A VOZ IDENTITÁRIA DO ESTRANGEIRO ECOA NUM ESPAÇO SONORO DE MUITAS VIAGENS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Grigoletti, Lúcia Valquíria Souza
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UCpel
Texto Completo: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/225
Resumo: A presente pesquisa A voz identitária do estrangeiro ecoa num espaço sonoro de muitas viagens desenvolvida por Lúcia Grigoletti, entre 2006/02-20011, no Pós-Let UCPEL, sob a orientação do Prof. Dr. Hilário Inácio Bohn, objetivou identificar os traços identitárias do estrangeiro na Pós-modernidade. Para tal focalizou na linguagem oral deste último sua atenção de análise. Numa relação entre a Teoria bakhtiniana e a Psicanálise, especificamente nesta última, a Teoria Vincular, desenvolve-se a construção da tese. A metodologia de abordagem Qualitativa, História Oral Biográfica, enriquecida pela Análise Dialógica do Discurso embasa o trabalho científico desenvolvido com 12 famílias estrangeiras radicadas no DF/Brasil. Com 14 nacionalidades diferentes entre os sujeitos, considerando a mulher, o parceiro e os filhos, mas no máximo três nacionalidades no mesmo grupo familiar e permanência no Brasil entre cinco meses a seis anos, o trabalho enquanto profissão foi a causa de 83,33% dos homens e 16,67% das mulheres migrarem. Entre os adultos, predominam, com 52,2 % (8), os franceses; destes, 62,50% são mulheres. Os demais adultos, de acordo com o gênero, se distribuem unitariamente entre as outras nacionalidades: brasileira/colombiana (dupla nacionalidade), britânica, canadense, colombiana, chilena, cubana, espanhola, estadunidense, neozelandesa, mexicana e uruguaia. Entre os filhos, totalizando 22 e oito nacionalidades, os nascidos no Brasil representam 45,45%, seguidos dos franceses: 18,18%. O traço linguístico marcante da identidade do estrangeiro na pós-modernidade a resultante do conflito individuação (língua materna/cultura de origem) X pertencimento (língua estrangeira/nova cultura) está nas entrelinhas e na translinguagem; está na atitude ética no sentido bahktiniano; na consciência e responsabilidade sobre a nova identidade enquanto filho de sua Pátria frente à Pátria do Outro. Nesta última, o estrangeiro revive o processo de separação-individuação, agora da mãe-Pátria, e o luto da parentalidade, deixando de ser filho de seus pais/país e se vendo pai (protetor) de seus filhos (valores; tradições; lembranças; memórias de suas raízes visuais, gustativas, táteis, sonoras e olfativas) numa época de tempos e espaços efêmeros! A música viabilizou a travessia identitária, perpetuando-se independente do espaço e do tempo, contribuindo para a manutenção da célula identitária e transição entre diferentes ritmos linguísticos (materno e estrangeiro). O estrangeiro encontrou, nessa transição, o terceiro espaço, a Pátria Estrangeira, sua mais recente pele sonora identitária
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Com 14 nacionalidades diferentes entre os sujeitos, considerando a mulher, o parceiro e os filhos, mas no máximo três nacionalidades no mesmo grupo familiar e permanência no Brasil entre cinco meses a seis anos, o trabalho enquanto profissão foi a causa de 83,33% dos homens e 16,67% das mulheres migrarem. Entre os adultos, predominam, com 52,2 % (8), os franceses; destes, 62,50% são mulheres. Os demais adultos, de acordo com o gênero, se distribuem unitariamente entre as outras nacionalidades: brasileira/colombiana (dupla nacionalidade), britânica, canadense, colombiana, chilena, cubana, espanhola, estadunidense, neozelandesa, mexicana e uruguaia. Entre os filhos, totalizando 22 e oito nacionalidades, os nascidos no Brasil representam 45,45%, seguidos dos franceses: 18,18%. O traço linguístico marcante da identidade do estrangeiro na pós-modernidade a resultante do conflito individuação (língua materna/cultura de origem) X pertencimento (língua estrangeira/nova cultura) está nas entrelinhas e na translinguagem; está na atitude ética no sentido bahktiniano; na consciência e