Caracterização, desenvolvimento tecnológico de extratos padronizados e avaliação da toxicidade de Dysphania Ambrosioides (L.) Mosyakin & Clemants (Amaranthaceae)

• Autor(a) principal: Ferreira, Thaís Moreira Silva
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações da UEG
• Texto Completo: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1458
• topic: Chenopodium ambrosioides; Flavonoides; Extrato padronizado; Metodologia de superfície de resposta; Extração assistida por ultrassom; Spray drying; Chenopodium ambrosioides; Flavonoids; Standardized extract; Response surface methodology; Ultrasound-assisted extraction; Spray drying; CIENCIAS DA SAUDE

Dysphania ambrosioides (L.) Mosyakin & Clemants (sin: Chenopodium ambrosoides L.), Amaranthaceae, é empregada na medicina popular brasileira e é conhecida como erva-de-santa-maria e mastruz. Possui propriedades antiparasitárias, antibacterianas, anti-inflamatórias, antifúngicas e antitumorais. O presente trabalho visa a caracterização e o desenvolvimento tecnológico do extrato seco das partes aéreas de D. ambrosioides, padronizado em flavonoides expressos como rutina, bem como a avaliação da sua toxicidade. Os espécimes foram coletados nas regiões de Anápolis, Goiânia, Itapuranga e Pirenópolis, estado de Goiás, e as exsicatas foram depositadas no herbário da Universidade Estadual de Goiás com registros HUEG11387-11392, 11873. O material vegetal foi dessecado e caracterizado por métodos farmacopeicos. Parte do material foi macerado, percolado em etanol 70% (p/p), numa proporção droga/solvente de 10% (p/p). O extrato obtido foi concentrado, caracterizado e acrescido de dióxido de silício coloidal para secagem por aspersão (spray-drying). A droga vegetal também foi submetida à extração assistida por ultrassom (EAU), para a qual foram desenvolvidos e validados métodos analíticos de identificação e doseamento de rutina por cromatografia a líquido de alta eficiência (CLAE), e de flavonoides totais expressos como rutina, por método espectrofotométrico. Os processos de EAU e de obtenção do extrato seco padronizado em flavonoides, expressos como rutina, foram otimizados utilizando o modelo de planejamento fatorial Box Behnken (33) e a Metodologia de Superfície de Resposta (MSR). O extrato seco padronizado e caracterizado foi submetido a ensaios toxicológicos in vitro em Artemia salina nas concentrações de 62,5 a 1000 μg/mL e também in vivo, de toxicidade oral aguda em ratas Wistar, aprovado pela comissão de ética no uso de animais, nas dosagens de 300 e 2000 mg/kg. Os ensaios farmacopeicos demonstraram parâmetros relevantes na identificação vegetal da espécie e controle de qualidade da matéria-prima vegetal. Para o extrato bruto de partes aéreas de D. ambrosioides, o método analítico em cromatografia a líquido de alta eficiência para identificação e doseamento do marcador rutina foi validado parcialmente para os parâmetros seletividade e linearidade. Já o método analítico espectrofotométrico atendeu aos critérios de seletividade, linearidade, precisão, exatidão e robustez, sendo rápido, barato e de fácil execução no doseamento de flavonoides expressos como rutina. Na EAU as melhores condições para as variáveis analisadas foram: tempo de extração de 60 minutos, temperatura de 57ºC e teor etanólico de 57% (p/p). Para a obtenção do extrato seco padronizado as melhores condições, neste estudo, foram: concentração do adjuvante de secagem de 50% (p/p), temperatura de entrada de 148ºC, fluxo de alimentação 0,5 L/h. Para os ensaios toxicológicos, o extrato seco padronizado foi considerado átoxico no ensaio de Artemia salina e classificado como de baixa toxicidade no protocolo de toxicidade oral aguda em roedores, com DL50 entre 2000 a 5000 mg/Kg. Os resultados obtidos contribuem para o desenvolvimento de Resumo xviii matérias-primas de alta qualidade e baixa toxicidade a partir das partes aéreas de D. ambrosioides. No entanto, devem ser conduzidos ainda estudos de toxicidade crônica, subcrônica e materno-fetal.