Associação entre tempo de tela e desenvolvimento cognitivo em crianças de 18 meses de idade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GASTAUD, Luiza Morrone
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UCpel
Texto Completo: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/897
Resumo: Introdução: Desde o surgimento da televisão e demais tecnologias como tablets e smartphones, imergimos na era digital, a qual tem reflexo expressivo na rotina das mais variadas idades. Entre estas, destaca-se o uso infantil e introdução cada vez mais precoce. Assim, recomendações se fizeram necessárias por órgãos de saúde a fim de orientar o uso racional e saudável ponderando-se a influência no crescimento e desenvolvimento infantil. Este é um processo intenso e significativo, que molda e reflete na vida futura e assim depende das conexões e diferenciação neuronais esperadas e de estímulos externos. E é neste ponto, principalmente na fase inicial da vida das crianças - onde as recomendações de uso são extremamente restritas, que precisamos avaliar o papel das tecnologias que muitas vezes acabam reduzindo momentos de atividades lúdicas e impulsoras para o adequado desenvolvimento. Objetivo: Avaliar a associação entre tempo de tela de crianças aos 18 meses de idade e desenvolvimento cognitivo. Método: Estudo transversal vinculado à coorte intitulada “Transtornos neuropsiquiátricos maternos no ciclo gravídicopuerperal: detecção e intervenção precoce e suas consequências na tríade familiar”, realizada na cidade de Pelotas/RS. Foram incluídas crianças com 18 meses de idade sem impedimento neurológico. As avaliações foram compostas por questionário com variáveis referentes à criança e à mãe e aplicação do teste Bayley Scale of Infant and Toddler Development (Bayley-III). Para análise de dados, utilizou-se teste t, ANOVA pelo programa SPSS 22.0. Já a análise ajustada foi realizada através de regressão linear. O estudo maior foi aprovado pelo Comitê de Ética com preenchimento de termo de consentimento livre esclarecido a todos participantes, assim como autorização a participação dos filhos. Resultados: A amostra totalizou 470 participantes. A média geral na escala cognitiva foi 96,1 (±14,0) pontos. Em relação ao tempo de tela, constatou-se que 58,8% das crianças gastavam 1 hora ou mais para tal atividade. E crianças que apresentaram tempo de tela menor que 1 hora obtiveram escore cognitivo médio 2 pontos acima dos que gastavam mais tempo em frente às mídias (-2,1 IC95% -3,6; -0,5). Conclusão: A exposição às telas pode trazer efeitos negativos importantes ao desenvolvimento cognitivo infantil e assim busca-se intervir e orientar o real papel das mídias aos pais e responsáveis. Para que se consolidem tais achados e o enfoque se difunda, mais estudos são necessários.
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spelling Associação entre tempo de tela e desenvolvimento cognitivo em crianças de 18 meses de idadetempo de tela; desenvolvimento Infantil; desenvolvimento cognitivoscreen time; child development; cognitive developmentPSICOLOGIA::PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANOIntrodução: Desde o surgimento da televisão e demais tecnologias como tablets e smartphones, imergimos na era digital, a qual tem reflexo expressivo na rotina das mais variadas idades. Entre estas, destaca-se o uso infantil e introdução cada vez mais precoce. Assim, recomendações se fizeram necessárias por órgãos de saúde a fim de orientar o uso racional e saudável ponderando-se a influência no crescimento e desenvolvimento infantil. Este é um processo intenso e significativo, que molda e reflete na vida futura e assim depende das conexões e diferenciação neuronais esperadas e de estímulos externos. E é neste ponto, principalmente na fase inicial da vida das crianças - onde as recomendações de uso são extremamente restritas, que precisamos avaliar o papel das tecnologias que muitas vezes acabam reduzindo momentos de atividades lúdicas e impulsoras para o adequado desenvolvimento. Objetivo: Avaliar a associação entre tempo de tela de crianças aos 18 meses de idade e desenvolvimento cognitivo. Método: Estudo transversal vinculado à coorte intitulada “Transtornos neuropsiquiátricos maternos no ciclo gravídicopuerperal: detecção e intervenção precoce e suas consequências na tríade familiar”, realizada na cidade de Pelotas/RS. Foram incluídas crianças com 18 meses de idade sem impedimento neurológico. As avaliações foram compostas por questionário com variáveis referentes à criança e à mãe e aplicação do teste Bayley Scale of Infant and Toddler Development (Bayley-III). Para análise de dados, utilizou-se