O paradoxo institucional no discurso do adolescente em conflito com a lei

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nogueira, Jéssica de Lima Paulucci Branquinho
Data de Publicação: 2015
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/8724
Resumo: Este trabalho teve como objetivo discutir os paradoxos revelados nos discursos de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, a cerca da Instituição de privação, uma vez que esses adolescentes são retirados do espaço social e encaminhados pela justiça às instituições responsáveis pela sócio-educação. Tal estudo pretende descrever e explorar esses paradoxos institucionais, que emergiram, a partir de uma análise minuciosa das falas de 27 socioeducandos, entre 14 e 19 anos de idade, internados em uma instituição de privação de liberdade do Distrito Federal. Sabe-se que as medidas socioeducativas têm como finalidade a proteção e ao mesmo tempo a responsabilização do adolescente que cometeu ato infracional, sob um caráter educativo e não punitivo, mas o que se percebe é a disparidade entre as propostas estipuladas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – e a ações praticadas nas Unidades Socioeducativas. Quando os adolescentes autores de atos infracionais, são inseridos no contexto institucional de privação de liberdade, as unidades de internação concebem a disciplina regida pela clausura, com pretextos de devolvê-los à sociedade ressocializados, no entanto, a própria Instituição perpetra a violência a partir de mecanismos coercitivos e punitivos. Propor uma reflexão sobre a aplicabilidade do ECA nas instituições de internação e revelar, através das falas dos socioeducandos, as falhas e os sentidos paradoxais da instituição de acolhimento, são as propostas deste estudo.
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Tal estudo pretende descrever e explorar esses paradoxos institucionais, que emergiram, a partir de uma análise minuciosa das falas de 27 socioeducandos, entre 14 e 19 anos de idade, internados em uma instituição de privação de liberdade do Distrito Federal. Sabe-se que as medidas socioeducativas têm como finalidade a proteção e ao mesmo tempo a responsabilização do adolescente que cometeu ato infracional, sob um caráter educativo e não punitivo, mas o que se percebe é a disparidade entre as propostas estipuladas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – e a ações praticadas nas Unidades Socioeducativas. Quando os adolescentes autores de atos infracionais, são inseridos no contexto institucional de privação de liberdade, as unidades de internação concebem a disciplina regida pela clausura, com pretextos de devolvê-los à sociedade ressocializados, no entanto, a própria Instituição perpetra a violência a partir de mecanismos coercitivos e punitivos. Propor uma reflexão sobre a aplicabilidade do ECA nas instituições de internação e revelar, através das falas dos socioeducandos, as falhas e os sentidos paradoxais da instituição de acolhimento, são as propostas deste estudo.This work aimed to discuss the paradoxes revealed in the discourse of adolescents in compliance with socio-educational measures, about the institution of deprivation, since these adolescents are removed from the social space and sent for justice to institutions responsible for social and education. This study aims to describe and explore these institutional paradoxes, which emerged from a thorough analysis of the speeches of 27 socioeducandos, between 14 and 19 years old, admitted to a deprivation of liberty institution of the Federal District. It is known that the educational measures are aimed at the protection and at the same time adolescent accountability who committed an offense under an educational and not punitive, but what we see is the disparity between the proposals set out by the Statute of Children and Adolescents - ECA - and the actions taken in the Socio-Educational Units. When adolescents who have committed crimes, are inserted in the institutional context of deprivation of liberty, the inpatient units conceive discipline governed by the closure, with excuses to return them to ressocializados society, however, the very institution perpetrates violence from coercive and punitive mechanisms. A reflection on the applicability of ECA in inpatient institutions and reveal, through the speeches of socioeducandos failures and the paradoxical way of the host institution, are the aims of this study.Submitted by cristiano cardoso sales (cristiano.sales@ucb.br) on 2017-07-05T20:51:01Z No. of bitstreams: 1 JéssicadeLimaPaulucciBranquinhoNogueiraTCCGraduacao2015.pdf: 626609 bytes, checksum: 78b8d26cbf6372c4cfecfa1f64603f10 (MD5)Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2017-07-06T12:27:17Z (GMT) No. of bitstreams: 1 JéssicadeLimaPaulucciBranquinhoNogueiraTCCGraduacao2015.pdf: 626609 bytes, checksum: 78b8d26cbf6372c4cfecfa1f64603f10 (MD5)Made available in DSpace on 2017-07-06T12:27:17Z (GMT). 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This work aimed to discuss the paradoxes revealed in the discourse of adolescents in compliance with socio-educational measures, about the institution of deprivation, since these adolescents are removed from the social space and sent for justice to institutions responsible for social and education. This study aims to describe and explore these institutional paradoxes, which emerged from a thorough analysis of the speeches of 27 socioeducandos, between 14 and 19 years old, admitted to a deprivation of liberty institution of the Federal District. It is known that the educational measures are aimed at the protection and at the same time adolescent accountability who committed an offense under an educational and not punitive, but what we see is the disparity between the proposals set out by the Statute of Children and Adolescents - ECA - and the actions taken in the Socio-Educational Units. When adolescents who have committed crimes, are inserted in the institutional context of deprivation of liberty, the inpatient units conceive discipline governed by the closure, with excuses to return them to ressocializados society, however, the very institution perpetrates violence from coercive and punitive mechanisms. A reflection on the applicability of ECA in inpatient institutions and reveal, through the speeches of socioeducandos failures and the paradoxical way of the host institution, are the aims of this study.
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