Diferentes dispositivos inalatórios na crise aguda de asma: um estudo randomizado, duplo-cego e controlado com placebo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Chong Neto,Herberto J.
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Chong-Silva,Débora C., Marani,Daniele M., Kuroda,Flávia, Olandosky,Márcia, Noronha,Lúcia de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572005000500007
Resumo: OBJETIVO: Verificar a eficácia, eventos adversos e custo do tratamento da crise aguda de asma, utilizando diferentes dispositivos inalatórios. MÉTODOS: Estudo randomizado, duplo-cego e controlado com placebo. Foi utilizado salbutamol em nebulizador, inalador dosimetrado com espaçadores industrial e artesanal e inalador em pó. As avaliações foram feitas em 0, 20, 40 e 60 minutos, seguidas da aplicação de salbutamol e placebo em outro dispositivo. Foram avaliadas 40 crianças em crise aguda de asma, com média de idade = 11±3,5 anos. Utilizou-se escore clínico e função pulmonar, e foram verificados eventos adversos. Foram calculados gastos com o medicamento e o dispositivo inalatório. RESULTADOS: O escore clínico e a variação no volume expiratório forçado no primeiro segundo foram semelhantes entre os grupos ao final do estudo. Foi encontrada uma variação maior na freqüência cardíaca com o uso de nebulizador (35%) do que nos grupos que fizeram uso do espaçador industrial (15%) e do inalador em pó (17%), e também entre os espaçadores artesanal e industrial, 28 e 15%, respectivamente (p = 0,004). O nebulizador e o espaçador artesanal provocaram mais tremores (p = 0,02). O custo do tratamento por paciente foi maior nos grupos nebulizador e espaçador industrial, R$ 22,31 e R$ 16,58, respectivamente (p = 0,0001). CONCLUSÕES: O nebulizador foi o mais caro e consumiu mais droga para apresentar a mesma eficácia. O espaçador artesanal foi o mais barato. No entanto, apresentou mais eventos adversos do que o espaçador industrial e o inalador em pó. O espaçador industrial foi tão caro quanto o nebulizador, porém mais seguro. O inalador em pó foi mais barato e apresentou menos tremores, mas taquicardia semelhante ao espaçador artesanal.
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