Transtorno do espectro autista: um olhar para as intervenções clínicas

• Autor(a) principal: Gomes, Gracielle Barbosa
• Data de Publicação: 2018
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
• Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/11237
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Transtorno do espectro autista; Análise do comportamento; Psicanálise

Os números envolvendo o Transtorno do Espectro Autista têm crescido ao longo dos anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde sua ocorrência aumentou e se mostrou maior em crianças, inclusive, ocorrendo com mais frequência que a soma dos casos de câncer infantil, AIDS e diabetes juntos (CARTILHA DIREITOS DAS PESSOAS COM AUTISMO, 2015). Profissionais das mais diversas especialidades têm em sua prática o acompanhamento de pessoas com esse diagnóstico. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi conhecer o Transtorno do Espectro Autista (T.E.A), suas potencialidades, possíveis intervenções e as abordagens clínicas da psicologia, psicanalítica e análise do comportamento, como alternativas de intervenção para o T.E.A. A pesquisa teve caráter qualitativo, sendo os dados coletados por meio de entrevista semiestruturada aplicada a 2 psicólogas de diferentes abordagens teóricas, a saber: análise do comportamento e psicanálise. A Análise dos dados baseou-se na Análise de Temática de Conteúdo de Bardin. Destacou-se as seguintes categorias: Transtorno do Espectro Autista: definição, sintomas e características; Diagnóstico diferencial; e Tratamento, acompanhamento multiprofissional e a clínica psicológica. Os resultados demonstraram-se uma distinção no que diz respeito a concepção acerca do transtorno e o caminho traçado no atendimento. Há aspectos do transtorno que são privilegiados pela abordagem comportamental, a partir de uma concepção neuropsicológica, que seguem uma linha mecanicista com objetivo de treinamento de habilidades. A perspectiva da psicanálise baseia-se em outra vertente de conhecimento, para além da lógica neuropsicológica na concepção do transtorno e dos sintomas. Essa clínica defende a singularidade, estereotipias como forma de expressão e mudanças do papel do analista na relação sujeito x analista. Destaca-se a necessidade de maior visibilidade da psicanálise nesse campo e as suas contribuições que, apesar de não quantificáveis estatisticamente, pois não busca a média e sim o único, tem efeitos consistentes. Considerou-se que, a partir das entrevistas realizadas neste estudo e a fundamentação teórica, as clínicas tanto da Análise do Comportamento quanto da Psicanálise contribuem para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento do espectro resultando num maior desenvolvimento e qualidade de vida desses sujeitos.