Comentário editorial - Edição especial: Microeconomia da Competitividade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Ibero Americana de Estratégia - RIAE |
Texto Completo: | https://periodicos.uninove.br/riae/article/view/19481 |
Resumo: | A competitividade tem sido bastante citada e estudada. Especialmente, quando relacionada às nações. Os estudos cresceram fortemente a partir do trabalho seminal de Michael Porter (1990), “A vantagem competitiva das nações” (Schneider et al., 2009). Considerando as nações, o The World Economic Forum, conforme Oliver Cann (2016), define competitividade como “o conjunto das instituições, políticas e fatores que determinam o nível de produtividade de um país”. Em geral, o tema está relacionado com as localidades, de forma similar, o periódico Competitiveness Review (n.d., tradução nossa), a define como: “um conjunto de fatores, instituições e atividades que habilitam uma localidade a sustentar um alto nível de prosperidade e que as companhias localizadas nela venham a competir com sucesso”.Assim, tradicionalmente, a competitividade vem sendo estudada nos níveis nacional, da indústria e da firma. Além destes, cada vez mais crescem os estudos de competitividade no nível regional (Peng et al., 2001), como os clusters (Ferreira Serra, 2009; Ferreira et al., 2012) e outros arranjos locais (Ferreira, Storopoli Serra, 2014; Guerrazzi et al., 2019). Em especial, existe uma atenção para os estudos das cidades (Kobayashi et al., 2017), bem como, a discussão de considerar a competitividade em nível mais amplo que o econômico, para incluir aspectos sociais e ambientais (Bhawsar Chattopadhyay, 2015; Collazzo-Yelpo Kubelka, 2019).Esta edição especial da RIAE é dedicada à competitividade. Principalmente, em comemorar e reconhecer o papel do Programa Microeconomics of Competitiveness (MOC), do Institute for Strategy and Competitiveness, coordenado por Michael Porter (Harvard Business School). E. mais especificamente, o Latin-American MOC Network que é o Capítulo Regional do MOC, para a pesquisa, ensino e extensão relacionadas à competitividade. A América Latina possui desafios específicos e importantes que precisam ser enfrentados (Collazzo Taieb, 2015). Adicionalmente, a pesquisa na América Latina apresenta um potencial importante de contribuição para o desenvolvimento teórico nas diversas áreas de conhecimento ligadas à administração de empresas (Aguinis et al., 2020). A rede do MOC Em 2002, a disciplina Microeconomia da Competitividade (MOC) foi criado pelo Professor Michael Porter e professores do Instituto de Estratégia e Competitividade (Institute for Strategy and Competitiveness) da Harvard Business School. O curso foi projetado para alunos de Harvard, e se tornou uma plataforma para instituições educacionais e professores locais capacitados ministrarem a disciplina em todo o mundo. O curso MOC explora os determinantes da competitividade e do desenvolvimento econômico bem-sucedido vistos de uma perspectiva microeconômica de baixo para cima.A Rede de Afiliados do MOC é um grupo de mais de 100 instituições educacionais em todo o mundo que ensinam o currículo do MOC e colaboram na área de competitividade. A rede foi desenvolvida com a visão de criar capacidade local para entender, ensinar e atualizar a competitividade por meio de uma estrutura altamente escalável. O Institute for Strategy and Competitiveness da Harvard Business School desenvolveu o currículo, os materiais de ensino e uma plataforma para divulgar esses materiais em todo o mundo. Aproveitando a estrutura da rede, os professores agora colaboram no ensino, no desenvolvimento de casos e na pesquisa, como formas de expandir o corpo de conhecimento e se tornarem líderes em competitividade em suas regiões.O Latin-American MOC network é a rede específica de pesquisadores das universidades que participam do MOC. É uma rede representativa que compõe aproximadamente 25% das universidades participantes. Além do intercambio e troca de experiências de ensino e pesquisa, procura contribuir para a competitividade da região de forma ampla.Aguinis et al (2020) ressaltam não só a dimensão do continente, com 20 países, cerca de 650 milhões de habitantes e PIB geral