Matemática que se sente na pele: um estudo a respeito do pensamento matemático de alunos surdocegos.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jesus, Marcelo Silva de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17114
Resumo: A presente pesquisa, de abordagem qualitativa descritiva, com características de um estudo de casos múltiplos, tem por objetivo investigar e discutir características do Pensamento Matemático de dois alunos surdocegos de uma escola do município de Londrina-PR. Para tanto, assumiu-se como perspectiva epistemológica e metodológica o Modelo dos Campos Semânticos (MCS), proposto por Rômulo Campos Lins. Como suporte teórico, adotou-se a relação entre Pensamento e Linguagem e o processo de desenvolvimento de crianças com deficiência, propostos por Vygostsky. Para atingir o objetivo proposto, construiu-se uma caracterização para o modo de produção de significados para a Matemática esperado de dois alunos no contexto educacional paranaense, a partir da produção de significados do autor deste trabalho para os resíduos de enunciações contidos nas Diretrizes Curriculares da Educação do Paraná para a disciplina de Matemática. Tendo essa caracterização como referência e os referenciais teóricos mencionados, realizou-se uma leitura dos resíduos de enunciações dos dois, produzidos durante entrevistas semiestruturadas que tinham por objetivo caracterizar os contextos escolares em que estiveram e/ou estão inseridos e uma caracterização para os modos de produção de significados para a Matemática, ou ainda, para o Pensamento Matemático de cada um deles. O estudo evidenciou que o modo mais presente e valorizado em toda aprendizagem escolar dos alunos, de noções concretas às abstratas, após o surgimento da surdocegueira, esteve indissociável da manipulação, presente ou passada, de objetos físicos. Apenas um dos alunos demonstrou possuir o Pensamento Matemático esperado no contexto em que estão inseridos, e que ambos demonstram, em seus modos de lidar com a Matemática, coisificar noções matemáticas e fazer referência a objetos “concretos”, “cotidianos”.
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