Disponibilidade domiciliar de lipídeos para consumo e sua relação com os lipídeos séricos de adolescentes
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Paulista de Pediatria (Ed. Português. Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822012000200012 |
Resumo: | OBJETIVO: Relacionar a disponibilidade domiciliar de lipídeos para consumo e o perfil lipídico sérico de adolescentes. MÉTODOS: Estudo transversal observacional. Avaliaram-se 95 adolescentes púberes de 10 a 13 anos de escolas públicas em Viçosa, Minas Gerais. Utilizou-se uma lista de compras mensal para avaliar a disponibilidade de alimentos per capita. Coletou-se amostra de sangue dos adolescentes, adotando-se o preconizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia como referência para adequação do perfil lipídico. Para as variáveis categóricas realizou-se o teste do qui-quadrado e calculou-se a Odds Ratio. Para comparar os grupos, aplicaram-se os testes Mann-Whitney ou t de Student, Kruskall-Wallis ou ANOVA. Verificou-se relação entre exames bioquímicos e disponibilidade de lipídeos pelas correlações de Spearmam ou de Pearson. RESULTADOS: Da energia total disponível, 27,2% foram provenientes de lipídeos. A disponibilidade de ácidos graxos saturados, monoinsaturados e poli-insaturados esteve de acordo com a recomendação de consumo. Em relação aos lipídeos séricos, 51,9% dos meninos e 55,8% das meninas apresentaram alterações de colesterol total (p=0,66); 18,6 e 25,6%, dos meninos e das meninas, respectivamente, apresentaram elevação de triglicerídeos, (meninas>meninos; p=0,02). Em relação ao LDL, 21,2 e 32,6% dos meninos e das meninas, respectivamente, apresentaram alterações (p=0,91). A prevalência de inadequação para HDL foi de 26,9 e 30,2% (p=0,93), para meninos e meninas, respectivamente. Não houve correlação entre os lipídeos disponíveis para consumo e os lipídeos séricos. Os adolescentes que possuíam mais que 35% de lipídeos disponíveis para consumo tiveram 9,1 vezes mais chances de apresentarem alterações de colesterol total (IC95% 1,81-61,74). CONCLUSÕES: É possível que adolescentes com maior disponibilidade de lipídeos para consumo apresentem colesterol total mais elevado. |
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