Produção e caracterização de celulose pela Glucanoacetobacter hansenii em meio contendo glicose ou manitol

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vasconcelos,Grazielly Maria Didier de
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Souza,Karina Carvalho de, Silva,Ivo Diego de Lima, Silva,Alicia Catarina Pereira Felix da, Vinhas,Glória Maria
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Matéria (Rio de Janeiro. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-70762020000400304
Resumo: RESUMO A celulose, polissacarídeo de origem vegetal, é um biopolímero abundante encontrado na natureza e, portanto, de grande valia para a ciência dos materiais em aplicações na área médica, cosmética, refinaria e outros. Como alternativa à produção tradicional de celulose, tem-se a via microbiana, que resulta numa fibra de caráter nanométrico e com boas propriedades mecânicas. Dentre os diversos micro-organismos que produzem celulose bacteriana (CB), e que apresenta resultados satisfatórios destaca-se a bactéria estritamente aeróbica e Gram-negativa conhecida como Gluconacetobacter hansenii (ATCC - 23769). Esse biopolímero apresenta enorme potencial de aplicação devido às suas propriedades térmicas, mecânicas e biocompatibilidade. Muitas pesquisas estão sendo realizadas para otimizar os processos produtivos de CB, resultando em maiores conversões com um menor custo produtivo. O presente trabalho teve como objetivo, produzir as membranas de celulose bacteriana em meio de manitol (C-MM) ou Hestrin e Schramm (C-MH), e também caracterizá-las por meio de análises de espectroscopia de infravermelho (IV), termogravimétrica (TGA), e difração de raios X (DRX). Como principais resultados, as celuloses produzidas apresentaram imagens morfológicas similares, mas no meio de manitol apresentou maior rendimento (2,09 g.L-1) na produção de CB, quando comparado ao Meio Hestrin e Schramm (HS) (1,15 g.L-1). Além disso, a celulose bacteriana produzida no meio de manitol apresentou maior cristalinidade (78%) que a produzida no meio de Hestrin e Schramm (HS) (65%). Através da análise de IV, foi possível confirmar os grupos funcionais existentes na celulose bacteriana sem a presença de quaisquer contaminantes oriundo do processo de produção. Já com relação a análise termogravimétrica, o polímero formado a partir do meio de manitol apresentou maior estabilidade térmica. Desta forma, os biofilmes produzidos nos diferentes meios apresentaram propriedades diferentes, revelando que as características poliméricas são modificadas em função do meio de crescimento bacteriano.
id RLAM-1_5c168c084520c3a82296e278b2d9a003
oai_identifier_str oai:scielo:S1517-70762020000400304
network_acronym_str RLAM-1
network_name_str Matéria (Rio de Janeiro. Online)
repository_id_str
spelling Produção e caracterização de celulose pela Glucanoacetobacter hansenii em meio contendo glicose ou manitolCelulose bacterianaGlucanoacetobacter hanseniiManitolGlicoseRESUMO A celulose, polissacarídeo de origem vegetal, é um biopolímero abundante encontrado na natureza e, portanto, de grande valia para a ciência dos materiais em aplicações na área médica, cosmética, refinaria e outros. Como alternativa à produção tradicional de celulose, tem-se a via microbiana, que resulta numa fibra de caráter nanométrico e com boas propriedades mecânicas. Dentre os diversos micro-organismos que produzem celulose bacteriana (CB), e que apresenta resultados satisfatórios destaca-se a bactéria estritamente aeróbica e Gram-negativa conhecida como Gluconacetobacter hansenii (ATCC - 23769). Esse biopolímero apresenta enorme potencial de aplicação devido às suas propriedades térmicas, mecânicas e biocompatibilidade. Muitas pesquisas estão sendo realizadas para otimizar os processos produtivos de CB, resultando em maiores conversões com um menor custo produtivo. O presente trabalho teve como objetivo, produzir as membranas de celulose bacteriana em meio de manitol (C-MM) ou Hestrin e Schramm (C-MH), e também caracterizá-las por meio de análises de espectroscopia de infravermelho (IV), termogravimétrica (TGA), e difração de raios X (DRX). Como principais resultados, as celuloses produzidas apresentaram imagens morfológicas similares, mas no meio de manitol apresentou maior rendimento (2,09 g.L-1) na produção de CB, quando comparado ao Meio Hestrin e Schramm (HS) (1,15 g.L-1). Além disso, a celulose bacteriana produzida no meio de manitol apresentou maior cristalinidade (78%) que a produzida no meio de Hestrin e Schramm (HS) (65%). Através da análise de IV, foi possível confirmar os grupos funcionais existentes na celulose bacteriana sem a presença de quaisquer contaminantes oriundo do processo de produção. Já com relação a análise termogravimétrica, o polímero formado a partir do meio de manitol apresentou maior estabilidade térmica. Desta forma, os biofilmes produzidos nos diferentes meios apresentaram propriedades diferentes, revelando que as características poliméricas são modificadas em função do meio de crescimento bacteriano.Laboratório de Hidrogênio, Coppe - Universidade Federal do Rio de Janeiroem cooperação com a Associação Brasileira do Hidrogênio, ABH22020-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-70762020000400304Matéria (Rio de Janeiro) v.25 n.4 2020reponame:Matéria (Rio de Janeiro. Online)instname:Matéria (Rio de Janeiro. Online)instacron:RLAM10.1590/s1517-707620200004.1144info:eu-repo/semantics/openAccessVasconcelos,Grazielly Maria Didier deSouza,Karina Carvalho deSilva,Ivo Diego de LimaSilva,Alicia Catarina Pereira Felix daVinhas,Glória Mariapor2020-12-08T00:00:00Zoai:scielo:S1517-70762020000400304Revistahttp://www.materia.coppe.ufrj.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||materia@labh2.coppe.ufrj.br1517-70761517-7076opendoar:2020-12-08T00:00Matéria (Rio de Janeiro. Online) - Matéria (Rio de Janeiro. Online)false
