Avaliação da resolução do supradesnivelamento do segmento st após angioplastia primária: registro multicêntrico de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST na Argentina
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972009000400009 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A magnitude da resolução do supradesnivelamento do segmento ST é um marcador de reperfusão miocárdica em pacientes com infarto agudo do miocárdio. A resolução incompleta do supradesnivelamento do segmento ST foi identificada como preditor de resultados desfavoráveis em pacientes com infarto agudo do miocárdio após terapia de reperfusão. Este estudo teve como objetivos descrever a frequência de resolução incompleta do supradesnivelamento do segmento ST em um registro contemporâneo de pacientes submetidos a angioplastia primária e fazer uma comparação de seus resultados hospitalares com pacientes que apresentaram resolução completa do supradesnivelamento do segmento ST. MÉTODO: Entre julho de 2008 e fevereiro de 2009, foram incluídos 183 pacientes consecutivos com infarto agudo do miocárdio (< 24 horas) de oito centros na Argentina em um registro prospectivo de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST. Resolução incompleta do supradesnivelamento do segmento ST foi definida como redução < 70% do supradesnivelamento do segmento ST no eletrocardiograma realizado 60 minutos após a angioplastia primária, em relação ao realizado no período basal. As variáveis clínicas, angiográficas e do procedimento foram analisadas, assim como o desfecho combinado de eventos cardíacos hospitalares, incluindo-se mortalidade, reinfarto, choque, complicações mecânicas e revascularização de emergência do vaso-alvo. RESULTADOS: Houve resolução incompleta do supradesnivelamento do segmento ST 60 minutos após a angioplastia em 89 pacientes (51,5%), e em 84 pacientes (48,5%) houve resolução completa. Os pacientes com reperfusão miocárdica subótima tiveram taxa mais elevada de Killip > 1 na apresentação (33,7% vs. 19%; P = 0,04), artéria descendente anterior como artéria relacionada ao infarto (52,8% vs. 30,9%; P = 0,005), e doença mais difusa na artéria relacionada ao infarto (23,6% vs. 10,7%; P = 0,008), com tendência a maior incidência de eventos cardíacos hospitalares (14,6% vs. 5,9%; P = 0,08) e de mortalidade hospitalar (11,2% vs. 3,6%; P = 0,08). A análise multivariada mostrou que presença de classe de Killip > 1 na apresentação [odds ratio (OR) 7,6; intervalo de confiança de 95% (IC 95%) 2,32-25,2; P = 0,0008] e resolução completa do segmento ST (OR 0,23; IC 95% 0,06-0,8; P = 0,02) foram preditores independentes de eventos cardíacos hospitalares. CONCLUSÕES: Apesar dos medicamentos e dispositivos disponíveis atualmente, uma quantidade bastante significativa de pacientes não obtém reperfusão completa do miocárdio após angioplastia primária, o que é expresso pela resolução incompleta da elevação do segmento ST. Esse fenômeno está associado a pior desfecho hospitalar. A presença de comprometimento hemodinâmico na apresentação, infarto anterior e doença difusa no vaso culpado está associada a reperfusão miocárdica subótima. |
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