Avaliação imediata e tardia do tratamento cirúrgico do aneurisma de ventrículo esquerdo: early and late results

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza,Luiz Carlos Bento de
Data de Publicação: 1987
Outros Autores: Ferreira,Walner Mesquita, Hasan,Jamal M, Mejia,G. Merrera, Chaccur,Paulo, Conforti,Cesar A, Dinkhuysen,Jarbas J, Romano,Edson R, Pimentel Filho,Wilson, Magalhães,Hélio M. de, Sousa,J. Eduardo M. R, Paulista,Paulo P, Jatene,Adib D
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381987000300001
Resumo: Com a finalidade de avaliar os resultados imediatos e tardios do tratamento cirúrgico do aneurisma de ventrículo esquerdo (VE), os autores estudaram 112 casos operados no período de janeiro de 1984 a março de 1986, portanto com um seguimento pós-operatório variando de 8 meses a 2 anos e 10 meses. A idade variou entre 33 e 75 anos, com 42% dos pacientes na faixa entre 51 e 60 anos. O sexo masculino representou 87,5% dos casos. Os sintomas pré-operatórios mais freqüentes foram dor precordial, insuficiência cardíaca e arritmia. Os achados do estudo hemodinâmico mostraram presença de aneurisma de VE em todos os casos, caracterizado por discinesia na área infartada, isoladamente em 25 casos (22,3%), associado a lesão em mais de uma artéria coronária em 50 casos (44,6%), mais de duas artérias em 34 (27,6%) e mais de três artérias em 6 casos (5,3%). Segundo o ventriculograma e pelo cálculo da contração regional, os casos foram considerados bom, regular, ou mau. De acordo com esta classificação, tivemos: bom 37 casos (33%); regular 60 casos (53,5%); mau 15 casos (13,5%). A cirurgia corretiva do aneurisma de VE foi levada a efeito obedecendo aos preceitos de reconstrução da geometria da cavidade ventricular esquerda. A aneurismectomia isolada foi realizada em 22 casos (19,6%), associada a pontes de safena em 88 casos (78,5%) e a outros procedimentos em 2 casos (1,9%). A mortalidade hospitalar foi de 7,1% (8 óbitos), correspondendo a: bom 1 caso (2,7%); regular 2 casos (3,3%); mau 5 casos (33,3%). A mortalidade tardia (2 meses, 2 anos e 1 mês) foi de 8,6% (9 casos), a considerar: bom 2 casos (5,5%); regular 6 casos (10,3%); mau 1 caso (10%). Dos 97 casos sobreviventes e com avaliação tardia, encontramos: assintomáticos 45 (47,3%), assim distribuídos: bom 20 casos (59,%); regular 20 casos (38,5%); mau 5 casos (55,5%); sintomáticos 50 casos (52,6%), de acordo com a classificação: bom 14 casos (41 %); regular 32 casos (61,5%); mau 4 casos (44,4%). Os autores concluem que os resultados, nos grupos bom e regular, são satisfatórios: porém no grupo mau, embora considerando as condições desfavoráveis dos pacientes, a mortalidade global é alta (40%).
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