responsabilidade sobre a nova identidade enquanto filho de sua Pátria frente à Pátria do Outro. Nesta última, o estrangeiro revive o processo de separação-individuação, agora da mãe-Pátria, e o luto da parentalidade, deixando de ser filho de seus pais/país e se vendo pai (protetor) de seus filhos (valores; tradições; lembranças; memórias de suas raízes visuais, gustativas, táteis, sonoras e olfativas) numa época de tempos e espaços efêmeros! A música viabilizou a travessia identitária, perpetuando-se independente do espaço e do tempo, contribuindo para a manutenção da célula identitária e transição entre diferentes ritmos linguísticos (materno e estrangeiro). O estrangeiro encontrou, nessa transição, o terceiro espaço, a Pátria Estrangeira, sua mais recente pele sonora identitáriaCette recherche La voix identitaire de l‟étranger sonne dans l‟espace sonore de beaucoup de voyages été développée pour Lúcia Grigoletti, entre les ans 2006 et 2011 sous la direction du professeur Hilário Inácio Bohn au Cours de Master en Lettres de l‟ UCPEL, ayant pour but identifier les traits identitaries de l‟étranger dans la postmodernité. Pour ce faire la langue orale a été l‟objet d‟attention. Cette thèse se construit dans le lien entre la théorie bakhtinienne et la psychanalyse, en particulier la théorie vinculaire. La méthodologie de l'approche qualitative, l‟histoire orale biographique, enrichie par l'analyse dialogique du discours est à la base du travail scientifique développé avec 12 familles étrangères installées dans le DF / Brésil. Les sujets avaient 14 nationalités différentes compte tenu de la femme, son partenaire et leurs enfants, mais pas plus de trois nationalités dans le même groupe familial. Leur séjour au Brésil datait de cinq mois à six ans et on a remarqué que le travail, la profession, a été la cause de la migration de 83,33% d'hommes et de 16,67% de femmes. Parmi les adultes, les français prédominent - 52,2% (8) -, dont 62,50% sont des femmes. Les autres adultes, selon le sexe, sont uniformément répartis parmi les autres nationalités: brésilenne (double nationalité), britannique, canadienne, colombienne, chilienne, cubaine, espagnole, américaine, néo-zélandaise, mexicaine et uruguayenne. Parmi les 22 enfants, on a trouvé 8 nationalités, ceux qui sont nés au Brésil représentent 45,45%, suivis par les français: 18,18%. Le trait linguistique caractéristique de l'identité de l'étranger dans la post-modernité - résultant du conflit individuation (langue maternelle/culture d'origine) X appartenance (langue étrangère/nouvelle culture) se trouve entre les lignes et dans le translangage, dans l'attitude éthique au sens bakhtinien; dans la conscience et dans la responsabilité sur la nouvelle identité en tant que fils de sa Patrie devant la Patrie de l'Autre. Dans ce dernier cas, l'étranger revit le processus de séparation-individuation, maintenant de la mère-Patrie, et le deuil de la parentalité, « n‟étant plus l'enfant de ses parents / de son pays », et se percevant le père (protecteur) de ses «enfants» (valeurs; traditions, souvenirs, mémoires de ses racines visuelles, gustatives, tactiles, auditives et olfactives) dans une époques d'espaces et des temps éphémères! La musique a rendu possible la traversée identitaire, en se perpétuant indépendamment de l'espace et du temps, en contribuant au maintient de la cellule identitaire et la transition parmi les différents rythmes linguistiques (maternel et étranger). L'étranger a trouvé dans cette transition le troisième espace, la Patrie Étrangère, sa nouvelle peau sonore identitaireUniversidade Catolica de PelotasLetrasBRUcpelDoutorado em LetrasBohn, Hilário InácioCPF:16584970906http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727299A6Grigoletti, Lúcia Valquíria Souza2016-03-22T17:26:46Z2012-09-192012-03-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfGRIGOLETTI, Lúcia Valquíria Souza. A VOZ IDENTITÁRIA DO ESTRANGEIRO ECOA NUM ESPAÇO SONORO DE MUITAS VIAGENS. 2012. 155 f. 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