Novas abordagens farmacológicas no tratamento da depressão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lobo, Sandra Daniela Gouveia Paiva
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/5928
Resumo: A depressão é uma doença do foro psicológico que se caracteriza pela presença de humor deprimido, perda de interesse ou prazer, pensamentos suicidas, tristeza súbita, ansiedade, irritabilidade e baixa auto-estima. As causas que levam ao seu aparecimento ainda não se encontram totalmente esclarecidas, no entanto várias teorias apontam para alterações morfológicas a nível cerebral causadas pelo défice de monoaminas. Segundo dados revelados pela Organização de Saúde (OMS) a depressão tem aumentado drasticamente nos últimos anos e estima-se que em 2020 seja a segunda doença mais prevalente a nível mundial apenas ultrapassada pelas doenças cardiovasculares, assim com este aumento exponencial dos transtornos depressivos também o consumo de antidepressivos aumentou, cerca de 25,4% nos últimos 5 anos. Os primeiros fármacos antidepressivos foram descobertos acidentalmente sendo eles os antidepressivos tricíclicos e os inibidores da monoaminoxidase, estes fármacos tornaram possível o tratamento da depressão, no entanto devido à falta de seletividade e à interação com certos alimentos tornaram estas classes de antidepressivos um tratamento de segunda linha uma vez que provocam vários efeitos adversos graves podendo mesmo originar a morte do paciente. Devido aos vários efeitos secundários dos primeiros antidepressivos utilizados, surgiram novas classes farmacológicas para o tratamento da depressão de forma a proporcionar um tratamento igualmente eficaz mas sem os indesejáveis efeitos adversos dos primeiros antidepressivos sendo eles, os Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS) e Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (ISRSN), estes segundos têm uma maior seletividade para os recetores responsáveis pelo aparecimento da depressão, no entanto devido ao facto de a depressão ser uma doença do foro psicológico, diferentes pessoas reagem de modo diferente a cada fármaco. Atualmente, os mais recentes fármacos antidepressivos são mais eficazes, têm menos efeitos colaterais, menor tempo de latência e diferentes mecanismos de ação do que os seus antecessores. Nas mais recentes abordagens farmacológicas no tratamento da depressão encontram-se fármacos como o escitalopram (ISRS), a duloxetina (ISRSN), a reboxetina considerada um potente inibidor da recaptação de noradrenalina (ISRN), o bupropiom que é o único inibidor seletivo de recaptação de dopamina e noradrenalina e a agomelatina que é talvez o fármaco com o mecanismo de ação mais inovador e diferente de todos os outros pois não atua a nível das monoaminas mas sim na regulação do ciclo circadiano e por isso é considerado um antidepressivo melatoninérgico. Todos estes antidepressivos atualmente usados têm a sua eficácia comprovada no tratamento da depressão e os seus benefícios/riscos serão abordados posteriormente. A elaboração deste trabalho de revisão bibliográfica foi elaborada através de uma pesquisa sobre o tema, através de várias publicações científicas, livros da especialidade e monografias.
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As causas que levam ao seu aparecimento ainda não se encontram totalmente esclarecidas, no entanto várias teorias apontam para alterações morfológicas a nível cerebral causadas pelo défice de monoaminas. Segundo dados revelados pela Organização de Saúde (OMS) a depressão tem aumentado drasticamente nos últimos anos e estima-se que em 2020 seja a segunda doença mais prevalente a nível mundial apenas ultrapassada pelas doenças cardiovasculares, assim com este aumento exponencial dos transtornos depressivos também o consumo de antidepressivos aumentou, cerca de 25,4% nos últimos 5 anos. Os primeiros fármacos antidepressivos foram descobertos acidentalmente sendo eles os antidepressivos tricíclicos e os inibidores da monoaminoxidase, estes fármacos tornaram possível o tratamento da depressão, no entanto devido à falta de seletividade e à interação com certos alimentos tornaram estas classes de antidepressivos um tratamento de segunda linha uma vez que provocam vários efeitos adversos graves podendo mesmo originar a morte do paciente. Devido aos vários efeitos secundários dos primeiros antidepressivos utilizados, surgiram novas classes farmacológicas para o tratamento da depressão de forma a proporcionar um tratamento igualmente eficaz mas sem os indesejáveis efeitos adversos dos primeiros antidepressivos sendo eles, os Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS) e Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (ISRSN), estes segundos têm uma maior seletividade para os recetores responsáveis pelo aparecimento da depressão, no entanto devido ao facto de a depressão ser uma doença do foro psicológico, diferentes pessoas reagem de modo diferente a cada fármaco. Atualmente, os mais recentes fármacos antidepressivos são mais eficazes, têm menos efeitos colaterais, menor tempo de latência e diferentes mecanismos de ação do que os seus antecessores. Nas mais recentes abordagens farmacológicas no tratamento da depressão encontram-se fármacos como o escitalopram (ISRS), a duloxetina (ISRSN), a reboxetina considerada um potente inibidor da recaptação de noradrenalina (ISRN), o bupropiom que é o único inibidor seletivo de recaptação de dopamina e noradrenalina e a agomelatina que é talvez o fármaco com o mecanismo de ação mais inovador e diferente de todos os outros pois não atua a nível das monoaminas mas sim na regulação do ciclo circadiano e por isso é considerado um antidepressivo melatoninérgico. Todos estes antidepressivos atualmente usados têm a sua eficácia comprovada no tratamento da depressão e os seus benefícios/riscos serão abordados posteriormente. A elaboração deste trabalho de revisão bibliográfica foi elaborada através de uma pesquisa sobre o tema, através de várias publicações científicas, livros da especialidade e monografias.Depression is a disease of the psychological conditions characterized by the presence of depressed mood, loss of interest or pleasure, suicidal thoughts, sudden sadness, anxiety, irritability and low self-esteem. The causes that lead to their appearance are not yet fully understood but several theories point to