Amendoeira: uma aproximação quantitativa à disponibilidade de subprodutos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues*,M. Ângelo
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Barreira,João C.M., Ferreira,Isabel C.F.R., Bento,Albino
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2020000600041
Resumo: Resumo A amêndoa já foi um dos principais produtos de exportação do setor agrícola em Portugal. Contudo, a presença crescente no mercado mundial de amêndoa produzida na Califórnia a preços muito baixos e o despovoamento do meio rural, sobretudo a partir da década de 1970, levaram ao progressivo abandono da cultura. A amendoeira [Prunus dulcis (Mill.) D. A. Webb], contudo, nunca deixou de ser uma espécie emblemática em Portugal. Ainda que com baixo valor económico, continuou a criar paisagens deslumbrantes, com a sua floração precoce, atraindo turistas ao interior, em particular ao Vale do Douro e afluentes, onde sempre foi mantendo algum valor para a economia familiar. Nos últimos anos, contudo, tem havido um renovado interesse na cultura. O aumento do consumo de amêndoa a nível mundial tem criado condições para que os preços se mantenham um pouco mais atrativos que em anos anteriores o que, associado à falência generalizada do setor arvense de sequeiro do interior do país, tem estimulado o aparecimento de novas plantações de amendoal. O fenómeno é sobretudo relevante no Alentejo, associado a novos regadios como o Alqueva, com plantações em regime intensivo, mas também em Trás-os-Montes onde prevalecem os pomares de sequeiro. Nos anos recentes a amendoeira tem sido valorizada pela amêndoa comestível e pontualmente em roteiros turísticos de inverno associados à floração, como se referiu. Contudo, diversos subprodutos da amendoeira podem ser valorizados, sobretudo os que apresentam maior expressão quantitativa como cascarão (2000t ano-1), casca rija (9000 t ano-1), tegumento (120 t ano-1) e lenha de poda (25000 t ano-1). Neste trabalho faz-se uma estimativa da quantidade desses materiais que é produzida em Portugal e apresentam-se pistas para valorizações potenciais.
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