Análise da interação entre o odontopediatra e a criança em situação de atendimento odontológico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fioravante, Daniele Pedrosa
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10737
Resumo: Resumo: A literatura tem indicado que o tratamento odontopediátrico é influenciado pelo padrão comportamental dos profissionais e das crianças Todavia, há ainda necessidade de mais estudos destinados a investigar algumas variáveis presentes nesse contexto A presente pesquisa visou caracterizar o padrão de interação entre os odontopediatras e as crianças, no decorrer de atendimentos odontológicos profiláticos ou de emergência Participaram do estudo dois graduados em odontologia, que cursavam especialização em odontopediatria Também participaram vinte crianças consideradas não clínicas para problemas de comportamento, de acordo com os resultados obtidos no inventário Walker Problem Behavior Identification Checklist, respondido pela mãe Os dados foram coletados em uma clínica-escola de atendimento odontológico através de gravação em vídeo dos atendimentos Cada profissional atendeu dez crianças, sendo cinco em atendimentos de profilaxia e cinco em emergência As respostas observadas foram categorizadas e analisadas através da adaptação de um sistema de categorização utilizado em um estudo anterior As categorias para os comportamentos das crianças foram: cooperativos ou opositores; para os comportamentos dos profissionais foram: adequados (estratégias de manejo positivas) ou inadequados (estratégias de manejo punitivas ou restritivas) Os resultados obtidos indicaram que, das 2 crianças atendidas, 19 apresentaram alta freqüência de respostas cooperativas e oito apresentaram alta freqüência de respostas opositoras, ou seja, a freqüência de não-colaboração foi alta em 4% do total de atendimentos As crianças atendidas na emergência apresentaram 5% menos respostas colaborativas e duas vezes mais respostas opositoras do que as crianças atendidas na profilaxia Quanto aos odontopediatras, observou-se maior freqüência de respostas adequadas por minuto do que inadequadas em todas as dez consultas de profilaxia, mas em somente quatro das dez consultas de emergência Houve elevada freqüência de comportamentos inadequados emitidos pelos profissionais tanto com crianças com freqüência alta como baixa de respostas opositoras Os dados sugerem que: a) as crianças são menos colaboradoras e mais opositoras nos atendimentos de emergência do que nos de profilaxia; b) a ocorrência de respostas de oposição pelas crianças parece não exercer grande influência sobre a ocorrência ou não, de respostas inadequadas dos profissionais, e c) a variável tipo de atendimento exerce influência sobre a ocorrência de comportamentos adequados e inadequados dos profissionais, com mais dificuldades de manejo da criança nos atendimentos de emergência Essas conclusões são evidências da necessidade de melhorar as habilidades do odontopediatras exigidas nos atendimentos de emergência, visando a redução do uso de estratégias inadequadas de manejo nestes atendimentos Sugere-se, então, que medidas sejam tomadas nos cursos de formação em Odontologia e Odontopediatria, para incremento no treino tanto de habilidades técnicas da profissão como de habilidades positivas de manejo do comportamento infantil
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para os comportamentos dos profissionais foram: adequados (estratégias de manejo positivas) ou inadequados (estratégias de manejo punitivas ou restritivas) Os resultados obtidos indicaram que, das 2 crianças atendidas, 19 apresentaram alta freqüência de respostas cooperativas e oito apresentaram alta freqüência de respostas opositoras, ou seja, a freqüência de não-colaboração foi alta em 4% do total de atendimentos As crianças atendidas na emergência apresentaram 5% menos respostas colaborativas e duas vezes mais respostas opositoras do que as crianças atendidas na profilaxia Quanto aos odontopediatras, observou-se maior freqüência de respostas adequadas por minuto do que inadequadas em todas as dez consultas de profilaxia, mas em somente quatro das dez consultas de emergência Houve elevada freqüência de comportamentos inadequados emitidos pelos profissionais tanto com crianças com freqüência alta como baixa de respostas opositoras Os dados sugerem que: a) as crianças são menos colaboradoras e mais opositoras nos atendimentos de emergência do que nos de profilaxia; b) a ocorrência de respostas de oposição pelas crianças parece não exercer grande influência sobre a ocorrência ou não, de respostas inadequadas dos profissionais, e c) a variável tipo de atendimento exerce influência sobre a ocorrência de comportamentos adequados e inadequados dos profissionais, com mais dificuldades de manejo da criança nos atendimentos de emergência Essas conclusões são evidências da necessidade de melhorar as habilidades do odontopediatras exigidas nos atendimentos de emergência, visando a redução do uso de estratégias inadequadas de manejo nestes atendimentos Sugere-se, então, que medidas sejam tomadas nos cursos de formação em Odontologia e Odontopediatria, para incremento no treino tanto de habilidades técnicas da profissão como de habilidades positivas de manejo do comportamento infantilDissertação (Mestrado em Análise do Comportamento) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Análise do ComportamentoAbstract: The literature has been demonstrating that the pediatric dentistry treatment is influenced by the children’s and professional’s pattern of behavior However, it is necessary to carry through more studies to investigate some variables of this context This research intended to characterize the pattern of interaction among pediatric dentistry and the children, during prophylaxis or emergencies attendances Two pediatric dentists were requested to take part on the research Twenty children, which were considered non clinical for behavior problems according to the results of the Walker Problem Behavior Identification Checklist filled by their mothers, also participated The data were collected in a clinic-school of pediatric dentistry, through the writing in video of the attendances Each professional attended ten children, five of then during prophylaxis and five during emergency The observed responses were categorized and analyzed through an adaptation of a categorization system which was used in a previous study The categories established for the children’s behavior were: cooperative and opponent; for the pediatric dentist’s behavior they were: adequate (positive handling strategies) and inadequate (punitive or restrictive handling strategies) The obtained results indicated that 19, from the 2 children which were attended, showed high frequency of cooperative responses, and that eight showed high frequency of opponent responses, which means that the non-collaboration frequency was high in 4% of the total of attendances The children attended during emergency showed 5% less cooperative responses and two times more opponent responses, comparing with the children attended in prophylaxis Concerning the pediatric dentists, it was observed a high frequency of adequate responses, by minute, than of inadequate responses, in all of the ten prophylaxis attendances, but only in four of the ten emergency attendances There was an elevated frequency of the professional’s inadequate behaviors in relation to children which showed high or low frequency of opponent responses The data suggest that: a) children were less cooperative and more opponent during the emergency attendances than during prophylaxis attendances; b) the occurrence of children’s opponents responses seems not to exert great influence on the occurrence or not, of the professionals inadequate responses; and c) the variable type of attendance exert influence on the occurrence of professionals adequate and inadequate behaviors, with more difficulties on the handling of the children during emergency attendances These conclusions are evidences of the necessity of implementing the abilities of the pediatric dentists which are demanded on the emergency attendances It has to be done aiming a decreasing on the usage of inadequate handling strategies during this type of attendance So, it is suggested the measures should be taken on the courses of graduation and post-graduation in Dentistry and Pediatric Dentistry, to implementing the training on the technical abilities of the professional, and on the positive abilities of children’s behavior handlingMarinho, Maria Luiza [Orientador]Banaco, Roberto AlvesZakir, Norma Sant'AnaFioravante, Daniele Pedrosa2024-05-01T12:48:16Z2024-05-01T12:48:16Z2007.0029.01.2007info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/10737porMestradoAnálise do ComportamentoCentro de Ciências BiológicasPrograma de Pós-graduação em Análise do ComportamentoLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:19:30Zoai:repositorio.uel.br:123456789/10737Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:19:30Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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