Resultados imediatos e tardios da correção do aneurisma do ventrículo esquerdo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dinkhuysen,Jarbas J
Data de Publicação: 1993
Outros Autores: Santos,Magaly, Souza,Luiz Carlos Bento de, Chaccur,Paulo, Abdulmassih Neto,Camilo, Arnoni,Antoninho S, Pinto,Ibrahim, Paulista,Paulo P, Jatene,Adib D
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381993000300007
Resumo: Foram analisados 305 casos operados entre janeiro de 1984 e dezembro de 1991, abrangendo os resultados imediatos e a evolução tardia, de 8 meses a 8,5 anos de pacientes operados de aneurisma do VE. A evolução clínica a longo prazo foi integral, isto é, todos os pacientes que receberam alta hospitalar foram acompanhados. A maioria (88,5%) era masculina, com idade entre 33 e 78 anos, sendo que 46% dos pacientes se situavam entre 51 e 60 anos. O sintoma mais freqüente foi dor precordial (73,3%), insuficiência cardíaca (45,9%) e arritmias (24,9%). Quanto à classe funcional (NYHA) 54% dos pacientes estavam na classe 1,52% na classe II, 12,7% na classe III e 28,7% na classe IV, respectivamente. O estudo hemodinâmico revelou aneurisma e deiscência em todos os casos e com lesão coronária obstrutiva em 1 vaso em 20,9% dos pacientes, 2 vasos em 45,9%, 3 vasos em 25,9% e, finalmente, 4 ou mais vasos em 7,2% dos casos. De acordo com a fração de ejeção das porções contrateis do VE foram divididos em Grupo Bom (Fe = 0,58) 34,7% pacientes, Grupo Regular (Fe = 0,35) 54,7% pacientes e Grupo Ruim (Fe = 0,22) 10,4% pacientes. A técnica cirúrgica empregada foi a de corrigir com auxílio da CEC, o aneurisma, com o coração batendo, de maneira a permitir avaliação funcional das áreas contrateis versus fibrose, reconstruir a anatomia contrátil da melhor forma possível e preservar o miocárdio em condições fisiológicas durante o procedimento. Em casos selecionados, logo após a abertura do aneurisma e remoção dos trombos intracavitários, eram revascularizadas as artérias coronárias interessadas através de pinçamentos intermitentes, da aorta (32ºC), deixando-se a reconstrução da cavidade para o final do procedimento. A aneurismectomia isolada foi o único procedimento em 21,3% dos casos, associados a RM em 77,3% e a outros procedimentos em 1,3%. A mortalidade hospitalar global foi de 6,2% sendo de 2,8% no Grupo Bom, 2,9% no Grupo Regular e de 34,3% no Grupo Ruim. Obtiveram alta hospitalar 286 (93,8%) pacientes, dos quais 44,3% se encontram assintomáticos (Grupo Bom 60%, Grupo Regular 40%, Grupo Ruim 57,1%). Ocorreram 7,6% óbitos tardios, distribuídos no Grupo Bom 4,8%, Grupo Regular 7,4% e Grupo Ruim 23,8%. Analisando as curvas atuariais numa evolução até 8,5 anos, os autores concluem que a expectativa de vida para os portadores de aneurisma, de VE que se submetem a tratamento cirúrgico, com ou sem procedimentos associados, é de 85,5% com Fe = 0,58; 87,7% com Fe = 0,35 e 59,3% com Fe = 0,22.
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