Estudo comparativo das características clínicas e abordagem de pacientes com fibromialgia atendidos em serviço público de reumatologia e em consultório particular
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Reumatologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042006000100007 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: a fibromialgia (FM) é uma síndrome dolorosa crônica associada a pontos dolorosos à dígito-pressão muscular. São sintomas acompanhantes: fadiga, distúrbio do sono, cefaléia crônica, síndrome do intestino irritável, entre outras manifestações. Ocorre uma influência emocional importante relacionada à resposta anormal ao estresse. A escolaridade, nível socioeconômico relacionado à renda familiar e mesmo a forma de acesso ao serviço de saúde poderiam influenciar a apresentação clínica. OBJETIVO: determinar se há diferenças significantes na apresentação clínica, intensidade de sintomas e tipo de tratamento entre pacientes atendidos em serviço público e privado de saúde e determinar se há correlação entre a intensidade dos principais sintomas, a renda familiar e a escolaridade das pacientes estudadas. PACIENTES E MÉTODOS: Estudou-se 80 pacientes que preenchem os critérios de classificação para FM do American College of Rheumatology (ACR) divididos em dois grupos, de acordo com o local de atendimento: 40 pacientes no ambulatório de reumatologia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba e 40 pacientes no consultório privado de um dos autores. As variáveis clínicas foram medidas com escalas analógicas numéricas (0 - 10) para dor, fadiga, ansiedade, depressão e qualidade de vida. A renda familiar foi estabelecida pelo número de salários mínimos aferidos mensalmente e a escolaridade pelo número de anos de educação formal completados. A comparação entre os grupos foi analisada através dos testes do Qui-Quadrado, ANOVA e diferença de médias. RESULTADOS: os grupos estudados foram semelhantes em relação à intensidade da dor, fadiga, ansiedade, depressão, número de pontos dolorosos, prática de exercícios físicos regulares e duração da doença. Diferiram, porém, em relação à idade (mais jovens no serviço privado) e quanto à renda familiar e escolaridade (maiores no serviço privado). A correlação entre a intensidade dos sintomas e renda familiar ou escolaridade não se mostrou diferente do ponto de vista estatístico. CONCLUSÃO: não houve relação entre a apresentação clínica da FM e nível socioeconômico determinado pela renda familiar nem a escolaridade formal. Observou-se associação entre o acesso ao serviço assistencial privado e menor idade de instalação da doença. Isso pode ter ocorrido por facilidade de assistência médica mais precoce nesse grupo. |
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Estudo comparativo das características clínicas e abordagem de pacientes com fibromialgia atendidos em serviço público de reumatologia e em consultório particularfibromialgiarenda familiarescolaridadequalidade de vidaINTRODUÇÃO: a fibromialgia (FM) é uma síndrome dolorosa crônica associada a pontos dolorosos à dígito-pressão muscular. São sintomas acompanhantes: fadiga, distúrbio do sono, cefaléia crônica, síndrome do intestino irritável, entre outras manifestações. Ocorre uma influência emocional importante relacionada à resposta anormal ao estresse. A escolaridade, nível socioeconômico relacionado à renda familiar e mesmo a forma de acesso ao serviço de saúde poderiam influenciar a apresentação clínica. OBJETIVO: determinar se há diferenças significantes na apresentação clínica, intensidade de sintomas e tipo de tratamento entre pacientes atendidos em serviço público e privado de saúde e determinar se há correlação entre a intensidade dos principais sintomas, a renda familiar e a escolaridade das pacientes estudadas. PACIENTES E MÉTODOS: Estudou-se 80 pacientes que preenchem os critérios de classificação para FM do American College of Rheumatology (ACR) divididos em dois grupos, de acordo com o local de atendimento: 40 pacientes no ambulatório de reumatologia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba e 40 pacientes no consultório privado de um dos autores. As variáveis clínicas foram medidas com escalas analógicas numéricas (0 - 10) para dor, fadiga, ansiedade, depressão e qualidade de vida. A renda familiar foi estabelecida pelo número de salários mínimos aferidos mensalmente e a escolaridade pelo número de anos de educação formal completados. A comparação entre os grupos foi analisada através dos testes do Qui-Quadrado, ANOVA e diferença de médias. RESULTADOS: os grupos estudados foram semelhantes em relação à intensidade da dor, fadiga, ansiedade, depressão, número de pontos dolorosos, prática de exercícios físicos regulares e duração da doença. Diferiram, porém, em relação à idade (mais jovens no serviço privado) e quanto à renda familiar e escolaridade (maiores no serviço privado). A correlação entre a intensidade dos sintomas e renda familiar ou escolaridade não se mostrou diferente do ponto de vista estatístico. CONCLUSÃO: não houve relação entre a apresentação clínica da FM e nível socioeconômico determinado pela renda familiar nem a escolaridade formal. Observou-se associação entre o acesso ao serviço assistencial privado e menor idade de instalação da doença. Isso pode ter ocorrido por facilidade de assistência médica mais precoce nesse grupo.Sociedade Brasileira de Reumatologia2006-02-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042006000100007Revista Brasileira de Reumatologia v.46 n.1 2006reponame:Revista Brasileira de Reumatologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)instacron:SBR10.1590/S0482-50042006000100007info:eu-repo/semantics/openAccessMartinez,José EduardoPanossian,ClaudiaGavioli,Fernandapor2006-05-25T00:00:00Zoai:scielo:S0482-50042006000100007Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0482-5004&lng=pt&nrm=isoONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbre@terra.com.br1809-45700482-5004opendoar:2006-05-25T00:00Revista Brasileira de Reumatologia (Online) - Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)false |
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