Tratamento das afecções da aorta com a primeira geração de stents auto-expansíveis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: PEREIRA,Wagner Michael
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: LOBO,Roberto, SALES,Marcela, TANAKA,Nicásio, PORTUGAL,Luís Enrique V., FLORES,Luís Antônio V., KUHNEN,Élcio R., PEREIRA,Patrícia Q., LUCCHESE,Fernando A.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382001000300006
Resumo: INTRODUÇÃO: O emprego de stents auto-expansíveis no tratamento das afecções da aorta descendente apresenta-se como uma nova alternativa, e o objetivo deste trabalho é avaliar o seu desempenho. CASUÍSTICA E MÉTODOS: No período de abril de 1998 a novembro de 2000 (32 meses), foram operados 144 pacientes com doenças da aorta, sendo 66 (45,83%) dissecções, 50 (34,72%) aneurismas e 28 (19,44%) outros procedimentos com operação da aorta associada. Implantamos 37 stents auto-expansíveis na aorta descendente com acesso transesternal, circulação extracorpórea, hipotermia profunda (18°C-20°C) e parada circulatória com perfusão cerebral retrógrada. Foram 21 (56,76%) dissecções agudas tipo B, 9 (24,32%) aneurismas e dissecções crônicas tipo B e 7 (18,92%) dissecções agudas tipo A. A idade média dos pacientes era de 57,95 ± 11,66 anos, sendo 64,86% do sexo masculino. O acompanhamento foi de 32 meses (16,36 ± 10,29 meses) em 87,5% dos pacientes com entrevistas aos médicos assistentes de regiões distantes, ecocardiograma e tomografia computadorizada a cada 12 meses no ambulatório da Santa Casa. RESULTADOS: A mortalidade cirúrgica (30 dias) foi de 13,51%, sendo 9,52% nas dissecções agudas tipo B, 28,57% nas dissecções agudas do tipo A e 11,22% nos aneurismas e dissecções crônicas tipo B. As curvas de sobrevivência em 12, 24 e 33 meses são, respectivamente, 87,92%, 82,75% e 74,48%. Estão livres de eventos 70,15% dos pacientes, ao final de 33 meses. Dois óbitos hospitalares não foram relacionados ao procedimento, se fossem excluídos teríamos uma mortalidade hospitalar de 8,10%, o mesmo acontecendo a 1 óbito tardio. O implante de stent isolado ocorreu em 40,5% dos pacientes, 3 apresentaram vazamentos distais pára-protéticos e vêm sendo acompanhados. CONCLUSÃO: Os implantes de stents intraluminais auto-expansíveis apresentaram uma mortalidade hospitalar de 13,51%, mortalidade em 12, 24 e 33 meses de 9,37%, 3,44% e 3,57%, com 70,15% dos pacientes livre de eventos em 33 meses de seguimento, tornando o método factível e diminuindo a mortalidade no tratamento cirúrgico das dissecções agudas e crônicas do tipo B.
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