Alíquota do Imposto sobre Grandes Fortunas: Atrelamento à Taxa de Juros Básica da Economia Brasileira (Selic)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Economic Analysis of law Review |
Texto Completo: | https://portalrevistas.ucb.br/index.php/EALR/article/view/12859 |
Resumo: | Há tempos o debate estéril a respeito do imposto sobre grandes fortunas (IGF) é uma realidade no Brasil. Dezenas de propostas legislativas foram apresentadas ao Parlamento nacional, contudo sem grande efetividade ou efeitos producentes, evidenciando iniciativas de mera oportunidade. O cenário complexo da fiscalidade no Brasil, potencializado pela pandemia da Covid-19, sugere uma incursão mais pragmática na implementação de novas fontes de arrecadação, exigindo maior acuidade em relação à conjuntura socioeconômica doméstica que desnuda um panorama historicamente problemático, cujas oscilações da inflação e da taxa de juros não podem ser ignoradas. O presente artigo propõe uma discussão capaz de inserir o imposto sobre grandes fortunas, cobrado de forma recorrente, no contexto macroeconômico do Estado brasileiro, empreendendo uma amarração da exação à taxa de juros básica da economia brasileira (SELIC). Nessa perspectiva, sem negligenciar o necessário debate a respeito de diversos elementos envolvidos nas propostas de criação de um novo tributo sobre riquezas, o estudo assume como temática central a adoção de um critério próprio para o estabelecimento das alíquotas do IGF, atreladas ao rendimento potencial do patrimônio do contribuinte. Não se pretende investigar, dessa maneira, as problemáticas cotidianamente associadas ao tributo, como o enfrentamento do conceito indeterminado (“grande fortuna”), a sujeição passiva da obrigação tributária ou os balizamentos quantitativos concretos da exação, mas sim suscitar um mecanismo capaz de adequar as alíquotas aplicáveis ao imposto às contingências de uma economia inconstante. Como delimitação do tema proposto, o artigo centra-se detidamente na necessidade de atrelar a alíquota do imposto ao percentual da taxa básica de juros no Brasil. Ao final, a investigação deixa entrever que a vinculação do imposto à taxa SELIC é uma alternativa considerável a ser debatida no campo da política tributária. |
id |
UCB-6_975a12ac0ac453ce499dec835543e2db |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.portalrevistas.ucb.br:article/12859 |
network_acronym_str |
UCB-6 |
network_name_str |
Economic Analysis of law Review |
repository_id_str |
|
spelling |
Alíquota do Imposto sobre Grandes Fortunas: Atrelamento à Taxa de Juros Básica da Economia Brasileira (Selic)ributário Covid-19 Imposto sobre grandes fortunas Taxa de juros básica da economia brasileiraHá tempos o debate estéril a respeito do imposto sobre grandes fortunas (IGF) é uma realidade no Brasil. Dezenas de propostas legislativas foram apresentadas ao Parlamento nacional, contudo sem grande efetividade ou efeitos producentes, evidenciando iniciativas de mera oportunidade. O cenário complexo da fiscalidade no Brasil, potencializado pela pandemia da Covid-19, sugere uma incursão mais pragmática na implementação de novas fontes de arrecadação, exigindo maior acuidade em relação à conjuntura socioeconômica doméstica que desnuda um panorama historicamente problemático, cujas oscilações da inflação e da taxa de juros não podem ser ignoradas. O presente artigo propõe uma discussão capaz de inserir o imposto sobre grandes fortunas, cobrado de forma recorrente, no contexto macroeconômico do Estado brasileiro, empreendendo uma amarração da exação à taxa de juros básica da economia brasileira (SELIC). Nessa perspectiva, sem negligenciar o necessário debate a respeito de diversos elementos envolvidos nas propostas de criação de um novo tributo sobre riquezas, o estudo assume como temática central a adoção de um critério próprio para o estabelecimento das alíquotas do IGF, atreladas ao rendimento potencial do patrimônio do contribuinte. Não se pretende investigar, dessa maneira, as problemáticas cotidianamente associadas ao tributo, como o enfrentamento do conceito indeterminado (“grande fortuna”), a sujeição passiva da obrigação tributária ou os balizamentos quantitativos concretos da exação, mas sim suscitar um mecanismo capaz de adequar as alíquotas aplicáveis ao imposto às contingências de uma economia inconstante. Como delimitação do tema proposto, o artigo centra-se detidamente na necessidade de atrelar a alíquota do imposto ao percentual da taxa básica de juros no Brasil. Ao final, a investigação deixa entrever que a vinculação do imposto à taxa SELIC é uma alternativa considerável a ser debatida no campo da política tributária.Universidade Católica de Brasília2022-02-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado por Pares; Peer ReviewedPesquisa legislativa; pesquisa jurisprudencialapplication/pdfhttps://portalrevistas.ucb.br/index.php/EALR/article/view/1285910.31501/ealr.v12i3.12859Economic Analysis of Law Review; Vol. 12 No. 3 (2021): Economic Analysis of Law Review; 440-461Economic Analysis of Law Review ; Vol. 12 Núm. 3 (2021): Economic Analysis of Law Review; 440-461Economic Analysis of Law Review; v. 12 n. 3 (2021): Economic Analysis of Law Review; 440-4612178-0587reponame:Economic Analysis of law Reviewinstname:Universidade Católica de Brasília (UCB)instacron:UCBporhttps://portalrevistas.ucb.br/index.php/EALR/article/view/12859/7664Copyright (c) 2022 Economic Analysis of Law Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessCapella, Vicente LisboaMachado, Carlos Henrique2023-06-15T18:36:59Zoai:ojs.portalrevistas.ucb.br:article/12859Revistahttps://portalrevistas.ucb.br/index.php/ealrONGhttps://portalrevistas.ucb.br/index.php/EALR/oaieditor.ealr@gmail.com||sdi@ucb.br||benjaminm.tabak@gmail.com2178-05872178-0587opendoar:2023-06-15T18:36:59Economic Analysis of law Review - Universidade Católica de Brasília (UCB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Alíquota do Imposto sobre Grandes Fortunas: Atrelamento à Taxa de Juros Básica da Economia Brasileira (Selic) |