morphological changes in the brain caused by monoamine deficit. According to figures released by the Health Organization (WHO) depression has increased dramatically in recent years and it is estimated that in 2020 is the second most prevalent disease in the world surpassed only by cardiovascular disease, so with this exponential increase in depressive disorders also antidepressants increased consumption, according to the WHO revealed the consumption of antidepressants increased 25.4% in the last 5 years. The first antidepressants were accidentally discovered they are tricyclic antidepressants and monoamine oxidase inhibitors, this drug became possible to treat depression, however due to lack of selectivity and interaction with certain foods currently these antidepressants are second-line treatment one as they cause various serious adverse events may even lead to the death of the patient. Owing to various side effects of the first new antidepressant drug classes used arisen for the treatment of depression in order to provide an equally effective treatment without undesirable side effects of the first antidepressants them being selective serotonin reuptake inhibitors (SSRIs) and Selective Inhibitors reuptake of serotonin and norepinephrine (SNRIs), these latter have greater selectivity for receptors responsible for the onset of depression, however due to the fact that depression is a disorder of psychological conditions different people respond differently to each drug. Currently the latest antidepressants are more effective, have fewer side effects, shorter latency and different mechanisms of action than its predecessors. In recent pharmacological approaches to treat depression are drugs such as escitalopram (SSRI), duloxetine (SNRI), reboxetine considered a potent norepinephrine reuptake inhibitor (SNRI), bupropion which is the only selective reuptake inhibitor and noradrenaline and dopamine agomelatine is perhaps the most innovative drug-action mechanisms and different from all others because it has no effect on the level of monoamines but in the regulation of the circadian cycle and is therefore considered a melatoninergic antidepressant. All these antidepressants currently used have proven effective in treating depression and its benefits / risks will be discussed later. The preparation of this work of literature review was prepared through a search on the subject, through various scientific publications, specialty books and monographs.Gonçalves, SérgioRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaLobo, Sandra Daniela Gouveia Paiva2017-04-20T09:08:07Z2016-12-272016-12-27T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/5928TID:201649896pormetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-14T02:01:13Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/5928Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:42:47.612150Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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Duloxetina
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Bupropiom
Melatonina
Agomelatina
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Antidepressants
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Selective serotonin reuptake inhibitors
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description A depressão é uma doença do foro psicológico que se caracteriza pela presença de humor deprimido, perda de interesse ou prazer, pensamentos suicidas, tristeza súbita, ansiedade, irritabilidade e baixa auto-estima. As causas que levam ao seu aparecimento ainda não se encontram totalmente esclarecidas, no entanto várias teorias apontam para alterações morfológicas a nível cerebral causadas pelo défice de monoaminas. Segundo dados revelados pela Organização de Saúde (OMS) a depressão tem aumentado drasticamente nos últimos anos e estima-se que em 2020 seja a segunda doença mais prevalente a nível mundial apenas ultrapassada pelas doenças cardiovasculares, assim com este aumento exponencial dos transtornos depressivos também o consumo de antidepressivos aumentou, cerca de 25,4% nos últimos 5 anos. Os primeiros fármacos antidepressivos foram descobertos acidentalmente sendo eles os antidepressivos tricíclicos e os inibidores da monoaminoxidase, estes fármacos tornaram possível o tratamento da depressão, no entanto devido à falta de seletividade e à interação com certos alimentos tornaram estas classes de antidepressivos um tratamento de segunda linha uma vez que provocam vários efeitos adversos graves podendo mesmo originar a morte do paciente. Devido aos vários efeitos secundários dos primeiros antidepressivos utilizados, surgiram novas classes farmacológicas para o tratamento da depressão de forma a proporcionar um tratamento igualmente eficaz mas sem os indesejáveis efeitos adversos dos primeiros antidepressivos sendo eles, os Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS) e Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (ISRSN), estes segundos têm uma maior seletividade para os recetores responsáveis pelo aparecimento da depressão, no entanto devido ao facto de a depressão ser uma doença do foro psicológico, diferentes pessoas reagem de modo diferente a cada fármaco. Atualmente, os mais recentes fármacos antidepressivos são mais eficazes, têm menos efeitos colaterais, menor tempo de latência e diferentes mecanismos de ação do que os seus antecessores. Nas mais recentes abordagens farmacológicas no tratamento da depressão encontram-se fármacos como o escitalopram (ISRS), a duloxetina (ISRSN), a reboxetina considerada um potente inibidor da recaptação de noradrenalina (ISRN), o bupropiom que é o único inibidor seletivo de recaptação de dopamina e noradrenalina e a agomelatina que é talvez o fármaco com o mecanismo de ação mais inovador e diferente de todos os outros pois não atua a nível das monoaminas mas sim na regulação do ciclo circadiano e por isso é considerado um antidepressivo melatoninérgico. Todos estes antidepressivos atualmente usados têm a sua eficácia comprovada no tratamento da depressão e os seus benefícios/riscos serão abordados posteriormente. A elaboração deste trabalho de revisão bibliográfica foi elaborada através de uma pesquisa sobre o tema, através de várias publicações científicas, livros da especialidade e monografias.
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