Cultura de segurança percecionada pelos profissionais do bloco operatório

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Autor(a) principal: Ribeiro, Nuno João Caçador
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/4956
Resumo: Enquadramento: A gestão de um bloco operatório é norteada pela eficiência, efetividade e eficácia, no sentido de se otimizarem recursos, a melhoria contínua dos processos de cuidados e se assegurar um clima de segurança do doente. Objetivos: Identificar as variáveis sociodemográficas e as variáveis socioprofissionais que interferem na perceção sobre o clima de segurança no bloco operatório. Métodos: Estudo quantitativo, com corte transversal, descritivo analítico-correlacional. Os dados foram colhidos junto de 101 profissionais a exercerem num bloco operatório, de dois Hospitais da Região Centro, num público (62,4%) e noutro privado (37,6%), sendo uma amostra maioritariamente feminina (59,4%), com uma média de idades de 46,50 anos (±11,457 anos). O instrumento de recolha de dados consta de um questionário com questões de caracterização sociodemográfica, socioprofissional e da Escala de Atitudes de Segurança em Bloco Operatório de Nordén-Hägg, Sexton, Kälvemark-Sporrong, Ring e Kettis-Lindblad (2010), adaptado para a população portuguesa por Pinheiro (2013). Resultados: As estatísticas relativas às atitudes de segurança em bloco operatório revelaram um valor médio mais elevado na satisfação profissional (média=4,290,584) e nas condições gerais de trabalho (média=3,520,850). Os profissionais com habilitações académicas até ao 12.º ano consideram a satisfação profissional, as perceções e noções dos órgãos de gestão e o reconhecimento da fadiga e o stresse como fatores mais contributivos para a segurança em bloco operatório; os profissionais com a licenciatura percecionam o clima de equipa, o clima de segurança e as condições gerais de trabalho. Os enfermeiros destacam o clima de equipa e o clima de segurança, enquanto os médicos consideram a satisfação profissional e o reconhecimento de fadiga e stresse como os fatores mais importantes para a segurança em bloco operatório; na globalidade, os profissionais de saúde com formação sobre segurança do doente, os que o hospital dispõe de normas de segurança do doente e aqueles que admitem a existência de um sistema de notificação de eventos adversos no hospital são os que atribuem mais importância às atitudes sobre a segurança em bloco operatório; os profissionais com um estatuto a tempo integral identificam o reconhecimento de fadiga e stresse, enquanto os que têm um estatuto de tempo parcial consideram mais o clima de segurança e as condições gerais de trabalho; os que são prestadores externos pontuaram mais no clima de equipa, na satisfação profissional e nas perceções e noções dos órgãos de gestão; aqueles que exercem num hospital público ponderam principalmente o clima de segurança, o reconhecimento de fadiga e de stresse e as condições gerais de trabalho, enquanto os que exercem num hospital privado percecionam mais o clima de equipa, a satisfação profissional e as perceções e noções dos órgãos de gestão. Conclusões: O sexo é a variável com maior valor preditivo de atitudes sobre a segurança em bloco operatório, com relação direta, sugerindo que, independentemente do sexo, os profissionais de saúde consideram a satisfação profissional como fator determinante das atitudes de segurança em bloco operatório; a antiguidade no hospital estabelece uma relação inversa, indicando que quanto menos tempo de serviço no hospital menor é a perceção dos profissionais acerca da satisfação profissional. Palavras-chave: Cultura de segurança; profissionais; bloco operatório.
