Avaliação in vivo de efeitos da suplementação alimentar de uma alga marinha, Porphyra umbilicalis em murganhos K14HPV16
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/9327 |
Resumo: | O murganho transgénico K14HPV16 é um modelo animal de carcinoma escamoso da pele que pode ser utilizado para testar as propriedades biológicas de compostos naturais e sintéticos. A região early do vírus do papiloma humano tipo 16 (HPV16) foi inserida no genoma de murganhos FVB/n sob a regulação do promotor do gene da citoqueratina 14 (K14). Este modelo desenvolve espontaneamente lesões cutâneas, idênticas às causadas pelo HPV, que induz cancros na zona anogenital e da orofaringe. Porphyra umbilicalis pertence ao grupo das algas vermelhas marinhas e exibe propriedades antitumorais, anti-inflamatórias e antimutagénicas já comprovadas em Drosophila melanogaster (dados ainda não publicados). No entanto, ainda há pouca informação sobre o seu potencial em modelos animais mamíferos. Este ensaio experimental teve como objetivo avaliar o efeito desta alga incorporada na dieta de murganhos K14HPV16. Para tal, utilizaram-se 44 murganhos fêmeas, das quais 22 eram K14HPV16 e as outras 22 wildtype, com 20 semanas de idade. Os animais foram divididos em quatro grupos. O grupo I (HPV16-/- , n=11) e o grupo II (HPV16+/. , n=11), suplementados com Porphyra umbilicalis e, como controlo, o grupo III (HPV16-/- , n=11) e o grupo IV (HPV16+/- , n=11), alimentados com dieta base. Porphyra umbilicalis foi incorporada na dieta a 10% (m/m) e os animais ingeriram-na ad libitum, durante vinte e dois dias consecutivos. Durante o ensaio foi avaliado o bem-estar animal através de parâmetros como a massa corporal, postura e resposta a estímulos externos. No final da experiência todos os animais sobreviveram e nenhum apresentava sintomas de um mal-estar. Os animais foram sacrificados por overdose de xilazinaketamina e procedeu-se à sua necropsia completa para recolha de órgãos. O sangue foi recolhido por punção intracardíaca, registaram-se as massas absolutas de cada órgão e foram realizados dois ensaios de genotoxicidade em células sanguíneas: o ensaio do cometa e o teste dos micronúcleos (MN). Ambos os ensaios indicam que a Porphyra umbilicalis reduziu o dano genético associado ao HPV16. Os parâmetros bioquímicos e histológicos não revelaram possível toxicidade da alga na concentração utilizada. A análise histológica da pele indica que a Porphyra umbilicalis tem capacidade para reduzir a incidência de lesões pré-malignas induzidas pelo HPV16 neste modelo. Assim, os nossos resultados indicam que a suplementação da dieta dos murganhos com Porphyra umbilicalis não está associada à ocorrência de alterações na fisiologia normal dos animais, tendo a vantagem de reduzir os danos no DNA e a incidência de lesões pré-malignas |
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Este ensaio experimental teve como objetivo avaliar o efeito desta alga incorporada na dieta de murganhos K14HPV16. Para tal, utilizaram-se 44 murganhos fêmeas, das quais 22 eram K14HPV16 e as outras 22 wildtype, com 20 semanas de idade. Os animais foram divididos em quatro grupos. O grupo I (HPV16-/- , n=11) e o grupo II (HPV16+/. , n=11), suplementados com Porphyra umbilicalis e, como controlo, o grupo III (HPV16-/- , n=11) e o grupo IV (HPV16+/- , n=11), alimentados com dieta base. Porphyra umbilicalis foi incorporada na dieta a 10% (m/m) e os animais ingeriram-na ad libitum, durante vinte e dois dias consecutivos. Durante o ensaio foi avaliado o bem-estar animal através de parâmetros como a massa corporal, postura e resposta a estímulos externos. No final da experiência todos os animais sobreviveram e nenhum apresentava sintomas de um mal-estar. Os animais foram sacrificados por overdose de xilazinaketamina e procedeu-se à sua necropsia completa para recolha de órgãos. O sangue foi recolhido por punção intracardíaca, registaram-se as massas absolutas de cada órgão e foram realizados dois ensaios de genotoxicidade em células sanguíneas: o ensaio do cometa e o teste dos micronúcleos (MN). Ambos os ensaios indicam que a Porphyra umbilicalis reduziu o dano genético associado ao HPV16. Os parâmetros bioquímicos e histológicos não revelaram possível toxicidade da alga na concentração utilizada. A análise histológica da pele indica que a Porphyra umbilicalis tem capacidade para reduzir a incidência de lesões pré-malignas induzidas pelo HPV16 neste modelo. Assim, os nossos resultados indicam que a suplementação da dieta dos murganhos com Porphyra umbilicalis não está associada à ocorrência de alterações na fisiologia normal dos animais, tendo a vantagem de reduzir os danos no DNA e a incidência de lesões pré-malignasK14HPV16 transgenic mice are an animal model for studying cutaneous squamous cell carcinoma, that can be used to test the biological properties of several natural and synthetics compounds. The human papillomavirus type 16 (HPV16) early region was insert into the genome of FVB/n mice under the regulation of the human cytokeratin 14 (K14) gene promoter. This model develop spontaneous lesions identical to those caused by HPV. A persistent infection by this agent is associated with anogenital and oropharyngeal cancers. Porphyra umbilicalis belongs to the group of red seaweed and shows antitumor, anti-inflammatory and antimutagenic properties proved in Drosophila melanogaster (data not published). However, the information about its potential in mammalian models of cancer remains limited. The aim of this experimental assay is to evaluate the effects of this seaweed when incorporated in the diet of K14HPV16 transgenic mice. Forty-four female mices with twenty weeks of age were divided into four groups. Group I (HPV16-/- , n=11) and group II (HPV16+/- , n=11) were both supplemented with Porphyra umbilicalis, while group III (HPV16-/- , n=11) and group IV (HPV16+/- , n=11) received the base diet. Porphyra umbilicalis was incorporated in the diet at 10% (w/w) and animals had ad libitum access to this diet during twenty-two consecutive days. During the experiment, animal well-being was assessed using parameters like body weight, posture and answer to external stimuli. At the end of the experiment all animals survived and none had symptoms of compromised well-being. All animals were sacrificed by xilazyneketamine overdose and underwent a complete necropsy. The blood was collected by intracardiac puncture, the weight of each organ was registered and two genotoxicity assays were performed on blood cells, the comet assay and the micronucleus test (MN). According to results from both studies, Porphyra umbilicalis contributed to reduce the DNA damage associated with HPV16. Biochemical and histology parameters did not show any possible toxicity of the seaweed at the concentration used. Histological analyses of skin lesions showed that Porphyra umbilicalis reduced the incidence of pre-malignant lesions induced by HPV16 in this model. Thus, our results indicate that supplementation with the seaweed Porphyra umbilicalis is not associated with physiology changes, having the advantage of reducing DNA damage and HPVinduced pre-malignant skin lesions.2019-06-14T13:38:50Z2019-04-16T00:00:00Z2019-04-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/9327porSantos, Susana Manuela Coelho dosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:39:03Zoai:repositorio.utad.pt:10348/9327Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:02:12.628373Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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