-Lei n.º 176/2012, de 2 de agosto, e a Portaria n.º 275-A/2012, de 11 de setembro. Com a inclusão dos alunos com NEE nas escolas secundárias, novos desafios surgem para os professores, os principais agentes educativos e intervenientes no processo de inclusão. A presente dissertação tem como propósito compreender as conceções dos professores do ES face à inclusão dos alunos com NEE, neste nível de ensino, e quais as variáveis demográficas correlacionadas com as conceções. Para o estudo, de natureza quantitativa e qualitativa, foi aplicado um questionário a 130 professores e entrevistas semiestruturadas a 2 professores do ES de concelhos do distrito de Lisboa. Os professores apresentam um discurso inclusivo, 63% dos inquiridos concordam com a frequência dos alunos com NEE no ES e 90% concorda com a existência de oferta formativa adequada a todos os discentes neste nível de ensino. Os participantes estão cientes dos pressupostos defendidos pela educação inclusiva, nomeadamente em termos de maior disponibilidade temporal, promoção da participação, sucesso escolar dos alunos com NEE e apoio do professor de educação especial (PEE), todavia apresentam algumas incongruências. A inclusão dos alunos com NEE é concebida como inclusão física, o aluno com NEE está na turma e na escola, mas para adquirir aprendizagens concordam com a saída da sala de aula com o PEE; nos casos dos alunos com NEE e com currículo específico individual (CEI), 52% dos inquiridos acreditam que estes alunos devem frequentar a escola durante 5 horas e permanecer nos Centros de Recursos para a Inclusão (CRI) a maior parte do tempo, 20 horas do tempo letivo. As variáveis demográficas utilizadas nesta pesquisa, idade, tempo de serviço e experiência com alunos com NEE, não se revelaram correlacionadas com as respostas dadas pelos professores. Os professores entrevistados demonstraram opiniões divergentes em relação à inclusão dos alunos com NEE, enquanto um dos entrevistados propõe uma seleção de alunos à chegada do ES, o outro professor acredita que a inclusão faz parte dos objetivos da escola regular pública. Ambos os entrevistados consideraram os CRI mais adequados e com melhores respostas educativas para os alunos com NEE e com CEI.
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