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Os dados foram colhidos junto de 101 profissionais a exercerem num bloco operatório, de dois Hospitais da Região Centro, num público (62,4%) e noutro privado (37,6%), sendo uma amostra maioritariamente feminina (59,4%), com uma média de idades de 46,50 anos (±11,457 anos). O instrumento de recolha de dados consta de um questionário com questões de caracterização sociodemográfica, socioprofissional e da Escala de Atitudes de Segurança em Bloco Operatório de Nordén-Hägg, Sexton, Kälvemark-Sporrong, Ring e Kettis-Lindblad (2010), adaptado para a população portuguesa por Pinheiro (2013). Resultados: As estatísticas relativas às atitudes de segurança em bloco operatório revelaram um valor médio mais elevado na satisfação profissional (média=4,290,584) e nas condições gerais de trabalho (média=3,520,850). Os profissionais com habilitações académicas até ao 12.º ano consideram a satisfação profissional, as perceções e noções dos órgãos de gestão e o reconhecimento da fadiga e o stresse como fatores mais contributivos para a segurança em bloco operatório; os profissionais com a licenciatura percecionam o clima de equipa, o clima de segurança e as condições gerais de trabalho. Os enfermeiros destacam o clima de equipa e o clima de segurança, enquanto os médicos consideram a satisfação profissional e o reconhecimento de fadiga e stresse como os fatores mais importantes para a segurança em bloco operatório; na globalidade, os profissionais de saúde com formação sobre segurança do doente, os que o hospital dispõe de normas de segurança do doente e aqueles que admitem a existência de um sistema de notificação de eventos adversos no hospital são os que atribuem mais importância às atitudes sobre a segurança em bloco operatório; os profissionais com um estatuto a tempo integral identificam o reconhecimento de fadiga e stresse, enquanto os que têm um estatuto de tempo parcial consideram mais o clima de segurança e as condições gerais de trabalho; os que são prestadores externos pontuaram mais no clima de equipa, na satisfação profissional e nas perceções e noções dos órgãos de gestão; aqueles que exercem num hospital público ponderam principalmente o clima de segurança, o reconhecimento de fadiga e de stresse e as condições gerais de trabalho, enquanto os que exercem num hospital privado percecionam mais o clima de equipa, a satisfação profissional e as perceções e noções dos órgãos de gestão. Conclusões: O sexo é a variável com maior valor preditivo de atitudes sobre a segurança em bloco operatório, com relação direta, sugerindo que, independentemente do sexo, os profissionais de saúde consideram a satisfação profissional como fator determinante das atitudes de segurança em bloco operatório; a antiguidade no hospital estabelece uma relação inversa, indicando que quanto menos tempo de serviço no hospital menor é a perceção dos profissionais acerca da satisfação profissional. Palavras-chave: Cultura de segurança; profissionais; bloco operatório.Abstract Background: The management of an operative block is guided by efficiency, effectiveness and effectiveness, in order to optimize resources, continuous improvement of care processes and ensure a patient's safety. Objectives: To identify socio-demographic variables and socio-professional variables that interfere in the perception about the safety climate in the operating room. Methods: Quantitative study, cross-sectional, analytical-correlational descriptive. The data were collected from 101 professionals working in an operating room in two hospitals in the Central Region, in a public (62.4%) and another private (37.6%), a predominantly female sample (59.4%), , with a mean age of 46.50 years (± 11,457 years). The data collection instrument consists of a questionnaire with sociodemographic, socio-occupational characterization questions and the Norden-Hägg, Sexton, Kälvemark-Sporrong, Ring and Kettis-Lindblad (2010) Operational Block Safety Attitude Scale, adapted for the Portuguese population by Pinheiro (2013). Results: Statistical data on occupational safety attitudes showed a higher average value of job satisfaction (mean=4.29±0.584) and general working conditions (mean=3.52±0.850). Professionals with academic qualifications up to the 12th grade consider occupational satisfaction, perceptions and notions of management bodies and recognition of fatigue and stress as more contributory factors for operative block safety; the professionals with the degree perceive the team climate, the security climate and the general conditions of work. Nurses emphasize the team climate and safety climate, while physicians consider professional satisfaction and recognition of fatigue and stress as the most important factors for operative block safety; in general, health professionals with training in patient safety, those in which the hospital has patient safety standards, and those who admit that there is a system for reporting adverse events in the hospital are those who attach greater importance to attitudes about operative block safety; professionals with a full-time