Microalbuminúria: fator de risco cardiovascular e renal subestimado na prática clínica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302006000200017 |
Resumo: | Embora de fácil determinação, a medida da excreção de albumina na urina tem sido pouco utilizada na identificação de indivíduos com diabetes tipo 2 (DM2), de maior risco para o desenvolvimento de doença renal e cardiovascular (CV). Tem sido demonstrado que as medidas das concentrações de albumina e creatinina (Cr) em amostras isoladas de urina, permitindo o cálculo da relação entre elas, podem ser suficientes para o rastreamento e mesmo para a avaliação da eficácia de medidas adotadas para a redução da microalbuminúria. Valores >30 mg/g de Cr ou 3,4 mg/mmol de Cr são indicativos de microalbuminúria e, em pacientes com DM2, a associação freqüente com a elevação dos níveis da pressão arterial representa condição de alto risco CV. Evidências epidemiológicas indicam que a presença de microalbuminúria prediz maior morbidade e mortalidade CV independente de outros fatores de risco. Por outro lado, a microalbuminúria mostra-se também freqüentemente associada a outros fatores de risco CV, sendo um dos componentes da síndrome metabólica. A capacidade de reduzir a pressão arterial, a pressão intraglomerular e a permeabilidade da membrana glomerular, fatores determinantes da progressão da lesão renal, explica o efeito renoprotetor dos inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECAs) e dos bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRAs). No tratamento da nefropatia diabética, o uso de IECAs e BRAs associado ao controle rígido da pressão arterial, que deve ser mantida em níveis iguais ou inferiores a 130/80 mmHg, tem se mostrado como estratégia não só para promover proteção renal como também para promover proteção CV. |
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