de cerca de US$ 5,32 trilhões, com características culturais específicas, mas mais homogêneas que a Ásia, África e Europa, herdadas da colonização espanhola e portuguesa. No entanto, apresenta desafios significativos (Collazzo Taieb, 2015) que fazem parte da agenda da Latin-American MOC network (acesse aqui). Esta edição especial A edição especial “Micreconomia da Competitividade” foi concebida no encontro global dos afiliados do Instituto de Estratégia e Competitividade (Institute of Strategy and Competitiveness) da Harvard Business School em 2017. Os tópicos sugeridos para perguntas de pesquisa foram: (1) Definições, indicadores e determinantes da competitividade; (2) Influências geográficas na competitividade; (3) Política de desenvolvimento baseada em cluster e seu impacto no desempenho econômico; (4) Estratégia econômica nacional e regional para a competitividade; (5) Organização de cluster para competitividade; e (6) Prosperidade e progresso social. O processo de submissão se orientou por uma revisão duplo-cego pelos pares, na qual se desdobrou em pelo menos duas ou mais rodadas de revisões para as submissões com potencial de publicação. Por fim, quatro artigos foram selecionados para compor esta edição, juntamente com este editorial.O primeiro artigo que compõe essa edição especial é o “Fatores críticos de sucesso na gestão de cooperativas de cafeicultores” por Mariano e Braga. O estudo identifica os fatores críticos de sucesso para a gestão de cooperativas por meio de consulta a especialistas usando a técnica delphi. Os principais fatores de sucesso compreenderam desde questões operacionais até diretrizes estratégicas passando por profissionalização da gestão e operações de hedge em mercados futuros.O segundo artigo de Viglioni e Calegario intitulado “How firm size moderates the knowledge and affects the innovation performance? Evidence from Brazilian manufacturing firms” usa a abordagem da teoria dos recursos (RBV) em dados secundários de empresas listadas na B3. O estudo mostra evidências da relação entre PD e desempenho, além do papel moderador do tamanho da empresa.O terceiro artigo, “Smart city Puebla: measuring smartness”, de Garciduenas-Nieto, Collazzo e Perez-Guzman expõem a questão de cidades inteligentes e desigualdade no contexto da América Latina. Com uma amostram de 217 cidades e 23 variáveis, os autores aplicaram técnicas de redução de dimensão para derivar as principais dimensões com o propósito de comparação de desempenho que podem servir para futuras mensurações de cidades inteligentes.O quarto artigo de autoria de Pereira, Azevedo, Giglio e Boaventura intitulado “Organizações de apoio no auxílio à governança em clusters competitivos” compara dois clusters de ciências de saúde em um estudo de caso múltiplo: Ribeirão Preto – Brasil vs Oxfordshire – Reino Unido. Os principais resultados apontam para a importância das organizações de apoio para a governança e, sua influência positiva na competitividade nos clusters. |
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Além destes, cada vez mais crescem os estudos de competitividade no nível regional (Peng et al., 2001), como os clusters (Ferreira Serra, 2009; Ferreira et al., 2012) e outros arranjos locais (Ferreira, Storopoli Serra, 2014; Guerrazzi et al., 2019). Em especial, existe uma atenção para os estudos das cidades (Kobayashi et al., 2017), bem como, a discussão de considerar a competitividade em nível mais amplo que o econômico, para incluir aspectos sociais e ambientais (Bhawsar Chattopadhyay, 2015; Collazzo-Yelpo Kubelka, 2019).Esta edição especial da RIAE é dedicada à competitividade. Principalmente, em comemorar e reconhecer o papel do Programa Microeconomics of Competitiveness (MOC), do Institute for Strategy and Competitiveness, coordenado por Michael Porter (Harvard Business School). E. mais especificamente, o Latin-American MOC Network que é o Capítulo Regional do MOC, para a pesquisa, ensino e extensão relacionadas à competitividade. 