status identify recognition of fatigue and stress, while those with a part-time status consider more the safety climate and general working conditions; those who are external providers have scored more on team climate, professional satisfaction and the perceptions and notions of the management bodies; those who practice in a public hospital mainly consider the safety climate, the recognition of fatigue and stress and the general conditions of work, while those who practice in a private hospital perceive more the team climate, professional satisfaction and perceptions and notions of the management bodies. Conclusions: Sex is the variable with the highest predictive value of attitudes about safety in the operative block, with direct relation, suggesting that, regardless of gender, health professionals consider occupational satisfaction as a determinant of safety attitudes in the operative block; seniority in the hospital establishes an inverse relationship, indicating that the less time of service in the hospital is the professionals' perception about professional satisfaction. Keywords: Safety culture; professionals; operating room.Cunha, MadalenaRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuRibeiro, Nuno João Caçador2020-03-26T01:30:20Z2018-03-262017-11-272018-03-26T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/4956TID:201923807porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:27:48Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/4956Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:43:27.884955Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Enquadramento: A gestão de um bloco operatório é norteada pela eficiência, efetividade e eficácia, no sentido de se otimizarem recursos, a melhoria contínua dos processos de cuidados e se assegurar um clima de segurança do doente. Objetivos: Identificar as variáveis sociodemográficas e as variáveis socioprofissionais que interferem na perceção sobre o clima de segurança no bloco operatório. Métodos: Estudo quantitativo, com corte transversal, descritivo analítico-correlacional. Os dados foram colhidos junto de 101 profissionais a exercerem num bloco operatório, de dois Hospitais da Região Centro, num público (62,4%) e noutro privado (37,6%), sendo uma amostra maioritariamente feminina (59,4%), com uma média de idades de 46,50 anos (±11,457 anos). O instrumento de recolha de dados consta de um questionário com questões de caracterização sociodemográfica, socioprofissional e da Escala de Atitudes de Segurança em Bloco Operatório de Nordén-Hägg, Sexton, Kälvemark-Sporrong, Ring e Kettis-Lindblad (2010), adaptado para a população portuguesa por Pinheiro (2013). Resultados: As estatísticas relativas às atitudes de segurança em bloco operatório revelaram um valor médio mais elevado na satisfação profissional (média=4,290,584) e nas condições gerais de trabalho (média=3,520,850). Os profissionais com habilitações académicas até ao 12.º ano consideram a satisfação profissional, as perceções e noções dos órgãos de gestão e o reconhecimento da fadiga e o stresse como fatores mais contributivos para a segurança em bloco operatório; os profissionais com a licenciatura percecionam o clima de equipa, o clima de segurança e as condições gerais de trabalho. Os enfermeiros destacam o clima de equipa e o clima de segurança, enquanto os médicos consideram a satisfação profissional e o reconhecimento de fadiga e stresse como os fatores mais importantes para a segurança em bloco operatório; na globalidade, os profissionais de saúde com formação sobre segurança do doente, os que o hospital dispõe de normas de segurança do doente e aqueles que admitem a existência de um sistema de notificação de eventos adversos no hospital são os que atribuem mais importância às atitudes sobre a segurança em bloco operatório; os profissionais com um estatuto a tempo integral identificam o reconhecimento de fadiga e stresse, enquanto os que têm um estatuto de tempo parcial consideram mais o clima de segurança e as condições gerais de trabalho; os que são prestadores externos pontuaram mais no clima de equipa, na satisfação profissional e nas perceções e noções dos órgãos de gestão; aqueles que exercem num hospital público ponderam principalmente o clima de segurança, o reconhecimento de fadiga e de stresse e as condições gerais de trabalho, enquanto os que exercem num hospital privado percecionam mais o clima de equipa, a satisfação profissional e as perceções e noções dos órgãos de gestão. Conclusões: O sexo é a variável com maior valor preditivo de atitudes sobre a segurança em bloco operatório, com relação direta, sugerindo que, independentemente do sexo, os profissionais de saúde consideram a satisfação profissional como fator determinante das atitudes de segurança em bloco operatório; a antiguidade no hospital estabelece uma relação inversa, indicando que quanto menos tempo de serviço no hospital menor é a perceção dos profissionais acerca da satisfação profissional. Palavras-chave: Cultura de segurança; profissionais; bloco operatório.
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