teste t, ANOVA pelo programa SPSS 22.0. Já a análise ajustada foi realizada através de regressão linear. O estudo maior foi aprovado pelo Comitê de Ética com preenchimento de termo de consentimento livre esclarecido a todos participantes, assim como autorização a participação dos filhos. Resultados: A amostra totalizou 470 participantes. A média geral na escala cognitiva foi 96,1 (±14,0) pontos. Em relação ao tempo de tela, constatou-se que 58,8% das crianças gastavam 1 hora ou mais para tal atividade. E crianças que apresentaram tempo de tela menor que 1 hora obtiveram escore cognitivo médio 2 pontos acima dos que gastavam mais tempo em frente às mídias (-2,1 IC95% -3,6; -0,5). Conclusão: A exposição às telas pode trazer efeitos negativos importantes ao desenvolvimento cognitivo infantil e assim busca-se intervir e orientar o real papel das mídias aos pais e responsáveis. Para que se consolidem tais achados e o enfoque se difunda, mais estudos são necessários.Introduction: Since the emergence of television and other technologies such as tablets and smartphones, we have immersed ourselves in the digital age, which has an expressive impact on the routine of the most varied ages. Among these, child use and increasingly early introduction stand out. Thus, recommendations were made necessary by health agencies in order to guide rational and healthy use, considering the influence on child growth and development. This is an intense and significant process, which shapes and reflects in the future life and thus depends on the expected neuronal connections and differentiation and external stimuli. And it is at this point, especially in the initial phase of children's lives - where the recommendations for use are extremely restricted, that we need to assess the role of technologies that often end up reducing moments of playful and impulsive activities for proper development. Objective: To evaluate the association between screen time of children at 18 months of age and cognitive development. Method: Cross-sectional study linked to the cohort entitled “Maternal neuropsychiatric disorders in the pregnancy-puerperal cycle: early detection and intervention and its consequences in the family triad”, carried out in the city of Pelotas / RS. Children aged 18 months without neurological impairment were included. The evaluations were composed of a questionnaire with variables referring to the child and the mother and application of the Bayley Scale of Infant and Toddler Development test (BayleyIII). For data analysis, t test, ANOVA by the SPSS 22.0 program was used. The adjusted analysis was performed using linear regression. The larger study was approved by the Ethics Committee with filling out an informed consent form for all participants, as well as authorization for the participation of children. Results: The sample totaled 470 participants. The general average on the cognitive scale was 96.1 (± 14.0) points. Regarding screen time, it was found that 58.8% of children spent 1 hour or more for such activity. And children who had screen time less than 1 hour had an average cognitive score 2 points above those who spent more time in front of the media (-2.1 CI95% -3.6; -0.5). Conclusion: Exposure to screens can have important negative effects on children's cognitive development and, therefore, we seek to intervene and guide the real role of the media to parents and guardians. For these findings to be consolidated and the focus to spread, more studies are needed.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Catolica de PelotasCentro de Ciencias da SaudeBrasilUCPelPrograma de Pos-Graduacao em Saude ComportamentoQUEVEDO, Luciana de ÁvilaMATOS, Mariana Bonatti deCASTELLI, RocheleGASTAUD, Luiza Morrone2021-09-14T12:38:05Z2021-04-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfGASTAUD, Luiza Morrone. Associação entre tempo de tela e desenvolvimento cognitivo em crianças de 18 meses de idade. 2021. 67 f. Dissertação( Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento) - Universidade Catolica de Pelotas, Pelotas .http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/897porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UCpelinstname:Universidade Católica de Pelotas (UCPEL)instacron:UCPEL2021-09-16T04:00:09Zoai:tede.ucpel.edu.br:jspui/897Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www2.ufpel.edu.br/tede/http://tede.ucpel.edu.br:8080/oai/requestbiblioteca@ucpel.edu.br||cristiane.chim@ucpel.tche.bropendoar:2021-09-16T04:00:09Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UCpel - Universidade Católica de Pelotas (UCPEL)false
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