Efeito da inversão dos turnos de trabalho sobre capacidade aeróbia e respostas cardiovasculares ao esforço máximo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de medicina do esporte (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922008000300008 |
Resumo: | Os distúrbios do sono e alterações associadas atingem grande parte da população que trabalha no turno noturno, afetando a sua qualidade de vida. O objetivo do presente trabalho foi comparar a capacidade aeróbia e as respostas cardiovasculares ao exercício máximo em indivíduos com ciclo sono vigília fisiológico e com inversão dos turnos de trabalho. Foram analisados 18 indivíduos do sexo masculino, sedentários, com idade entre 23-35 anos, divididos em 2 grupos: a) grupo controle, formado por estudantes (n=9) e b) grupo experimental, composto por controladores de tráfego aéreo que trabalhavam com inversão dos turnos de trabalho (n=9). Para a medida da capacidade aeróbia, foi determinado o VO2máx. por meio do analisador de gases metabólicos (VO-2000, Aerosport, Medgraphics). Para o teste de esforço máximo foi realizado o protocolo de rampa em esteira (Millenniun ATL Inbramed) e as respostas cardiovasculares (FC, PAS e PAD) foram verificadas antes e após a realização do exercício. De acordo com os resultados, o grupo experimental apresentou valores inferiores de FC no repouso (79,8 ± 11,5 bpm vs. 70,3 ± 3,8 bpm), no 5º (112,7± 15,1 bpm vs. 98,7 ± 6,3 bpm) e no 7º minuto (108,7 ± 16,6 bpm vs. 93,9 ± 6,8 bpm) de recuperação. Quanto à PAS, foram observados valores superiores durante o repouso (110,0 ± 11,2 mmHg vs. 104,0 ± 5,7 mmHg), nos indivíduos do grupo controle. Já a PAD, mostrou níveis superiores no 5º minuto da recuperação no grupo experimental (67,0 ± 4,4 mmHg vs. 58,9 ± 6,0 mmHg). Por fim, foram verificados valores superiores de VO2máx. para os indivíduos do grupo controle (58,9 ± 6,1 ml/kg/min) em relação ao experimental (53,7 ± 2,5 ml/kg/min). Desta forma, podemos concluir que a inversão nos turnos de trabalho, afetando o ciclo sono-vigília, altera não apenas o ciclo circadiano das variáveis cardiovasculares no repouso e na recuperação do esforço, como também traz prejuízos à capacidade funcional, podendo comprometer o desempenho das atividades ocupacionais. |
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