Perfil de resistência de Mycobacterium tuberculosis no estado de Mato Grosso do Sul, 2000-2006

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques,Marli
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Cunha,Eunice Atsuko Totumi, Ruffino-Netto,Antonio, Andrade,Sonia Maria de Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132010000200011
Resumo: OBJETIVO: Determinar o perfil de resistência a drogas de Mycobacterium tuberculosis no estado de Mato Grosso do Sul no período entre 2000 e 2006. MÉTODOS: Estudo descritivo de casos notificados de tuberculose no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, com cultura positiva para M. tuberculosis e testes de sensibilidade a rifampicina, isoniazida, estreptomicina e etambutol. Para as culturas, utilizaram-se os meios sólidos Löwenstein-Jensen e Ogawa-Kudoh, assim como um sistema automatizado com meio líquido; para os testes de sensibilidade, o método das proporções. RESULTADOS: De 783 casos, 69,7% eram de pacientes masculinos, na faixa etária de 20-49 anos (70%), com forma pulmonar (94,4%) e sorologia positiva para HIV (8,6%); 645 (82,4%) eram casos novos, e 138 (17,6%) eram casos tratados. Identificou-se qualquer resistência em 143 casos (18,3%). A taxa de resistência primária (RP) foi, respectivamente, 8,1%, 1,6%, 2,8% e 12,4%, para monorresistência, multirresistência (MR), outros padrões de associação de drogas e qualquer resistência, ao passo que a taxa de resistência adquirida (RA) foi, respectivamente, 14,5%, 20,3%, 10,9% e 45,7%, e a taxa de resistência combinada (RC) foi, respectivamente, 9,2%, 4,9%, 4,2% e 18,3%. A estreptomicina foi a droga mais comum na RP (3,4%), e a isoniazida foi a mais comum na RA e RC (7,2% e 3,7%, respectivamente). CONCLUSÕES: Os níveis de resistência são elevados, prejudicando o controle da tuberculose em Mato Grosso do Sul. A MR adquirida, 12,7 vezes superior à MR primária, evidencia o uso prévio de medicamentos como indicativo de resistência. Os níveis refletem a fragilidade da atenção ao doente, mostrando a importância do tratamento diretamente observado, assim como das culturas e testes de sensibilidade para o diagnóstico precoce da resistência.
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