Estudo de fatores pró-trombóticos e pró-inflamatórios na cardiomiopatia chagásica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Melo,Leila Maria Magalhães Pessoa de
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Souza,Germano Emílio Conceição, Valim,Leandro Richa, Moreira,Luiz Felipe Pinho, Damico,Elbio Antonio, Rocha,Tania Rubia Flores da, Barretto,Antonio Carlos Pereira, Strunz,Celia Maria Cassaro, Bocchi,Edimar Alcides, Ramires,José Antonio Franchini
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2010001500015
Resumo: FUNDAMENTO: A relação entre atividade inflamatória e pró-trombótica na cardiomiopatia chagásica e em outras etiologias é obscura. OBJETIVO: Estudar o perfil de marcadores pró-trombóticos e pró-inflamatórios em pacientes com insuficiência cardíaca chagásica e compará-los com os de etiologia não chagásica. MÉTODOS: Coorte transversal. Critérios de inclusão: fração de ejeção do VE (FEVE) < 45% e tempo de início de sintomas &gt; um mês. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo 1 (G1) - sorologias positivas para Chagas - e grupo 2 (G2) - sorologias negativas para Chagas. Fator pró-inflamatório: PCR ultrassensível. Fatores pró-trombóticos: fator trombina-antitrombina, fibrinogênio, antígeno do fator de von Willebrand, P-selectina plasmática e tromboelastograma. Amostra calculada para poder de 80%, assumindo-se diferença de 1/3 de desvio-padrão; p significativo se < 0,05. Análise estatística: teste exato de Fischer para variáveis categóricas; teste t de Student não pareado para variáveis contínuas paramétricas e teste de Mann-Whitney para variáveis contínuas não paramétricas. RESULTADOS: Entre janeiro e junho de 2008, foram incluídos 150 pacientes, 80 no G1 e 70 no G2. Ambos os grupos mantinham médias de PCR ultrassensível acima dos valores de referência, porém, sem diferença significativa (p=0,328). Os níveis de fibrinogênio foram maiores no G2 do que no G1 (p=0,015). Entre as variáveis do tromboelastograma, os parâmetros MA (p=0,0013), G (p=0,0012) e TG (p=0,0005) foram maiores no G2 em comparação ao G1. CONCLUSÃO: Não há indícios de maior status pró-trombótico entre chagásicos. A dosagem de fibrinogênio e dos parâmetros MA, G e TG do tromboelastograma apontam para status pró-trombótico entre não chagásicos. Ambos os grupos tinham atividade inflamatória exacerbada.
id SBC-1_86262e22e251678ecdca435a49e9950f
oai_identifier_str oai:scielo:S0066-782X2010001500015
network_acronym_str SBC-1
network_name_str Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
repository_id_str
spelling Estudo de fatores pró-trombóticos e pró-inflamatórios na cardiomiopatia chagásicaCardiomiopatia chagásicatrombinafibrinolíticosinflamaçãoFUNDAMENTO: A relação entre atividade inflamatória e pró-trombótica na cardiomiopatia chagásica e em outras etiologias é obscura. OBJETIVO: Estudar o perfil de marcadores pró-trombóticos e pró-inflamatórios em pacientes com insuficiência cardíaca chagásica e compará-los com os de etiologia não chagásica. MÉTODOS: Coorte transversal. Critérios de inclusão: fração de ejeção do VE (FEVE) < 45% e tempo de início de sintomas &gt; um mês. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo 1 (G1) - sorologias positivas para Chagas - e grupo 2 (G2) - sorologias negativas para Chagas. Fator pró-inflamatório: PCR ultrassensível. Fatores pró-trombóticos: fator trombina-antitrombina, fibrinogênio, antígeno do fator de von Willebrand, P-selectina plasmática e tromboelastograma. Amostra calculada para poder de 80%, assumindo-se diferença de 1/3 de desvio-padrão; p significativo se < 0,05. Análise estatística: teste exato de Fischer para variáveis categóricas; teste t de Student não pareado para variáveis contínuas paramétricas e teste de Mann-Whitney para variáveis contínuas não paramétricas. RESULTADOS: Entre janeiro e junho de 2008, foram incluídos 150 pacientes, 80 no G1 e 70 no G2. Ambos os grupos mantinham médias de PCR ultrassensível acima dos valores de referência, porém, sem diferença significativa (p=0,328). Os níveis de fibrinogênio foram maiores no G2 do que no G1 (p=0,015). Entre as variáveis do tromboelastograma, os parâmetros MA (p=0,0013), G (p=0,0012) e TG (p=0,0005) foram maiores no G2 em comparação ao G1. CONCLUSÃO: Não há indícios de maior status pró-trombótico entre chagásicos. A dosagem de fibrinogênio e dos parâmetros MA, G e TG do tromboelastograma apontam para status pró-trombótico entre não chagásicos. Ambos os grupos tinham atividade inflamatória exacerbada.Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC2010-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2010001500015Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.95 n.5 2010reponame:Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)instacron:SBC10.1590/S0066-782X2010005000146info:eu-repo/semantics/openAccessMelo,Leila Maria Magalhães Pessoa deSouza,Germano Emílio ConceiçãoValim,Leandro RichaMoreira,Luiz Felipe PinhoDamico,Elbio AntonioRocha,Tania Rubia Flores daBarretto,Antonio Carlos PereiraStrunz,Celia Maria CassaroBocchi,Edimar AlcidesRamires,José Antonio Franchinipor2011-04-13T00:00:00Zoai:scielo:S0066-782X2010001500015Revistahttp://www.arquivosonline.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||arquivos@cardiol.br1678-41700066-782Xopendoar:2011-04-13T00:00Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)false
