Análise da adulteração de méis por açúcares comerciais utilizando-se a composição isotópica de carbono
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1999 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Food Science and Technology (Campinas) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20611999000200008 |
Resumo: | O mel é um alimento apreciado por seu sabor característico e pelo seu considerável valor nutritivo. Devido a oferta do produto ser menor que a procura, seu preço é relativamente alto, incentivando sua adulteração. Geralmente, a adulteração do mel é feita através da adição de açúcares comerciais, derivados de cana-de-açúcar e milho. Como essas plantas têm uma composição isotópica do carbono distinta das plantas utilizadas pelas abelhas como fonte de néctar (flores silvestres, citros e eucaliptos), é possível utilizar a composição isotópica do carbono de amostras de mel para se avaliar a adulteração desse produto por açúcares comerciais oriundos da cana e do milho. Foram analisadas amostras de plantas pertencentes ao ciclo fotos-sintético C3, subprodutos de plantas C4 (açúcares comerciais) e 61 amostras de mel obtidas no mercado. As plantas C3 analisadas apresentaram valores de <FONT FACE="Symbol">d</font>13C de -28,9±1,1 (n=8), enquanto os açúcares apresentaram valores de -11,1±0,7 (n=3). Das 61 amostras de mel analisadas, cerca de 8% (5 amostras) tiveram sinais claros de adulteração. A amostra de número 34 teve um valor igual a -12,9, indicando que açúcar puro de cana-de-açúcar ou milho estaria sendo comercializado como mel. As amostras 13, 14, 33 e 54 apresentaram valores iguais a -21,0; -19,9; -21,9 e -17,6, respectivamente. Esses valores indicam também adição de açúcares de cana-de-açúcar ou milho, no entanto em menor proporção. A metodologia testada neste trabalho foi aprovada como um método simples, confiável e complementar aos métodos químicos e físicos convencionais visando detectar adulteração de mel. |
id |
SBCTA-1_dfa718ecc3eb58ad41261ab12f1d5cb5 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0101-20611999000200008 |
network_acronym_str |
SBCTA-1 |
network_name_str |
Food Science and Technology (Campinas) |
repository_id_str |
|
spelling |
Análise da adulteração de méis por açúcares comerciais utilizando-se a composição isotópica de carbonomeladulteraçãocomposição isotópica do carbono<FONT FACE=Symbol>d</font>13Cisótopos estáveisO mel é um alimento apreciado por seu sabor característico e pelo seu considerável valor nutritivo. Devido a oferta do produto ser menor que a procura, seu preço é relativamente alto, incentivando sua adulteração. Geralmente, a adulteração do mel é feita através da adição de açúcares comerciais, derivados de cana-de-açúcar e milho. Como essas plantas têm uma composição isotópica do carbono distinta das plantas utilizadas pelas abelhas como fonte de néctar (flores silvestres, citros e eucaliptos), é possível utilizar a composição isotópica do carbono de amostras de mel para se avaliar a adulteração desse produto por açúcares comerciais oriundos da cana e do milho. Foram analisadas amostras de plantas pertencentes ao ciclo fotos-sintético C3, subprodutos de plantas C4 (açúcares comerciais) e 61 amostras de mel obtidas no mercado. As plantas C3 analisadas apresentaram valores de <FONT FACE="Symbol">d</font>13C de -28,9±1,1 (n=8), enquanto os açúcares apresentaram valores de -11,1±0,7 (n=3). Das 61 amostras de mel analisadas, cerca de 8% (5 amostras) tiveram sinais claros de adulteração. A amostra de número 34 teve um valor igual a -12,9, indicando que açúcar puro de cana-de-açúcar ou milho estaria sendo comercializado como mel. As amostras 13, 14, 33 e 54 apresentaram valores iguais a -21,0; -19,9; -21,9 e -17,6, respectivamente. Esses valores indicam também adição de açúcares de cana-de-açúcar ou milho, no entanto em menor proporção. A metodologia testada neste trabalho foi aprovada como um método simples, confiável e complementar aos métodos químicos e físicos convencionais visando detectar adulteração de mel.Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos1999-05-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20611999000200008Food Science and Technology v.19 n.2 1999reponame:Food Science and Technology (Campinas)instname:Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (SBCTA)instacron:SBCTA10.1590/S0101-20611999000200008info:eu-repo/semantics/openAccessROSSI,Nádia F.MARTINELLI,Luiz A.LACERDA,Tais H.M.CAMARGO,Plínio B. deVICTÓRIA,Reynaldo L.por2000-02-09T00:00:00Zoai:scielo:S0101-20611999000200008Revistahttp://www.scielo.br/ctaONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revista@sbcta.org.br1678-457X0101-2061opendoar:2000-02-09T00:00Food Science and Technology (Campinas) - Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (SBCTA)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Análise da adulteração de méis por açúcares comerciais utilizando-se a composição isotópica de carbono |