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O curso MOC explora os determinantes da competitividade e do desenvolvimento econômico bem-sucedido vistos de uma perspectiva microeconômica de baixo para cima.A Rede de Afiliados do MOC é um grupo de mais de 100 instituições educacionais em todo o mundo que ensinam o currículo do MOC e colaboram na área de competitividade. A rede foi desenvolvida com a visão de criar capacidade local para entender, ensinar e atualizar a competitividade por meio de uma estrutura altamente escalável. O Institute for Strategy and Competitiveness da Harvard Business School desenvolveu o currículo, os materiais de ensino e uma plataforma para divulgar esses materiais em todo o mundo. Aproveitando a estrutura da rede, os professores agora colaboram no ensino, no desenvolvimento de casos e na pesquisa, como formas de expandir o corpo de conhecimento e se tornarem líderes em competitividade em suas regiões.O Latin-American MOC network é a rede específica de pesquisadores das universidades que participam do MOC. É uma rede representativa que compõe aproximadamente 25% das universidades participantes. Além do intercambio e troca de experiências de ensino e pesquisa, procura contribuir para a competitividade da região de forma ampla.Aguinis et al (2020) ressaltam não só a dimensão do continente, com 20 países, cerca de 650 milhões de habitantes e PIB geral de cerca de US$ 5,32 trilhões, com características culturais específicas, mas mais homogêneas que a Ásia, África e Europa, herdadas da colonização espanhola e portuguesa. No entanto, apresenta desafios significativos (Collazzo Taieb, 2015) que fazem parte da agenda da Latin-American MOC network (acesse aqui). 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Por fim, quatro artigos foram selecionados para compor esta edição, juntamente com este editorial.O primeiro artigo que compõe essa edição especial é o “Fatores críticos de sucesso na gestão de cooperativas de cafeicultores” por Mariano e Braga. O estudo identifica os fatores críticos de sucesso para a gestão de cooperativas por meio de consulta a especialistas usando a técnica delphi. Os principais fatores de sucesso compreenderam desde questões operacionais até diretrizes estratégicas passando por profissionalização da gestão e operações de hedge em mercados futuros.O segundo artigo de Viglioni e Calegario intitulado “How firm size moderates the knowledge and affects the innovation performance? Evidence from Brazilian manufacturing firms” usa a abordagem da teoria dos recursos (RBV) em dados secundários de empresas listadas na B3. O estudo mostra evidências da relação entre PD e desempenho, além do papel moderador do tamanho da empresa.O terceiro artigo, “Smart city Puebla: measuring smartness”, de Garciduenas-Nieto, Collazzo e Perez-Guzman expõem a questão de cidades inteligentes e desigualdade no contexto da América Latina. Com uma amostram de 217 cidades e 23 variáveis, os autores aplicaram técnicas de redução de dimensão para derivar as principais dimensões com o propósito de comparação de desempenho que podem servir para futuras mensurações de cidades inteligentes.O quarto artigo de autoria de Pereira, Azevedo, Giglio e Boaventura intitulado “Organizações de apoio no auxílio à governança em clusters competitivos” compara dois clusters de ciências de saúde em um estudo de caso múltiplo: Ribeirão Preto – Brasil vs Oxfordshire – Reino Unido. 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A América Latina possui desafios específicos e importantes que precisam ser enfrentados (Collazzo Taieb, 2015). Adicionalmente, a pesquisa na América Latina apresenta um potencial importante de contribuição para o desenvolvimento teórico nas diversas áreas de conhecimento ligadas à administração de empresas (Aguinis et al., 2020). A rede do MOC Em 2002, a disciplina Microeconomia da Competitividade (MOC) foi criado pelo Professor Michael Porter e professores do Instituto de Estratégia e Competitividade (Institute for Strategy and Competitiveness) da Harvard Business School. O curso foi projetado para alunos de Harvard, e se tornou uma plataforma para instituições educacionais e professores locais capacitados ministrarem a disciplina em todo o mundo. O curso MOC explora os determinantes da competitividade e do desenvolvimento econômico bem-sucedido vistos de uma perspectiva microeconômica de baixo para cima.A Rede de Afiliados