O sentido da medida de internação na trajetória de vida de jovens egressos do sistema socioeducativo
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Data de Publicação: | 2010 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UCB |
Texto Completo: | https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/10869/881 |
Resumo: | Este trabalho visa conhecer o sentido da medida de internação na trajetória de vida de jovens egressos do sistema socioeducativo que conseguiram sair do contexto infracional, buscando compreender como tal medida possa ter contribuído no processo ressocializador. Para tanto, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com dois jovens egressos de uma unidade de internação para adolescentes do Distrito Federal. Os dados foram analisados a partir do método de estudo de caso, sendo identificadas sete categorias de análise. Percebe-se que, antes da internação, os jovens se encontravam em um grave quadro de exclusão social, em que a fragilidade de seus vínculos familiares e sociais eram marcantes. Inicialmente, a medida socioeducativa foi percebida por eles apenas em sua dimensão punitiva, notando-se que os adolescentes ingressaram na unidade como se esta fosse uma “cadeia”. Mas, aos poucos, puderam melhor compreender o processo socioeducativo, sendo destacada a importância do processo reflexivo e do apoio recebido. De acordo com os jovens, a instituição adotava diferentes perspectivas com relação a eles, que se inseriram tanto em relações suportivas, como em situações de humilhação e estigmatização. Os entrevistados apontaram para benefícios propiciados pela vivência da internação, vista como uma experiência de aprendizado, em que tiveram acesso a direitos, e puderam resgatar seus vínculos familiares. Diante do relato dos jovens, percebeu-se que a medida significou oportunidade de resgate e salvação em suas trajetórias de vida. Constatou-se também que, nos casos pesquisados, o processo socioeducativo pôde articular as três dimensões necessárias a sua efetividade: punição, educação e reparação interna. |
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Este trabalho visa conhecer o sentido da medida de internação na trajetória de vida de jovens egressos do sistema socioeducativo que conseguiram sair do contexto infracional, buscando compreender como tal medida possa ter contribuído no processo ressocializador. Para tanto, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com dois jovens egressos de uma unidade de internação para adolescentes do Distrito Federal. Os dados foram analisados a partir do método de estudo de caso, sendo identificadas sete categorias de análise. Percebe-se que, antes da internação, os jovens se encontravam em um grave quadro de exclusão social, em que a fragilidade de seus vínculos familiares e sociais eram marcantes. Inicialmente, a medida socioeducativa foi percebida por eles apenas em sua dimensão punitiva, notando-se que os adolescentes ingressaram na unidade como se esta fosse uma “cadeia”. Mas, aos poucos, puderam melhor compreender o processo socioeducativo, sendo destacada a importância do processo reflexivo e do apoio recebido. De acordo com os jovens, a instituição adotava diferentes perspectivas com relação a eles, que se inseriram tanto em relações suportivas, como em situações de humilhação e estigmatização. Os entrevistados apontaram para benefícios propiciados pela vivência da internação, vista como uma experiência de aprendizado, em que tiveram acesso a direitos, e puderam resgatar seus vínculos familiares. Diante do relato dos jovens, percebeu-se que a medida significou oportunidade de resgate e salvação em suas trajetórias de vida. Constatou-se também que, nos casos pesquisados, o processo socioeducativo pôde articular as três dimensões necessárias a sua efetividade: punição, educação e reparação interna. |
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