NO INSTITUTO PESTALOZZI E NA ESCOLA PAULISTA: uma álgebra intuitiva para o ensino primário? (1800-1920)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Marcus Aldenisson
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Valdemarin, Vera Teresa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de História da Educação Matemática
Texto Completo: http://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/526
Resumo: Este texto buscou responder, ainda que parcialmente, uma necessidade da historicização da presença da álgebra na escola primária. Como ocorreu as tentativas de inserção da álgebra na instrução da criança da escola primária? Como ensiná-la? Para construir as respostas, num primeiro momento, fez-se uma imersão nas experiências pedagógicas de Pestalozzi. Há quem diga ter sido ele o primeiro a ousar inserir a álgebra no programa da escola primária. A análise de um amplo conjunto de documentos evidenciou que, no Instituto Pestalozzi, a álgebra foi reduzida aos seus elementos mais primitivos. Essa matéria era ensinada e aprendida acompanhando a mesma marcha da aritmética: intuição das unidades; cálculo mental; cálculo escrito; cálculo mental algébrico; cálculo literal ou álgebra propriamente dita. Descolados a priori das definições, regras, sinais, fórmulas e axiomas, os elementos da álgebra se imbricavam com os da aritmética tendo como ponto de partida do ensino a intuição sensível das relações de grandezas, tornando-as em matérias organicamente unidas. No final do século XIX, o método intuitivo de Pestalozzi foi uma das referências de modernização do ensino público de São Paulo. Como segundo momento desta investigação, a análise aqui particularizada mostrou que, entre os anos de 1870 e 1920, a escola pública paulista assistiu e sentiu as constantes turbulências vivenciadas pela álgebra ora enquanto saber a ensinar, ora enquanto artifício engenhoso para ensinar aritmética. Os efeitos dessas instabilidades puderam ser identificados pelas mudanças na finalidade da escola primária e pelas sucessivas reformas nos programas de ensino.
id SBHMAT_2b391627727bb45e49f0d628244b3ece
oai_identifier_str oai:ojs2.www.histemat.com.br:article/526
network_acronym_str SBHMAT
network_name_str Revista de História da Educação Matemática
repository_id_str
spelling NO INSTITUTO PESTALOZZI E NA ESCOLA PAULISTA: uma álgebra intuitiva para o ensino primário? (1800-1920)ÁlgebraEpistemologia do saber escolarMétodo intuitivoPestalozziSão PauloEste texto buscou responder, ainda que parcialmente, uma necessidade da historicização da presença da álgebra na escola primária. Como ocorreu as tentativas de inserção da álgebra na instrução da criança da escola primária? Como ensiná-la? Para construir as respostas, num primeiro momento, fez-se uma imersão nas experiências pedagógicas de Pestalozzi. Há quem diga ter sido ele o primeiro a ousar inserir a álgebra no programa da escola primária. A análise de um amplo conjunto de documentos evidenciou que, no Instituto Pestalozzi, a álgebra foi reduzida aos seus elementos mais primitivos. Essa matéria era ensinada e aprendida acompanhando a mesma marcha da aritmética: intuição das unidades; cálculo mental; cálculo escrito; cálculo mental algébrico; cálculo literal ou álgebra propriamente dita. Descolados a priori das definições, regras, sinais, fórmulas e axiomas, os elementos da álgebra se imbricavam com os da aritmética tendo como ponto de partida do ensino a intuição sensível das relações de grandezas, tornando-as em matérias organicamente unidas. No final do século XIX, o método intuitivo de Pestalozzi foi uma das referências de modernização do ensino público de São Paulo. Como segundo momento desta investigação, a análise aqui particularizada mostrou que, entre os anos de 1870 e 1920, a escola pública paulista assistiu e sentiu as constantes turbulências vivenciadas pela álgebra ora enquanto saber a ensinar, ora enquanto artifício engenhoso para ensinar aritmética. Os efeitos dessas instabilidades puderam ser identificados pelas mudanças na finalidade da escola primária e pelas sucessivas reformas nos programas de ensino.Sociedade Brasileira de História da Matemática (SBHMat)2022-11-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/526Revista de História da Educação Matemática; v. 8 (2022): Fluxo Contínuo; 1-282447-6447reponame:Revista de História da Educação Matemáticainstname:Sociedade Brasileira de História da Matemática (SBHMat)instacron:SBHMATporhttp://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/526/434Copyright (c) 2022 Revista de História da Educação Matemáticainfo:eu-repo/semantics/openAccessOliveira, Marcus AldenissonValdemarin, Vera Teresa2022-11-18T06:59:02Zoai:ojs2.www.histemat.com.br:article/526Revistahttp://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/indexPRIhttp://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/oairevista.histemat.sbhmat@gmail.com||ghemat.contato@gmail.com2447-64472447-6447opendoar:2022-11-18T06:59:02Revista de História da Educação Matemática - Sociedade Brasileira de História da Matemática (SBHMat)false