do MOC é um grupo de mais de 100 instituições educacionais em todo o mundo que ensinam o currículo do MOC e colaboram na área de competitividade. A rede foi desenvolvida com a visão de criar capacidade local para entender, ensinar e atualizar a competitividade por meio de uma estrutura altamente escalável. O Institute for Strategy and Competitiveness da Harvard Business School desenvolveu o currículo, os materiais de ensino e uma plataforma para divulgar esses materiais em todo o mundo. Aproveitando a estrutura da rede, os professores agora colaboram no ensino, no desenvolvimento de casos e na pesquisa, como formas de expandir o corpo de conhecimento e se tornarem líderes em competitividade em suas regiões.O Latin-American MOC network é a rede específica de pesquisadores das universidades que participam do MOC. É uma rede representativa que compõe aproximadamente 25% das universidades participantes. Além do intercambio e troca de experiências de ensino e pesquisa, procura contribuir para a competitividade da região de forma ampla.Aguinis et al (2020) ressaltam não só a dimensão do continente, com 20 países, cerca de 650 milhões de habitantes e PIB geral de cerca de US$ 5,32 trilhões, com características culturais específicas, mas mais homogêneas que a Ásia, África e Europa, herdadas da colonização espanhola e portuguesa. No entanto, apresenta desafios significativos (Collazzo Taieb, 2015) que fazem parte da agenda da Latin-American MOC network (acesse aqui). Esta edição especial A edição especial “Micreconomia da Competitividade” foi concebida no encontro global dos afiliados do Instituto de Estratégia e Competitividade (Institute of Strategy and Competitiveness) da Harvard Business School em 2017. Os tópicos sugeridos para perguntas de pesquisa foram: (1) Definições, indicadores e determinantes da competitividade; (2) Influências geográficas na competitividade; (3) Política de desenvolvimento baseada em cluster e seu impacto no desempenho econômico; (4) Estratégia econômica nacional e regional para a competitividade; (5) Organização de cluster para competitividade; e (6) Prosperidade e progresso social. O processo de submissão se orientou por uma revisão duplo-cego pelos pares, na qual se desdobrou em pelo menos duas ou mais rodadas de revisões para as submissões com potencial de publicação. Por fim, quatro artigos foram selecionados para compor esta edição, juntamente com este editorial.O primeiro artigo que compõe essa edição especial é o “Fatores críticos de sucesso na gestão de cooperativas de cafeicultores” por Mariano e Braga. O estudo identifica os fatores críticos de sucesso para a gestão de cooperativas por meio de consulta a especialistas usando a técnica delphi. Os principais fatores de sucesso compreenderam desde questões operacionais até diretrizes estratégicas passando por profissionalização da gestão e operações de hedge em mercados futuros.O segundo artigo de Viglioni e Calegario intitulado “How firm size moderates the knowledge and affects the innovation performance? Evidence from Brazilian manufacturing firms” usa a abordagem da teoria dos recursos (RBV) em dados secundários de empresas listadas na B3. O estudo mostra evidências da relação entre PD e desempenho, além do papel moderador do tamanho da empresa.O terceiro artigo, “Smart city Puebla: measuring smartness”, de Garciduenas-Nieto, Collazzo e Perez-Guzman expõem a questão de cidades inteligentes e desigualdade no contexto da América Latina. Com uma amostram de 217 cidades e 23 variáveis, os autores aplicaram técnicas de redução de dimensão para derivar as principais dimensões com o propósito de comparação de desempenho que podem servir para futuras mensurações de cidades inteligentes.O quarto artigo de autoria de Pereira, Azevedo, Giglio e Boaventura intitulado “Organizações de apoio no auxílio à governança em clusters competitivos” compara dois clusters de ciências de saúde em um estudo de caso múltiplo: Ribeirão Preto – Brasil vs Oxfordshire – Reino Unido. Os principais resultados apontam para a importância das organizações de apoio para a governança e, sua influência positiva na competitividade nos clusters. |
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