“CHAMINÉS DE FREINET”: experimentando com a educação pública emancipatória (Genebra nas décadas de 1960 a 1980). O sonho de Piaget de uma Escola Ativa?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de História da Educação Matemática |
Texto Completo: | http://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/303 |
Resumo: | O potencial emancipatório da década de 1960 teve uma ressonância particular na educação Suíça na parte francófona do país. Professores, pais e sindicalistas, todos defendendo a pedagogia de Freinet, exigiram que a desvalorizada educação pública fosse reformada. Retratando os principais passos de seus sucessos e contratempos no setor da educação pública de Genebra, este artigo investiga as estratégias retóricas e as alianças táticas que os reformistas mobilizaram para promover "escolas abertas à vida", respeitando o desejo natural de aprender, graças a fluxos educacionais nas escolas primárias dedicados à sua causa (as “chaminés de Freinet” implementadas durante algum tempo na virada da década de 1980). As fontes se referem a maneira como os líderes da reforma historicizaram suas iniciativas, a fim de estabelecer uma filiação justa, apelando a algumas figuras importantes e negligenciando outras. A aprovação científica de Jean Piaget e Élise Freinet, bem como parte do partido de esquerda no poder, poderia ter avalizado o projeto; no entanto, as principais figuras da Nova Educação[1] de Genebra raramente eram invocadas. Como devemos interpretar essas voltas e reviravoltas? Como as narrativas estavam sendo roteirizadas e por quem? Como as inovações foram testadas por outros e integradas em outros lugares, a fim de apoiar a reforma da educação pública? A análise da dinâmica subjacente a esse experimento revela como as pessoas do "dia-a-dia" surgiram em uma crise e aproveitaram a oportunidade para abrir um mundo de possibilidades; isso pode ser destacado pelas lentes da noção de "protagonismo", que reúne pessoas "comuns" e sua politização "extraordinária" (Bantigny, 2018; Deluermoz & Gobille, 2015). |
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“CHAMINÉS DE FREINET”: experimentando com a educação pública emancipatória (Genebra nas décadas de 1960 a 1980). O sonho de Piaget de uma Escola Ativa?Protagonismo na década de 1960Aval piagetianoGrupo Freinet de GenebraAlternativas na educação públicaDemocratização controversaO potencial emancipatório da década de 1960 teve uma ressonância particular na educação Suíça na parte francófona do país. Professores, pais e sindicalistas, todos defendendo a pedagogia de Freinet, exigiram que a desvalorizada educação pública fosse reformada. Retratando os principais passos de seus sucessos e contratempos no setor da educação pública de Genebra, este artigo investiga as estratégias retóricas e as alianças táticas que os reformistas mobilizaram para promover "escolas abertas à vida", respeitando o desejo natural de aprender, graças a fluxos educacionais nas escolas primárias dedicados à sua causa (as “chaminés de Freinet” implementadas durante algum tempo na virada da década de 1980). As fontes se referem a maneira como os líderes da reforma historicizaram suas iniciativas, a fim de estabelecer uma filiação justa, apelando a algumas figuras importantes e negligenciando outras. A aprovação científica de Jean Piaget e Élise Freinet, bem como parte do partido de esquerda no poder, poderia ter avalizado o projeto; no entanto, as principais figuras da Nova Educação[1] de Genebra raramente eram invocadas. Como devemos interpretar essas voltas e reviravoltas? Como as narrativas estavam sendo roteirizadas e por quem? Como as inovações foram testadas por outros e integradas em outros lugares, a fim de apoiar a reforma da educação pública? A análise da dinâmica subjacente a esse experimento revela como as pessoas do "dia-a-dia" surgiram em uma crise e aproveitaram a oportunidade para abrir um mundo de possibilidades; isso pode ser destacado pelas lentes da noção de "protagonismo", que reúne pessoas "comuns" e sua politização "extraordinária" (Bantigny, 2018; Deluermoz & Gobille, 2015).Sociedade Brasileira de História da Matemática (SBHMat)2020-05-19info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo Avaliado pelos Paresapplication/pdfhttp://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/303Revista de História da Educação Matemática; v. 6 n. 1 (2020)2447-6447reponame:Revista de História da Educação Matemáticainstname:Sociedade Brasileira de História da Matemática (SBHMat)instacron:SBHMATporhttp://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/303/241Copyright (c) 2020 Revista de História da Educação Matemáticainfo:eu-repo/semantics/openAccessHofstetter, Rita2021-03-23T18:38:41Zoai:ojs2.www.histemat.com.br:article/303Revistahttp://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/indexPRIhttp://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/oairevista.histemat.sbhmat@gmail.com||ghemat.contato@gmail.com2447-64472447-6447opendoar:2021-03-23T18:38:41Revista de História da Educação Matemática - Sociedade Brasileira de História da Matemática (SBHMat)false |
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