A AVIAÇÃO CIVIL BRASILEIRA NO PERÍODO DE 1930 – 1940: Um artigo na Revista Cultura Política

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Filho, João dos Santos
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Rosa dos Ventos (Caxias do Sul)
Texto Completo: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/rosadosventos/article/view/546
Resumo: A linha de pesquisa que desenvolvo junto a Universidade Estadual de Maringá, denominada História da Hospitalidade e do Turismo no Brasil e América Latina, me aproximou de três leituras fundamentais, que me permitiram compreender a importância política e histórica do presidente Getúlio Vargas, e passar a admirá-lo como um estadista de perfil autoritário, conservador e nacionalista, mas também, arrojado na montagem e administração do aparelho ideológico de Estado. A primeira dessas leituras foi o Diário, elaborado por Celina Vargas do Amaral Peixoto, neta de Getúlio Vargas, livro publicado em 1995. Este título é importante dentro da historiografia nacional, pois o personagem da História que trabalhamos é o próprio narrador do fato, portanto, conhece a situação que expõe e focaliza o seu instante presente. A segunda leitura foi o livro Getúlio Vargas, meu pai, escrito por sua filha, Alzira Vargas do Amaral Peixoto, que ocupou o cargo de auxiliar de gabinete junto à Casa Civil de 1937 até 1945, portanto, constituindo-se em fonte de imenso valor histórico, pois é um relato familiar publicado em 1960. A terceira leitura é a Revista Mensal de Estudos Brasileiros, publicada pela Divisão de Imprensa e Propaganda – DIP, entre 1941 a 1945. A Revista era responsável pela propaganda oficial do governo, promoção pessoal do presidente, censura e divulgação cultural. Editada por Almir de Andrade, é considerada o principal órgão de divulgação do Estado Novo. Existem inúmeras páginas na história brasileira, referentes a esse personagem nacionalista, carismático, autoritário e populista chamado Getúlio Dorneles Vargas, que depôs o governo do presidente Washington Luís por meio de um movimento armado de oposição, e governou o Brasil de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Suas ações no campo econômico, político, cultural e social, transformaram o aparelho de Estado em instrumento de controle para a implantação do Estado Novo, política formatada numa perspectiva de atuação conjunta com a classe trabalhadora, como forma de domesticar a força de trabalho para o caminho de um processo de industrialização. A Constituição de 1934 dissolve o Congresso Nacional em 1937, instalando o Estado Novo, e Getúlio passa a governar com poderes plenos, dando ao governo a suas características de centralizador, controlador e proprietário do aparelho de Estado. Cria o DIP para controlar e exercer a censura plena nas manifestações contrárias ao seu governo. Segundo o historiador brasilianista Thomas Skidmore (1982, p.58):   Com exceção de umas poucas instituições, como o Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP, para a propaganda oficial e para a censura da imprensa, além da polícia secreta, a estrutura administrativa do Estado Novo era uma resposta ao desafio de governar efetivamente e, rapidamente, transformar o país, tanto quanto era um conjunto de dispositivos para facilitar o poder pessoal de Vargas.   Amado pelo proletariado e por alguns setores da burguesia nacional, Getúlio alimenta a idéia do forte ufanismo político com base em um modelo de pretensões fascistas, associado ao culto da personalidade nacionalista patriarcal, usado para governar a sociedade brasileira. Com esse perfil de político parceiro das necessidades do trabalhador, consegue construir um marketing de “Pai dos Pobres” com a ajuda do controle dos meios de comunicação e intelectuais que produzem uma literatura que busca estar sempre à frente das necessidades da população. Com isso, consegue para si a imagem de estadista que orienta fraternalmente o povo brasileiro, numa atitude do grande pai. Dentre as inúmeras produções literárias existentes sobre os feitos de Getúlio Vargas, nesse período, podemos destacar como a mais importante de todas, a revista Cultura Política - Revista Mensal de Estudos Brasileiros, que tinha por objetivo a promoção da nova concepção de cultura, unindo a ordem política e social sob a égide do Estado Novo, e a prestação de contas das ações do governo esclarecendo as transformações econômicas, políticas e sociais em curso no país. Foi numa dessas leituras da Revista Cultura Política ano I, número 2, de Abril de 1941, Rio de Janeiro, que me deparei com um artigo assaz interessante, e repleto de informações e, acredito, muitas delas tidas como perdidas. O artigo intitula-se “A aviação civil brasileira no período de 1930 - 1940”, da professora de Belo Horizonte, Iolanda de Araújo Nobre. Devido a sua importância, o artigo é publicado, na integra, para que outros pesquisadores possam utilizá-lo como fonte primária de pesquisa.
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A segunda leitura foi o livro Getúlio Vargas, meu pai, escrito por sua filha, Alzira Vargas do Amaral Peixoto, que ocupou o cargo de auxiliar de gabinete junto à Casa Civil de 1937 até 1945, portanto, constituindo-se em fonte de imenso valor histórico, pois é um relato familiar publicado em 1960. A terceira leitura é a Revista Mensal de Estudos Brasileiros, publicada pela Divisão de Imprensa e Propaganda – DIP, entre 1941 a 1945. A Revista era responsável pela propaganda oficial do governo, promoção pessoal do presidente, censura e divulgação cultural. Editada por Almir de Andrade, é considerada o principal órgão de divulgação do Estado Novo. Existem inúmeras páginas na história brasileira, referentes a esse personagem nacionalista, carismático, autoritário e populista chamado Getúlio Dorneles Vargas, que depôs o governo do presidente Washington Luís por meio de um movimento armado de oposição, e governou o Brasil de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Suas ações no campo econômico, político, cultural e social, transformaram o aparelho de Estado em instrumento de controle para a implantação do Estado Novo, política formatada numa perspectiva de atuação conjunta com a classe trabalhadora, como forma de domesticar a força de trabalho para o caminho de um processo de industrialização. A Constituição de 1934 dissolve o Congresso Nacional em 1937, instalando o Estado Novo, e Getúlio passa a governar com poderes plenos, dando ao governo a suas características de centralizador, controlador e proprietário do aparelho de Estado. Cria o DIP para controlar e exercer a censura plena nas manifestações contrárias ao seu governo. 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Com esse perfil de político parceiro das necessidades do trabalhador, consegue construir um marketing de “Pai dos Pobres” com a ajuda do controle dos meios de comunicação e intelectuais que produzem uma literatura que busca estar sempre à frente das necessidades da população. Com isso, consegue para si a imagem de estadista que orienta fraternalmente o povo brasileiro, numa atitude do grande pai. Dentre as inúmeras produções literárias existentes sobre os feitos de Getúlio Vargas, nesse período, podemos destacar como a mais importante de todas, a revista Cultura Política - Revista Mensal de Estudos Brasileiros, que tinha por objetivo a promoção da nova concepção de cultura, unindo a ordem política e social sob a égide do Estado Novo, e a prestação de contas das ações do governo esclarecendo as transformações econômicas, políticas e sociais em curso no país. 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