Análise da incidência e preditores clínicos e ecocardiográficos do refluxo paraprotético aórtico após o implante de prótese aórtica transcateter
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , , , , , , , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972013000200004 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A incidência de refluxo paraprotético (RPP) parece maior entre os pacientes submetidos a implante de prótese aórtica transcateter e sua potencial associação com aumento da mortalidade tardia tem suscitado preocupação na comunidade científica. Nosso objetivo foi avaliar a incidência e o impacto clínico e estabelecer preditores do RPP em nossa casuística. MÉTODOS: Entre julho de 2009 e fevereiro de 2013, 112 pacientes foram submetidos a implante de prótese aórtica transcateter. O grau do RPP pós-procedimento foi avaliado segundo os critérios do VARC 2. Dividiu-se a população em grupo RPP ausente/RPP discreto e grupo RPP moderado/RPP grave. RESULTADOS: A média da idade foi de 82,5 ± 3,9 anos, 58,9% eram do sexo feminino e o EuroSCORE logístico foi de 23,6 ± 13,4. Houve queda do gradiente sistólico médio (54,7 ± 15,3 mmHg vs. 11,7 ± 4 mmHg; P < 0,01) e ganho da área valvar aórtica (0,66 ± 0,15 cm² vs. 1,8 ± 0,3 cm²; P < 0,01). Ao final do procedimento, 46,4% não apresentaram RPP, e RRP discreto ou moderado foi observado em 42% e 11,6% dos pacientes. Nenhum paciente apresentou RPP grave. A análise multivariada identificou sexo masculino [odds ratio (OR) 5,85, intervalo de confiança (IC] 1,29-26,7; P = 0,022), valvoplastia aórtica percutânea prévia (OR 18,44, IC 2,30-147,85; P = 0,006), fração de ejeção < 35% (OR 4,160, IC 1,014-17,064; P = 0,048) e presença de hipertensão pulmonar grave (OR 7,649, IC 1,86-31,51; P = 0,005) como preditores independentes de RPP moderado/grave. CONCLUSÕES: A incidência de RPP moderado/grave foi baixa e comparável à de outras casuísticas. Sexo masculino, antecedente de valvoplastia aórtica percutânea prévia, presença de hipertensão pulmonar grave e disfunção ventricular esquerda grave foram preditores independentes dessa complicação. |
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Análise da incidência e preditores clínicos e ecocardiográficos do refluxo paraprotético aórtico após o implante de prótese aórtica transcateterInsuficiência da valva aórticaEstenose da valva aórticaCateteres cardíacosImplante de prótese de valva cardíacaINTRODUÇÃO: A incidência de refluxo paraprotético (RPP) parece maior entre os pacientes submetidos a implante de prótese aórtica transcateter e sua potencial associação com aumento da mortalidade tardia tem suscitado preocupação na comunidade científica. Nosso objetivo foi avaliar a incidência e o impacto clínico e estabelecer preditores do RPP em nossa casuística. MÉTODOS: Entre julho de 2009 e fevereiro de 2013, 112 pacientes foram submetidos a implante de prótese aórtica transcateter. O grau do RPP pós-procedimento foi avaliado segundo os critérios do VARC 2. Dividiu-se a população em grupo RPP ausente/RPP discreto e grupo RPP moderado/RPP grave. RESULTADOS: A média da idade foi de 82,5 ± 3,9 anos, 58,9% eram do sexo feminino e o EuroSCORE logístico foi de 23,6 ± 13,4. Houve queda do gradiente sistólico médio (54,7 ± 15,3 mmHg vs. 11,7 ± 4 mmHg; P < 0,01) e ganho da área valvar aórtica (0,66 ± 0,15 cm² vs. 1,8 ± 0,3 cm²; P < 0,01). Ao final do procedimento, 46,4% não apresentaram RPP, e RRP discreto ou moderado foi observado em 42% e 11,6% dos pacientes. Nenhum paciente apresentou RPP grave. A análise multivariada identificou sexo masculino [odds ratio (OR) 5,85, intervalo de confiança (IC] 1,29-26,7; P = 0,022), valvoplastia aórtica percutânea prévia (OR 18,44, IC 2,30-147,85; P = 0,006), fração de ejeção < 35% (OR 4,160, IC 1,014-17,064; P = 0,048) e presença de hipertensão pulmonar grave (OR 7,649, IC 1,86-31,51; P = 0,005) como preditores independentes de RPP moderado/grave. CONCLUSÕES: A incidência de RPP moderado/grave foi baixa e comparável à de outras casuísticas. Sexo masculino, antecedente de valvoplastia aórtica percutânea prévia, presença de hipertensão pulmonar grave e disfunção ventricular esquerda grave foram preditores independentes dessa complicação.Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI2013-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972013000200004Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.21 n.2 2013reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)instacron:SBHCI10.1590/S2179-83972013000200004info:eu-repo/semantics/openAccessLluberas,SebastiánSiqueira,DimytriCosta Jr.,J. RibamarAbizaid,AlexandreRamos,AuristelaLe Bihan,DavidBarreto,RodrigoAssef,JorgeArrais,MagalyCano,ManuelMoreira,AdrianaKambara,AntônioPinto,IbraimSenra,TiagoMaldonado,MercedesSousa,Amanda G. M. R.Sousa,J. Eduardopor2014-04-30T00:00:00Zoai:scielo:S2179-83972013000200004Revistahttp://www.rbci.org.brONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbhci@sbhci.org.br2179-83970104-1843opendoar:2014-04-30T00:00Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)false |
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