Brincadeira: marcos temporais e memória

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Alberto Nídio
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.21/3420
Resumo: A brincadeira, expressão maior das culturas lúdicas da infância e do saber popular infantil que colora o folclore das crianças e que entre elas constitui prática singular, tem marcos temporais indeléveis que lhe (de)marcaram um tempo e que a memória guardou para sempre. A linearidade que, durante quase todo o tempo antes da chegada da TV, a brincadeira transportou, a revolução das suas práticas que a partir daí se operou e acentuou com a chegada das novas tecnologias da comunicação e informação à vida das crianças e a consequente transformação radical do seu habitus lúdico (da rua para casa e daqui para o quarto) balizam eras distintas de tempos sociais paralelas às que ditaram, consequentemente, a transformação que as artes de e para brincar foram, historicamente, sofrendo. Ao resgatar a brincadeira pela voz das crianças, muitas das vezes expressa pela voz dos adultos que hoje são, faz-se o registo, que neste artigo se guarda, de um pedaço da herança cultural lúdica que foi passando entre as quatro gerações que estudamos qualitativamente a partir de entrevistas grupais feitas em contexto familiar, que serviram de base para o que a seguir fica relatado. A brincadeira e a parafernália que a acompanha fazem parte da história de vida de todos nós e, por isso, a cada um cabe velar para que nunca pereça.
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Ao resgatar a brincadeira pela voz das crianças, muitas das vezes expressa pela voz dos adultos que hoje são, faz-se o registo, que neste artigo se guarda, de um pedaço da herança cultural lúdica que foi passando entre as quatro gerações que estudamos qualitativamente a partir de entrevistas grupais feitas em contexto familiar, que serviram de base para o que a seguir fica relatado. A brincadeira e a parafernália que a acompanha fazem parte da história de vida de todos nós e, por isso, a cada um cabe velar para que nunca pereça.Abstract Playful, highest expression of playful cultures of childhood and popular knowledge of children which color the folklore of children and which among them consist in singular practice, has indelible timeless marks and marked them a time which was kept in memory forever. The linearity which during most of the time before the arrival of TV was carried by playful, the revolution of its practices operated from there and accentuated with the arrival of new information and communication technologies to the life of children and consequent radical transformation of their playful habitus (from street to home and consequently to the room), delineate distinct eras of social times parallel to those which dictated, consequently, the transformation which the arts to and for play were, historically, suffering. Redeem by the voice of children, often expressed by the voice of adults who are today, is made the record, which in this article is kept, from a piece of the cultural playful heritage which was passing between four generations studied qualitatively from group interviews made in the family background. From where we confirm what is reported below. Playful and related paraphernalia are part of the life story of all of us and therefore it is up to each of us to ensure that never perish.Résumé Le jeu, la plus grande expression des cultures ludiques de l‟enfance et du savoir populaire enfantin qui colore le folklore des enfants et constitue, parmi eux, une pratique singulière, laisse des marques temporelles indélébiles qui restent gravées pour toujours, dans la mémoire. La linéarité que le jeu a transporté, pendant la plupart du temps avant l'arrivée de la TÉLÉ, et la révolution de ses pratiques qui, à partir de ce moment s‟est opérée et accentuée avec l'arrivée des nouvelles technologies de l'information et de la communication dans la vie des enfants et, la conséquente transformation radicale de leur habitus ludique (de la rue à la maison, de la maison à la chambre) délimitent des époques distinctes de temps sociaux qui sont parallèles à celles qui, conséquemment, ont dicté la transformation que les arts de et pour jouer ont historiquement subi. Recueilli par la voix des enfants, souvent exprimée par les adultes qu‟ils sont devenus, nous avons noté et gardé dans cet article, un morceau de l‟héritage culturel ludique qui atraversé les quatre génération que nous avons étudiées qualitativement à partir d'entretiens de groupes faits en contexte familial. C‟est à partir de cette étude que nous affirmons ce qui est rapporté ci-dessous. Le jeu et l'attirail qui l‟accompagne font partie de l'histoire de vie de nous tous donc, chacun de nous doit veiller à ce que rien ne soit jamais oublié ni perdu.CIED – Centro Interdisciplinar de Estudos Educacionais/Escola Superior de Educação de LisboaRCIPLSilva, Alberto Nídio2014-04-02T09:54:24Z2014-032014-03-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.21/3420porSilva, A. (2013). Brincadeira: marcos temporais e memória. 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