Caraterização psicopatológica de violadores em função do modus operandi

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Colaço, Sara Helena Raposo
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/7468
Resumo: A violação é um ato violento, obtido através da força, de ameaças físicas e/ou psicológicas que provoca o medo e vergonha à vítima. Nos termos jurídicos é um crime sexual resultante da penetração vaginal, anal ou oral, não sendo uma situação consensual. Existem inúmeros estudos que caraterizam os agressores sexuais: a sua personalidade, os fatores de vulnerabilidade psicossocial, as vítimas escolhidas, entre outros aspetos; contudo torna-se também importante diferenciar estes agressores de acordo com as suas diferentes tipologias, já que cada tipologia terá características e motivações distintas. A dissertação apresentada tem por finalidade verificar se existem fatores de predisposição para a prática do crime de violação de acordo com o modus operandi do sujeito, ou seja, se houve ou não a inflação de dano severo ou morte da vítima. Pretendeu-se averiguar de que forma a impulsividade, afeto, personalidade, psicopatologia geral intervêm nestas tipologias de violadores. Para esse efeito, foi feita uma observação a 53 reclusos em estabelecimentos prisionais Portuguese, com idades compreendidas entre os 20 anos e os 58 anos (M= 34.11). Posteriormente foram elaborados vários testes psicológicos, dados estes recolhidos anteriormente por parte de uma linha de investigação em Sexologia Forense. Os resultados demonstraram que os violadores que infligiram dano severo ou morte da vítima apresentaram significativamente menos afeto positivo e mais psicoticismo e sintomatologia do foro obsessivo-compulsivo relativamente aos violadores que não infligiram dano severo ou morte. Estes dados permitem refletir sobre os factores de perigosidade para crimes de violação, bem como orientar os alvos terapêuticos em indivíduos que causam dano severo na vítima.
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