dc.title.none.fl_str_mv Produção e caracterização de celulose pela Glucanoacetobacter hansenii em meio contendo glicose ou manitol
title Produção e caracterização de celulose pela Glucanoacetobacter hansenii em meio contendo glicose ou manitol
spellingShingle Produção e caracterização de celulose pela Glucanoacetobacter hansenii em meio contendo glicose ou manitol
Vasconcelos,Grazielly Maria Didier de
Celulose bacteriana
Glucanoacetobacter hansenii
Manitol
Glicose
title_short Produção e caracterização de celulose pela Glucanoacetobacter hansenii em meio contendo glicose ou manitol
title_full Produção e caracterização de celulose pela Glucanoacetobacter hansenii em meio contendo glicose ou manitol
title_fullStr Produção e caracterização de celulose pela Glucanoacetobacter hansenii em meio contendo glicose ou manitol
title_full_unstemmed Produção e caracterização de celulose pela Glucanoacetobacter hansenii em meio contendo glicose ou manitol
title_sort Produção e caracterização de celulose pela Glucanoacetobacter hansenii em meio contendo glicose ou manitol
author Vasconcelos,Grazielly Maria Didier de
author_facet Vasconcelos,Grazielly Maria Didier de
Souza,Karina Carvalho de
Silva,Ivo Diego de Lima
Silva,Alicia Catarina Pereira Felix da
Vinhas,Glória Maria
author_role author
author2 Souza,Karina Carvalho de
Silva,Ivo Diego de Lima
Silva,Alicia Catarina Pereira Felix da
Vinhas,Glória Maria
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Vasconcelos,Grazielly Maria Didier de
Souza,Karina Carvalho de
Silva,Ivo Diego de Lima
Silva,Alicia Catarina Pereira Felix da
Vinhas,Glória Maria
dc.subject.por.fl_str_mv Celulose bacteriana
Glucanoacetobacter hansenii
Manitol
Glicose
topic Celulose bacteriana
Glucanoacetobacter hansenii
Manitol
Glicose
description RESUMO A celulose, polissacarídeo de origem vegetal, é um biopolímero abundante encontrado na natureza e, portanto, de grande valia para a ciência dos materiais em aplicações na área médica, cosmética, refinaria e outros. Como alternativa à produção tradicional de celulose, tem-se a via microbiana, que resulta numa fibra de caráter nanométrico e com boas propriedades mecânicas. Dentre os diversos micro-organismos que produzem celulose bacteriana (CB), e que apresenta resultados satisfatórios destaca-se a bactéria estritamente aeróbica e Gram-negativa conhecida como Gluconacetobacter hansenii (ATCC - 23769). Esse biopolímero apresenta enorme potencial de aplicação devido às suas propriedades térmicas, mecânicas e biocompatibilidade. Muitas pesquisas estão sendo realizadas para otimizar os processos produtivos de CB, resultando em maiores conversões com um menor custo produtivo. O presente trabalho teve como objetivo, produzir as membranas de celulose bacteriana em meio de manitol (C-MM) ou Hestrin e Schramm (C-MH), e também caracterizá-las por meio de análises de espectroscopia de infravermelho (IV), termogravimétrica (TGA), e difração de raios X (DRX). Como principais resultados, as celuloses produzidas apresentaram imagens morfológicas similares, mas no meio de manitol apresentou maior rendimento (2,09 g.L-1) na produção de CB, quando comparado ao Meio Hestrin e Schramm (HS) (1,15 g.L-1). Além disso, a celulose bacteriana produzida no meio de manitol apresentou maior cristalinidade (78%) que a produzida no meio de Hestrin e Schramm (HS) (65%). Através da análise de IV, foi possível confirmar os grupos funcionais existentes na celulose bacteriana sem a presença de quaisquer contaminantes oriundo do processo de produção. Já com relação a análise termogravimétrica, o polímero formado a partir do meio de manitol apresentou maior estabilidade térmica. Desta forma, os biofilmes produzidos nos diferentes meios apresentaram propriedades diferentes, revelando que as características poliméricas são modificadas em função do meio de crescimento bacteriano.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-70762020000400304
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-70762020000400304
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/s1517-707620200004.1144
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Laboratório de Hidrogênio, Coppe - Universidade Federal do Rio de Janeiro
em cooperação com a Associação Brasileira do Hidrogênio, ABH2
publisher.none.fl_str_mv Laboratório de Hidrogênio, Coppe - Universidade Federal do Rio de Janeiro
em cooperação com a Associação Brasileira do Hidrogênio, ABH2
dc.source.none.fl_str_mv Matéria (Rio de Janeiro) v.25 n.4 2020
reponame:Matéria (Rio de Janeiro. Online)
instname:Matéria (Rio de Janeiro. Online)
instacron:RLAM
instname_str Matéria (Rio de Janeiro. Online)
instacron_str RLAM
institution RLAM
reponame_str Matéria (Rio de Janeiro. Online)
collection Matéria (Rio de Janeiro. Online)
repository.name.fl_str_mv Matéria (Rio de Janeiro. Online) - Matéria (Rio de Janeiro. Online)
repository.mail.fl_str_mv ||materia@labh2.coppe.ufrj.br
_version_ 1752126693455167488