title |
Análise da adulteração de méis por açúcares comerciais utilizando-se a composição isotópica de carbono |
spellingShingle |
Análise da adulteração de méis por açúcares comerciais utilizando-se a composição isotópica de carbono ROSSI,Nádia F. mel adulteração composição isotópica do carbono <FONT FACE=Symbol>d</font>13C isótopos estáveis |
title_short |
Análise da adulteração de méis por açúcares comerciais utilizando-se a composição isotópica de carbono |
title_full |
Análise da adulteração de méis por açúcares comerciais utilizando-se a composição isotópica de carbono |
title_fullStr |
Análise da adulteração de méis por açúcares comerciais utilizando-se a composição isotópica de carbono |
title_full_unstemmed |
Análise da adulteração de méis por açúcares comerciais utilizando-se a composição isotópica de carbono |
title_sort |
Análise da adulteração de méis por açúcares comerciais utilizando-se a composição isotópica de carbono |
author |
ROSSI,Nádia F. |
author_facet |
ROSSI,Nádia F. MARTINELLI,Luiz A. LACERDA,Tais H.M. CAMARGO,Plínio B. de VICTÓRIA,Reynaldo L. |
author_role |
author |
author2 |
MARTINELLI,Luiz A. LACERDA,Tais H.M. CAMARGO,Plínio B. de VICTÓRIA,Reynaldo L. |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
ROSSI,Nádia F. MARTINELLI,Luiz A. LACERDA,Tais H.M. CAMARGO,Plínio B. de VICTÓRIA,Reynaldo L. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
mel adulteração composição isotópica do carbono <FONT FACE=Symbol>d</font>13C isótopos estáveis |
topic |
mel adulteração composição isotópica do carbono <FONT FACE=Symbol>d</font>13C isótopos estáveis |
description |
O mel é um alimento apreciado por seu sabor característico e pelo seu considerável valor nutritivo. Devido a oferta do produto ser menor que a procura, seu preço é relativamente alto, incentivando sua adulteração. Geralmente, a adulteração do mel é feita através da adição de açúcares comerciais, derivados de cana-de-açúcar e milho. Como essas plantas têm uma composição isotópica do carbono distinta das plantas utilizadas pelas abelhas como fonte de néctar (flores silvestres, citros e eucaliptos), é possível utilizar a composição isotópica do carbono de amostras de mel para se avaliar a adulteração desse produto por açúcares comerciais oriundos da cana e do milho. Foram analisadas amostras de plantas pertencentes ao ciclo fotos-sintético C3, subprodutos de plantas C4 (açúcares comerciais) e 61 amostras de mel obtidas no mercado. As plantas C3 analisadas apresentaram valores de <FONT FACE="Symbol">d</font>13C de -28,9±1,1 (n=8), enquanto os açúcares apresentaram valores de -11,1±0,7 (n=3). Das 61 amostras de mel analisadas, cerca de 8% (5 amostras) tiveram sinais claros de adulteração. A amostra de número 34 teve um valor igual a -12,9, indicando que açúcar puro de cana-de-açúcar ou milho estaria sendo comercializado como mel. As amostras 13, 14, 33 e 54 apresentaram valores iguais a -21,0; -19,9; -21,9 e -17,6, respectivamente. Esses valores indicam também adição de açúcares de cana-de-açúcar ou milho, no entanto em menor proporção. A metodologia testada neste trabalho foi aprovada como um método simples, confiável e complementar aos métodos químicos e físicos convencionais visando detectar adulteração de mel. |
publishDate |
1999 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1999-05-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20611999000200008 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20611999000200008 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0101-20611999000200008 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos |
dc.source.none.fl_str_mv |
Food Science and Technology v.19 n.2 1999 reponame:Food Science and Technology (Campinas) instname:Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (SBCTA) instacron:SBCTA |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (SBCTA) |
instacron_str |
SBCTA |
institution |
SBCTA |
reponame_str |
Food Science and Technology (Campinas) |
collection |
Food Science and Technology (Campinas) |
repository.name.fl_str_mv |
Food Science and Technology (Campinas) - Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (SBCTA) |
repository.mail.fl_str_mv |
||revista@sbcta.org.br |
_version_ |
1752126309732974592 |