title |
Alíquota do Imposto sobre Grandes Fortunas: Atrelamento à Taxa de Juros Básica da Economia Brasileira (Selic) |
spellingShingle |
Alíquota do Imposto sobre Grandes Fortunas: Atrelamento à Taxa de Juros Básica da Economia Brasileira (Selic) Capella, Vicente Lisboa ributário Covid-19 Imposto sobre grandes fortunas Taxa de juros básica da economia brasileira |
title_short |
Alíquota do Imposto sobre Grandes Fortunas: Atrelamento à Taxa de Juros Básica da Economia Brasileira (Selic) |
title_full |
Alíquota do Imposto sobre Grandes Fortunas: Atrelamento à Taxa de Juros Básica da Economia Brasileira (Selic) |
title_fullStr |
Alíquota do Imposto sobre Grandes Fortunas: Atrelamento à Taxa de Juros Básica da Economia Brasileira (Selic) |
title_full_unstemmed |
Alíquota do Imposto sobre Grandes Fortunas: Atrelamento à Taxa de Juros Básica da Economia Brasileira (Selic) |
title_sort |
Alíquota do Imposto sobre Grandes Fortunas: Atrelamento à Taxa de Juros Básica da Economia Brasileira (Selic) |
author |
Capella, Vicente Lisboa |
author_facet |
Capella, Vicente Lisboa Machado, Carlos Henrique |
author_role |
author |
author2 |
Machado, Carlos Henrique |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Capella, Vicente Lisboa Machado, Carlos Henrique |
dc.subject.por.fl_str_mv |
ributário Covid-19 Imposto sobre grandes fortunas Taxa de juros básica da economia brasileira |
topic |
ributário Covid-19 Imposto sobre grandes fortunas Taxa de juros básica da economia brasileira |
description |
Há tempos o debate estéril a respeito do imposto sobre grandes fortunas (IGF) é uma realidade no Brasil. Dezenas de propostas legislativas foram apresentadas ao Parlamento nacional, contudo sem grande efetividade ou efeitos producentes, evidenciando iniciativas de mera oportunidade. O cenário complexo da fiscalidade no Brasil, potencializado pela pandemia da Covid-19, sugere uma incursão mais pragmática na implementação de novas fontes de arrecadação, exigindo maior acuidade em relação à conjuntura socioeconômica doméstica que desnuda um panorama historicamente problemático, cujas oscilações da inflação e da taxa de juros não podem ser ignoradas. O presente artigo propõe uma discussão capaz de inserir o imposto sobre grandes fortunas, cobrado de forma recorrente, no contexto macroeconômico do Estado brasileiro, empreendendo uma amarração da exação à taxa de juros básica da economia brasileira (SELIC). Nessa perspectiva, sem negligenciar o necessário debate a respeito de diversos elementos envolvidos nas propostas de criação de um novo tributo sobre riquezas, o estudo assume como temática central a adoção de um critério próprio para o estabelecimento das alíquotas do IGF, atreladas ao rendimento potencial do patrimônio do contribuinte. Não se pretende investigar, dessa maneira, as problemáticas cotidianamente associadas ao tributo, como o enfrentamento do conceito indeterminado (“grande fortuna”), a sujeição passiva da obrigação tributária ou os balizamentos quantitativos concretos da exação, mas sim suscitar um mecanismo capaz de adequar as alíquotas aplicáveis ao imposto às contingências de uma economia inconstante. Como delimitação do tema proposto, o artigo centra-se detidamente na necessidade de atrelar a alíquota do imposto ao percentual da taxa básica de juros no Brasil. Ao final, a investigação deixa entrever que a vinculação do imposto à taxa SELIC é uma alternativa considerável a ser debatida no campo da política tributária. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-02-20 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Avaliado por Pares; Peer Reviewed Pesquisa legislativa; pesquisa jurisprudencial |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://portalrevistas.ucb.br/index.php/EALR/article/view/12859 10.31501/ealr.v12i3.12859 |
url |
https://portalrevistas.ucb.br/index.php/EALR/article/view/12859 |
identifier_str_mv |
10.31501/ealr.v12i3.12859 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://portalrevistas.ucb.br/index.php/EALR/article/view/12859/7664 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2022 Economic Analysis of Law Review info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2022 Economic Analysis of Law Review |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Católica de Brasília |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Católica de Brasília |
dc.source.none.fl_str_mv |
Economic Analysis of Law Review; Vol. 12 No. 3 (2021): Economic Analysis of Law Review; 440-461 Economic Analysis of Law Review ; Vol. 12 Núm. 3 (2021): Economic Analysis of Law Review; 440-461 Economic Analysis of Law Review; v. 12 n. 3 (2021): Economic Analysis of Law Review; 440-461 2178-0587 reponame:Economic Analysis of law Review instname:Universidade Católica de Brasília (UCB) instacron:UCB |
instname_str |
Universidade Católica de Brasília (UCB) |
instacron_str |
UCB |
institution |
UCB |
reponame_str |
Economic Analysis of law Review |
collection |
Economic Analysis of law Review |
repository.name.fl_str_mv |
Economic Analysis of law Review - Universidade Católica de Brasília (UCB) |
repository.mail.fl_str_mv |
editor.ealr@gmail.com||sdi@ucb.br||benjaminm.tabak@gmail.com |
_version_ |
1798675421085040640 |