Impacto da soja transgênica a imidazolinonas e do manejo com herbicidas na comunidade microbiana do solo

• Autor(a) principal: Souza, Rosinei Aparecida de
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
• Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/13543
• topic: Microorganismos do solo; Biomassa; Plantas transgênicas; Impacto ambiental; Soja; Soil microorganism; Biomass; Environmental impact statements; Transgenic plants

Resumo: O Brasil cultivou 25,4 milhões de hectares com culturas geneticamente modificadas (GM) em 21, dos quais 17,8 milhões foram ocupados com soja resistente a herbicidas Hoje o país já ocupa a posição de segundo maior produtor mundial de soja geneticamente modificada Em um dos eventos de obtenção de soja transgênica, a engenharia genética desenvolveu plantas pela introdução do gene ahas de Arabidopsis thaliana, que confere tolerância aos herbicidas do grupo químico das imidazolinonas O gene ahas codifica a proteína AHAS (aceto-hidroxiácido sintase), que é encontrada naturalmente em todas as plantas e que catalisa a primeira etapa da biossíntese dos aminoácidos de cadeia ramificada Nas plantas convencionais, a inibição da enzima AHAS pelos herbicidas à base de imidazolinona provoca uma deficiência de aminoácidos de cadeia ramificada e de outros compostos derivados dessa via, necessários a sua sobrevivência Alguns trabalhos têm abordado os impactos ambientais de culturas transgênicas e do uso de herbicidas, contudo, poucos estudos referentes aos efeitos dessas culturas e dos herbicidas na biomassa microbiana do solo foram realizados O objetivo desta tese foi o de avaliar o impacto da soja geneticamente modificada contendo o gene ahas e do herbicida Imazapyr do grupo das imidazolinonas na microbiota do solo Ao todo foram avaliados vinte ensaios, conduzidos em três safras e nove municípios localizados em seis estados e no DF com soja convencional (cultivar Conquista) e transgênica (Soja Cultivance, evento 127) Os parâmetros avaliados foram, quantitativamente, o carbono e o nitrogênio da biomassa microbiana, pelo método de fumigação-extração) e a análise qualitativa da diversidade genética da comunidade bacteriana pelo método do DGGE (“Denaturing Gradient Gel Electrophoresis”) As amostras foram coletadas na camada de -1 cm no pré-plantio e no estádio R2 do desenvolvimento da cultura O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com cinco tratamentos (T1: soja Cultivance - evento 127 (soja GM), com controle de plantas invasoras efetuado exclusivamente com herbicida imidazolinona; T2: soja Cultivance, evento 127 (soja GM), com controle de plantas invasoras efetuado com herbicidas convencionais; T3: cultivar parental da qual o evento 127 originou (Conquista) (soja convencional), com controle de plantas invasoras efetuado com herbicidas convencionais; T4: cultivar M-SOY 81 (soja convencional da Monsoy), utilizada como padrão convencional, com controle de plantas invasoras efetuado com herbicidas convencionais; T5: variedade CD 217 (soja convencional da Coodetec), utilizada como padrão convencional, com controle de plantas invasoras efetuado com herbicidas convencionais), com quatro repetições O herbicida imidazolinona utilizado foi o Imazapyr na dose de 7 g ia ha-1 e o convencional consistiu da mistura Bentazon + Acifluorfen-sódio, na dosagem recomendada para cada região Em todos os ensaios avaliados não foram encontradas diferenças na biomassa microbiana do solo entre os tratamentos que pudessem ser atribuídas aos herbicidas, ou à transgenia Também não houve efeito da transgenia, ou entre os diferentes herbicidas, na avaliação qualitativa da comunidade bacteriana do solo realizada pelo método do DGGE Diferenças quantitativas e qualitativas foram atribuídas exclusivamente a diferenças entre locais, a estágios de desenvolvimento das plantas, a diferenças entre cultivares e a condições climáticas