Construção do ponto de vista e a alteridade em textos produzidos por alunos do Ensino Médio // DOI: 10.18226/21784612.v23.n1.3

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira Júnior, Osvaldo Barreto
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Muniz, Dinéa Maria Sobral
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Conjectura: filosofia e educação
Texto Completo: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/4689
Resumo: Educar na diferença pressupõe respeitar as diversas vozes dos sujeitos da escola, a fim de que, sociocognitivamente, estudantes e professores construam saberes, partilhando experiências, socializando conhecimentos e refletindo sobre seus modos de ver/conceber as coisas do mundo. Por essa razão, o professor de língua portuguesa precisa estar atento aos modos de compreensão que seus alunos revelam quando produzem dizeres nas atividades realizadas em sala de aula. Para isso, é preciso assumir que os sentidos são sempre negociados, e que os sujeitos, quando focalizam um conteúdo assumindo-se como enunciadores de um dizer, manifestam, ao mesmo tempo, o dialogismo presente em toda ação de linguagem. Esse dialogismo pode ser testemunhado pelos indícios de alteridade presente nas produções textuais dos estudantes. Para comprovar isso, este trabalho desenvolve análise de textos argumentativos produzidos por alunos do Ensino Médio (redações do ENEM), comentando os objetos de discurso (ou referentes textuais) presentes nessas produções textuais. Dessa forma, busca evidenciar que, além de serem reveladores de pontos de vista, os objetos de discurso sinalizam o diálogo do enunciador com outros sujeitos, exercendo papel central na construção da orientação argumentativa do texto. Nessa perspectiva, considera-se que a construção do ponto de vista ocorre, em muitos casos, pela adesão do enunciador às ideias e opiniões de outros sujeitos; o que confirma o principal argumento orientador deste trabalho: para construir opinião, o enunciador reformula o próprio dizer, ora por adaptações de sua própria voz, ora por influência de outros dizeres com os quais dialoga durante o desempenho da atividade verbal.Palavras-chave: Referentes textuais. Intersubjetividade. Orientação argumentativa.
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spelling Construção do ponto de vista e a alteridade em textos produzidos por alunos do Ensino Médio // DOI: 10.18226/21784612.v23.n1.3EDUCAÇÃOEducar na diferença pressupõe respeitar as diversas vozes dos sujeitos da escola, a fim de que, sociocognitivamente, estudantes e professores construam saberes, partilhando experiências, socializando conhecimentos e refletindo sobre seus modos de ver/conceber as coisas do mundo. Por essa razão, o professor de língua portuguesa precisa estar atento aos modos de compreensão que seus alunos revelam quando produzem dizeres nas atividades realizadas em sala de aula. Para isso, é preciso assumir que os sentidos são sempre negociados, e que os sujeitos, quando focalizam um conteúdo assumindo-se como enunciadores de um dizer, manifestam, ao mesmo tempo, o dialogismo presente em toda ação de linguagem. Esse dialogismo pode ser testemunhado pelos indícios de alteridade presente nas produções textuais dos estudantes. Para comprovar isso, este trabalho desenvolve análise de textos argumentativos produzidos por alunos do Ensino Médio (redações do ENEM), comentando os objetos de discurso (ou referentes textuais) presentes nessas produções textuais. Dessa forma, busca evidenciar que, além de serem reveladores de pontos de vista, os objetos de discurso sinalizam o diálogo do enunciador com outros sujeitos, exercendo papel central na construção da orientação argumentativa do texto. Nessa perspectiva, considera-se que a construção do ponto de vista ocorre, em muitos casos, pela adesão do enunciador às ideias e opiniões de outros sujeitos; o que confirma o principal argumento orientador deste trabalho: para construir opinião, o enunciador reformula o próprio dizer, ora por adaptações de sua própria voz, ora por influência de outros dizeres com os quais dialoga durante o desempenho da atividade verbal.Palavras-chave: Referentes textuais. Intersubjetividade. Orientação argumentativa.Universidade de Caxias do SulFundação de Amparo à Pesquisa do Estado da BahiaOliveira Júnior, Osvaldo BarretoMuniz, Dinéa Maria Sobral2018-04-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado por Paresapplication/pdfhttp://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/4689Conjectura: filosofia e educação; v. 23, n. 1; 45-62CONJECTURA: filosofia e educação; v. 23, n. 1; 45-622178-46120103-1457reponame:Conjectura: filosofia e educaçãoinstname:Universidade de Caxias do Sul (UCS)instacron:UCSporhttp://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/4689/pdfDireitos autorais 2018 CONJECTURA: filosofia e educaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-04-29T02:15:43ZRevista
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