Participação independente e democracia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/5688 |
Resumo: | Partindo de um enquadramento que situa o mandato independente de representação como uma solução com virtudes para a democracia, e que visa o seu aprofundamento. E reconhecendo uma tensão latente entre os fundamentos da democracia representativa e os partidos políticos. Começamos por tentar perceber como é que os poderes políticos dominantes (principais partidos políticos) se posicionam perante o poder concorrente que é a participação independente. Fazêmo-lo fundamentalmente mediante o estudo do debate em torno da possibilidade de apresentar estas candidaturas e do enquadramento legal que se lhes tem imposto. Com recurso a observação documental de fontes primárias. Desenvolvemos depois uma análise quantitativa do fenómeno. Em que pretendemos compreender o sentido da sua evolução, a sua expressão, a sua consistência e algumas das suas características mais relevantes. Procuramos contribuir para o conhecimento do perfil político dos candidatos, e perceber como é que esta alternativa de participação se reflecte nas restantes forças políticas ou se contribui para alargar a participação democrática. Identificamos resistências significativas à participação por grupos de cidadãos eleitores, extensíveis ao período estudado. Em que se verifica uma tendência para obstaculizar a essa participação. Embora nem sempre de forma expressa, mas também como resultado da própria disputa interpartidária. O fenómeno apresenta-se com uma expressão crescente, mas ainda muito reduzida. Assente fundamentalmente no surgimento de novas candidaturas. Incentivado pelos dissidentes partidários e com uma reduzida participação de novos actores políticos. Esse facto revela-se determinante no impacto que esta participação tem nos partidos políticos, colocando estas candidaturas a tónica na disputa pelo eleitorado partidário. Por outro lado os novos actores surgem com fraca expressão eleitoral, e sem capacidade para atrair o eleitorado abstencionista. Conclui-se portanto que o fenómeno está intimamente ligado à capacidade dos partidos gerirem convenientemente as diferentes sensibilidades internas, em última análise. |
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Participação independente e democraciaUm contributo para a compreensão do fenómeno das candidaturas independentes aos executivos municipais portuguesesCandidaturas IndependentesDemocraciaExecutivos MunicipaisMandatoParticipaçãoPoder Local.RepresentaçãoDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências PolíticasPartindo de um enquadramento que situa o mandato independente de representação como uma solução com virtudes para a democracia, e que visa o seu aprofundamento. E reconhecendo uma tensão latente entre os fundamentos da democracia representativa e os partidos políticos. Começamos por tentar perceber como é que os poderes políticos dominantes (principais partidos políticos) se posicionam perante o poder concorrente que é a participação independente. Fazêmo-lo fundamentalmente mediante o estudo do debate em torno da possibilidade de apresentar estas candidaturas e do enquadramento legal que se lhes tem imposto. Com recurso a observação documental de fontes primárias. Desenvolvemos depois uma análise quantitativa do fenómeno. Em que pretendemos compreender o sentido da sua evolução, a sua expressão, a sua consistência e algumas das suas características mais relevantes. Procuramos contribuir para o conhecimento do perfil político dos candidatos, e perceber como é que esta alternativa de participação se reflecte nas restantes forças políticas ou se contribui para alargar a participação democrática. Identificamos resistências significativas à participação por grupos de cidadãos eleitores, extensíveis ao período estudado. Em que se verifica uma tendência para obstaculizar a essa participação. Embora nem sempre de forma expressa, mas também como resultado da própria disputa interpartidária. O fenómeno apresenta-se com uma expressão crescente, mas ainda muito reduzida. Assente fundamentalmente no surgimento de novas candidaturas. Incentivado pelos dissidentes partidários e com uma reduzida participação de novos actores políticos. Esse facto revela-se determinante no impacto que esta participação tem nos partidos políticos, colocando estas candidaturas a tónica na disputa pelo eleitorado partidário. Por outro lado os novos actores surgem com fraca expressão eleitoral, e sem capacidade para atrair o eleitorado abstencionista. Conclui-se portanto que o fenómeno está intimamente ligado à capacidade dos partidos gerirem convenientemente as diferentes sensibilidades internas, em última análise.Starting from a framework that situates the independent mandate of representation as a solution with virtues to democracy, and aimed at its deepening. And recognizing a latent tension between the fundamentals of representative democracy and political parties. We begin by trying to understand how the dominant political powers (main political parties) position themselves towards the competing power that is the independent participation. We do so primarily through the study of the debate surrounding the possibility of presenting these candidacies and the legal framework that has been imposed to them. Using documentary observation of primary sources. Later we develop a quantitative analysis of the phenomenon. Where we want to comprehend how it has been evolving, its extension, its consistency and some of its most relevant characteristics. We seek to contribute to the knowledge of the political profile of the candidates, and understand how this alternative of participation is reflected in the other political forces or helps to broaden democratic participation. We identified significant resistance to participation by groups of voting citizens, extendable to the period studied. Where there is a tendency to hinder such participation. Although not always explicitly, but also as a result of inter-party dispute itself. The phenomenon appears with an increasing expression, but still very low. Based primarily on the emergence of new candidates. Encouraged by the party dissidents and with a reduced participation of new political actors. Such fact is decisive in the impact that this participation has in the political parties, putting these candidates the emphasis in the dispute for the party electorate. On the other hand the new actors emerge with weak electoral significance, and unable to attract non-voters. We conclude therefore that the phenomenon is closely linked to the ability of the political parties to conveniently manage the different internal sensitivities, ultimately.Branco, José Tomás de Gambôa Pinto de CastellouBibliorumMartins, Jorge Luís Simões2018-08-23T14:24:43Z2014-10-72014-11-052014-11-05T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5688TID:201330113porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:43:48Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5688Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:33.982742Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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