dc.title.none.fl_str_mv NO INSTITUTO PESTALOZZI E NA ESCOLA PAULISTA: uma álgebra intuitiva para o ensino primário? (1800-1920)
title NO INSTITUTO PESTALOZZI E NA ESCOLA PAULISTA: uma álgebra intuitiva para o ensino primário? (1800-1920)
spellingShingle NO INSTITUTO PESTALOZZI E NA ESCOLA PAULISTA: uma álgebra intuitiva para o ensino primário? (1800-1920)
Oliveira, Marcus Aldenisson
Álgebra
Epistemologia do saber escolar
Método intuitivo
Pestalozzi
São Paulo
title_short NO INSTITUTO PESTALOZZI E NA ESCOLA PAULISTA: uma álgebra intuitiva para o ensino primário? (1800-1920)
title_full NO INSTITUTO PESTALOZZI E NA ESCOLA PAULISTA: uma álgebra intuitiva para o ensino primário? (1800-1920)
title_fullStr NO INSTITUTO PESTALOZZI E NA ESCOLA PAULISTA: uma álgebra intuitiva para o ensino primário? (1800-1920)
title_full_unstemmed NO INSTITUTO PESTALOZZI E NA ESCOLA PAULISTA: uma álgebra intuitiva para o ensino primário? (1800-1920)
title_sort NO INSTITUTO PESTALOZZI E NA ESCOLA PAULISTA: uma álgebra intuitiva para o ensino primário? (1800-1920)
author Oliveira, Marcus Aldenisson
author_facet Oliveira, Marcus Aldenisson
Valdemarin, Vera Teresa
author_role author
author2 Valdemarin, Vera Teresa
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira, Marcus Aldenisson
Valdemarin, Vera Teresa
dc.subject.por.fl_str_mv Álgebra
Epistemologia do saber escolar
Método intuitivo
Pestalozzi
São Paulo
topic Álgebra
Epistemologia do saber escolar
Método intuitivo
Pestalozzi
São Paulo
description Este texto buscou responder, ainda que parcialmente, uma necessidade da historicização da presença da álgebra na escola primária. Como ocorreu as tentativas de inserção da álgebra na instrução da criança da escola primária? Como ensiná-la? Para construir as respostas, num primeiro momento, fez-se uma imersão nas experiências pedagógicas de Pestalozzi. Há quem diga ter sido ele o primeiro a ousar inserir a álgebra no programa da escola primária. A análise de um amplo conjunto de documentos evidenciou que, no Instituto Pestalozzi, a álgebra foi reduzida aos seus elementos mais primitivos. Essa matéria era ensinada e aprendida acompanhando a mesma marcha da aritmética: intuição das unidades; cálculo mental; cálculo escrito; cálculo mental algébrico; cálculo literal ou álgebra propriamente dita. Descolados a priori das definições, regras, sinais, fórmulas e axiomas, os elementos da álgebra se imbricavam com os da aritmética tendo como ponto de partida do ensino a intuição sensível das relações de grandezas, tornando-as em matérias organicamente unidas. No final do século XIX, o método intuitivo de Pestalozzi foi uma das referências de modernização do ensino público de São Paulo. Como segundo momento desta investigação, a análise aqui particularizada mostrou que, entre os anos de 1870 e 1920, a escola pública paulista assistiu e sentiu as constantes turbulências vivenciadas pela álgebra ora enquanto saber a ensinar, ora enquanto artifício engenhoso para ensinar aritmética. Os efeitos dessas instabilidades puderam ser identificados pelas mudanças na finalidade da escola primária e pelas sucessivas reformas nos programas de ensino.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-11-17
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/526
url http://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/526
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/526/434
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2022 Revista de História da Educação Matemática
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2022 Revista de História da Educação Matemática
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de História da Matemática (SBHMat)
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de História da Matemática (SBHMat)
dc.source.none.fl_str_mv Revista de História da Educação Matemática; v. 8 (2022): Fluxo Contínuo; 1-28
2447-6447
reponame:Revista de História da Educação Matemática
instname:Sociedade Brasileira de História da Matemática (SBHMat)
instacron:SBHMAT
instname_str Sociedade Brasileira de História da Matemática (SBHMat)
instacron_str SBHMAT
institution SBHMAT
reponame_str Revista de História da Educação Matemática
collection Revista de História da Educação Matemática
repository.name.fl_str_mv Revista de História da Educação Matemática - Sociedade Brasileira de História da Matemática (SBHMat)
repository.mail.fl_str_mv revista.histemat.sbhmat@gmail.com||ghemat.contato@gmail.com
_version_ 1797053464972361728