Legítima defesa e terrorismo: a aplicação do art. 51 da Carta das Nações Unidas na era da guerra ao terror

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araújo, Mateus Ferreira de
Data de Publicação: 2014
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/8627
Resumo: Desde o advento da Carta das Nações Unidas, em 1945, foi frequente a alegação de legítima defesa para justificar o uso da força em resposta a ataques cometidos por atores não estatais. Embora a maioria desses argumentos fosse rechaçada pela comunidade internacional, é possível verificar uma aceitação gradual dessa modalidade de legítima defesa, especialmente após os atentados de 11 de setembro de 2001. Assim, o presente trabalho monográfico tem como objetivo realizar uma análise do requisito subjetivo da expressão “ataque armado”, presente no art. 51 da Carta das Nações Unidas, de forma a elucidar se atos terroristas podem ensejar o exercício do direito à legítima defesa. Para tanto, o trabalho é dividido em quatro partes. Na primeira parte, conceitua-se a guerra como instituto jurídico e faz-se uma breve abordagem histórica das regras que regiam o uso da força até 1945. Na segunda parte, examinam-se as disposições da Carta nas Nações Unidas atinentes ao uso da força, bem como o sistema de segurança coletiva instituído pelo tratado. Na terceira parte, discorre-se sobre a legítima defesa no Direito Internacional, com a identificação das condições convencionais e consuetudinárias para seu exercício, e sobre o conceito de “ataque armado”. Na quarta parte, faz-se um estudo da invocação da legítima defesa contra atos terroristas durante o período de vigência da Carta das Nações Unidas, com o apontamento dos requisitos para a adoção de medidas defensivas nesses casos. Por fim, conclui-se pela possibilidade de que “ataques armados” sejam cometidos por atores não estatais para os fins do art. 51 da Carta das Nações Unidas.
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Assim, o presente trabalho monográfico tem como objetivo realizar uma análise do requisito subjetivo da expressão “ataque armado”, presente no art. 51 da Carta das Nações Unidas, de forma a elucidar se atos terroristas podem ensejar o exercício do direito à legítima defesa. Para tanto, o trabalho é dividido em quatro partes. Na primeira parte, conceitua-se a guerra como instituto jurídico e faz-se uma breve abordagem histórica das regras que regiam o uso da força até 1945. Na segunda parte, examinam-se as disposições da Carta nas Nações Unidas atinentes ao uso da força, bem como o sistema de segurança coletiva instituído pelo tratado. Na terceira parte, discorre-se sobre a legítima defesa no Direito Internacional, com a identificação das condições convencionais e consuetudinárias para seu exercício, e sobre o conceito de “ataque armado”. Na quarta parte, faz-se um estudo da invocação da legítima defesa contra atos terroristas durante o período de vigência da Carta das Nações Unidas, com o apontamento dos requisitos para a adoção de medidas defensivas nesses casos. Por fim, conclui-se pela possibilidade de que “ataques armados” sejam cometidos por atores não estatais para os fins do art. 51 da Carta das Nações Unidas.Since the advent of the United Nations Charter in 1945, the claim of self-defense was frequently used to justify the use of force in response to attacks by non-state actors. Although the international community rejected most of these arguments, it is possible to see a gradual acceptance of this type of self-defense, especially after the attacks of September 11, 2001. Thus, this monograph aims to conduct an analysis of the subjective requirement of the expression "armed attack" in article 51 of the UN Charter in order to elucidate whether terrorist acts may give rise to the exercise of the right to self-defense. To this end, the work is divided into four parts. In the first part, it is offered a concept of war as a legal institution and it is made a brief historical approach to the rules governing the use of force until 1945. In the second part, the provisions of the UN Charter relating to the use of force are examined, as well as the system of collective security established by treaty. The third part talks about self-defense in international law, with the identification of conventional and customary requirements for its exercise, and about the concept of "armed attack". In the fourth part, it is studied the invocation of self-defense against terrorist acts during the term of the UN Charter, with the appointment of the requirements for the adoption of defensive measures in such cases. Finally, it is concluded that it is possible for non-state actors to carry out "armed attacks" for the purposes of article 51 of the UN Charter.Submitted by Franciene Aguiar (franciene.aguiar@ucb.br) on 2017-07-04T21:07:15Z No. of bitstreams: 1 MateusFerreiraDeAraujoTCCGRADUACAO2014.pdf: 1202380 bytes, checksum: 33f1e5581aaad5815bf213d5ba9de0cc (MD5)Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2017-07-05T12:46:50Z (GMT) No. of bitstreams: 1 MateusFerreiraDeAraujoTCCGRADUACAO2014.pdf: 1202380 bytes, checksum: 33f1e5581aaad5815bf213d5ba9de0cc (MD5)Made available in DSpace on 2017-07-05T12:46:50Z (GMT). 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Since the advent of the United Nations Charter in 1945, the claim of self-defense was frequently used to justify the use of force in response to attacks by non-state actors. Although the international community rejected most of these arguments, it is possible to see a gradual acceptance of this type of self-defense, especially after the attacks of September 11, 2001. Thus, this monograph aims to conduct an analysis of the subjective requirement of the expression "armed attack" in article 51 of the UN Charter in order to elucidate whether terrorist acts may give rise to the exercise of the right to self-defense. To this end, the work is divided into four parts. In the first part, it is offered a concept of war as a legal institution and it is made a brief historical approach to the rules governing the use of force until 1945. In the second part, the provisions of the UN Charter relating to the use of force are examined, as well as the system of collective security established by treaty. The third part talks about self-defense in international law, with the identification of conventional and customary requirements for its exercise, and about the concept of "armed attack". In the fourth part, it is studied the invocation of self-defense against terrorist acts during the term of the UN Charter, with the appointment of the requirements for the adoption of defensive measures in such cases. Finally, it is concluded that it is possible for non-state actors to carry out "armed attacks" for the purposes of article 51 of the UN Charter.
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