dc.title.none.fl_str_mv Estudo de fatores pró-trombóticos e pró-inflamatórios na cardiomiopatia chagásica
title Estudo de fatores pró-trombóticos e pró-inflamatórios na cardiomiopatia chagásica
spellingShingle Estudo de fatores pró-trombóticos e pró-inflamatórios na cardiomiopatia chagásica
Melo,Leila Maria Magalhães Pessoa de
Cardiomiopatia chagásica
trombina
fibrinolíticos
inflamação
title_short Estudo de fatores pró-trombóticos e pró-inflamatórios na cardiomiopatia chagásica
title_full Estudo de fatores pró-trombóticos e pró-inflamatórios na cardiomiopatia chagásica
title_fullStr Estudo de fatores pró-trombóticos e pró-inflamatórios na cardiomiopatia chagásica
title_full_unstemmed Estudo de fatores pró-trombóticos e pró-inflamatórios na cardiomiopatia chagásica
title_sort Estudo de fatores pró-trombóticos e pró-inflamatórios na cardiomiopatia chagásica
author Melo,Leila Maria Magalhães Pessoa de
author_facet Melo,Leila Maria Magalhães Pessoa de
Souza,Germano Emílio Conceição
Valim,Leandro Richa
Moreira,Luiz Felipe Pinho
Damico,Elbio Antonio
Rocha,Tania Rubia Flores da
Barretto,Antonio Carlos Pereira
Strunz,Celia Maria Cassaro
Bocchi,Edimar Alcides
Ramires,José Antonio Franchini
author_role author
author2 Souza,Germano Emílio Conceição
Valim,Leandro Richa
Moreira,Luiz Felipe Pinho
Damico,Elbio Antonio
Rocha,Tania Rubia Flores da
Barretto,Antonio Carlos Pereira
Strunz,Celia Maria Cassaro
Bocchi,Edimar Alcides
Ramires,José Antonio Franchini
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Melo,Leila Maria Magalhães Pessoa de
Souza,Germano Emílio Conceição
Valim,Leandro Richa
Moreira,Luiz Felipe Pinho
Damico,Elbio Antonio
Rocha,Tania Rubia Flores da
Barretto,Antonio Carlos Pereira
Strunz,Celia Maria Cassaro
Bocchi,Edimar Alcides
Ramires,José Antonio Franchini
dc.subject.por.fl_str_mv Cardiomiopatia chagásica
trombina
fibrinolíticos
inflamação
topic Cardiomiopatia chagásica
trombina
fibrinolíticos
inflamação
description FUNDAMENTO: A relação entre atividade inflamatória e pró-trombótica na cardiomiopatia chagásica e em outras etiologias é obscura. OBJETIVO: Estudar o perfil de marcadores pró-trombóticos e pró-inflamatórios em pacientes com insuficiência cardíaca chagásica e compará-los com os de etiologia não chagásica. MÉTODOS: Coorte transversal. Critérios de inclusão: fração de ejeção do VE (FEVE) < 45% e tempo de início de sintomas &gt; um mês. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo 1 (G1) - sorologias positivas para Chagas - e grupo 2 (G2) - sorologias negativas para Chagas. Fator pró-inflamatório: PCR ultrassensível. Fatores pró-trombóticos: fator trombina-antitrombina, fibrinogênio, antígeno do fator de von Willebrand, P-selectina plasmática e tromboelastograma. Amostra calculada para poder de 80%, assumindo-se diferença de 1/3 de desvio-padrão; p significativo se < 0,05. Análise estatística: teste exato de Fischer para variáveis categóricas; teste t de Student não pareado para variáveis contínuas paramétricas e teste de Mann-Whitney para variáveis contínuas não paramétricas. RESULTADOS: Entre janeiro e junho de 2008, foram incluídos 150 pacientes, 80 no G1 e 70 no G2. Ambos os grupos mantinham médias de PCR ultrassensível acima dos valores de referência, porém, sem diferença significativa (p=0,328). Os níveis de fibrinogênio foram maiores no G2 do que no G1 (p=0,015). Entre as variáveis do tromboelastograma, os parâmetros MA (p=0,0013), G (p=0,0012) e TG (p=0,0005) foram maiores no G2 em comparação ao G1. CONCLUSÃO: Não há indícios de maior status pró-trombótico entre chagásicos. A dosagem de fibrinogênio e dos parâmetros MA, G e TG do tromboelastograma apontam para status pró-trombótico entre não chagásicos. Ambos os grupos tinham atividade inflamatória exacerbada.
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-10-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2010001500015
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2010001500015
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0066-782X2010005000146
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
dc.source.none.fl_str_mv Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.95 n.5 2010
reponame:Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
instacron:SBC
instname_str Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
instacron_str SBC
institution SBC
reponame_str Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
collection Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
repository.name.fl_str_mv Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
repository.mail.fl_str_mv ||arquivos@cardiol.br
_version_ 1752126559408357376