Evolução da Brucelose: Estudo de 12 Anos de Internamentos num Hospital Distrital
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2017000300005 |
Resumo: | Introdução: A brucelose humana tem uma variada apresentação clínica com uma importante carga socioeconómica. A elevada suspeita clínica e a interpretação adequada dos testes laboratoriais são essenciais para o diagnóstico. O objetivo deste estudo foi rever os internamentos atribuíveis à brucelose num hospital público de uma região endémica em Portugal. Métodos: Estudo observacional retrospectivo de admissões hospitalares com o diagnóstico de alta de brucelose, entre 2000 e 2012 com análise das características epidemiológicas, clínicas, laboratoriais e terapêuticas. Resultados: Foram incluídos 36 pacientes. A percentagem do sexo masculino foi de 69,4%, a idade média foi de 52,9 anos e 72,2% apresentaram exposição a um fator de risco para brucelose. Encontramos 14 internamentos em 2000 e zero internamentos em 2012. Os sintomas mais frequentes foram: febre (72%), mialgia (58,3%) e astenia (47,2%). O teste rosa bengala foi positivo para a maioria dos doentes (91,7%). Em contrapartida, apenas um paciente apresentou exame de cultura positivo para brucelose. A apresentação da doença foi essencialmente aguda (75%) e focalizada (69%). Na presença de doença focalizada, o envolvimento osteoarticular foi o mais frequente (37%). Na análise univariada, os pacientes que recaíram (16,6%) não apresentaram associação significativa com nenhuma das características epidemiológicas, clínicas, laboratoriais ou terapêuticas (p > 0,05). O regime de antibióticos mais frequentemente prescrito foi rifampicina mais doxiciclina (55,5%). Conclusão: No nosso estudo, os internamentos hospitalares devido à brucelose diminuíram dramaticamente entre 2000 e 2012, o que mostra uma evolução no controle da doença. As formas agudas e focalizadas de doença foram as manifestações mais frequentes desta zoonose que ainda é um desafio para os clínicos |
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