O trágico e o espetáculo: algumas reflexões sobre a representação da violência no cinema brasileiro contemporâneo
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UCB |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/123456789/63 https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/7767 |
Resumo: | Trata-se, no presente artigo, de trazer à discussão duas formas distintas de representação da violência presentes no cinema brasileiro contemporâneo, o trágico e o espetáculo. O trágico, tal como o compreende Nietzsche e o interpreta Rosset, valoriza a permanência no limiar do saber e da ignorância, isto é, trata-se de uma forma que não pretende construir verdades, mas dissipar as idéias que buscam se estabelecer de uma forma fixa na posição de verdade. O espetáculo, compreendido no sentido de Debord, é, ao contrário, a aparência que se disfarça de verdade e motiva eficientemente um comportamento hipnótico por parte do espectador, que passa a ver as imagens como seres reais. Os filmes Ônibus 174 (José Padilha, 2002) e Cidade de Deus (Fernando Meireles, 2002) são aqui analisados como exemplos dessas duas formas de representação. |
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O espetáculo, compreendido no sentido de Debord, é, ao contrário, a aparência que se disfarça de verdade e motiva eficientemente um comportamento hipnótico por parte do espectador, que passa a ver as imagens como seres reais. Os filmes Ônibus 174 (José Padilha, 2002) e Cidade de Deus (Fernando Meireles, 2002) são aqui analisados como exemplos dessas duas formas de representação.Made available in DSpace on 2016-10-10T03:52:36Z (GMT). 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