Estudo retrospetivo da cardiomiopatia hipertrófica no gato

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Mariana Pereira
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/5666
Resumo: As cardiomiopatias são as doenças cardíacas adquiridas mais frequentes no gato, e o seu diagnóstico tem apresentado uma importância crescente na prática clínica, sendo a cardiomiopatia hipertrófica (CMH) a cardiomiopatia mais frequentemente diagnosticada. No entanto, não existe muita informação sobre esta doença em Portugal. Assim, o principal objetivo deste trabalho foi a realização de um estudo retrospetivo numa população de gatos. De um total de 54 animais que deram entrada no serviço de Cardiologia do Hospital de Referência Veterinária Montenegro entre 1 de janeiro de 2010 e 31 de janeiro de 2015, 23 animais foram diagnosticados com CMH primária. Todos os animais foram submetidos a exame ecocardiográfico e o diagnóstico de CMH foi confirmado quando a espessura do septo interventricular e/ou da parede livre do ventrículo esquerdo era igual ou superior a 6 mm, e depois de se excluirem outras causas de hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo, tais como, hipertiroidismo ou hipertensão arterial. A população de gatos com CMH caraterizou-se por uma idade média de 8,9 anos, afetando principalmente os machos e a raça Europeu comum. Os principais sinais clínicos apresentados foram o sopro sistólico e a dispneia. As alterações ecocardiográficas mais frequentes foram a insuficiência da válvula mitral, a dilatação do átrio esquerdo, a obstrução do trato de saída do ventrículo esquerdo e a presença de movimento sistólico anterior da válvula mitral. Na radiografia torácica, o edema pulmonar e o derrame pleural foram as alterações mais observadas. Neste estudo foi possível concluir que a presença de dilatação do átrio esquerdo e de movimento sistólico anterior da válvula mitral são duas alterações ecocardiográficas frequentes em gatos com CMH e que têm um papel importante na fisiopatologia desta doença bem como na gravidade da mesma. De uma forma geral, a caraterização da população estudada bem como os resultados obtidos neste estudo foram semelhantes aos já descritos por outros autores.
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