Posicionamentos skinnerianos quanto ao uso do controle aversivo pelas agências de controle

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Godinho, Bruna Del Giudice Machado
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/13107
Resumo: Resumo: O campo de estudo, denominado controle aversivo, é constituído pelas contingências de reforçamento negativo e de punição positiva e negativa O uso do controle aversivo tem sido alvo de muitas críticas dentro da comunidade científica As críticas às contingências aversivas, normalmente, são dirigidas aos subprodutos emocionais que se mostram prejudiciais às pessoas controladas e ao poder positivamente reforçador que essas contingências exercem sobre os controladores Por isso, Skinner normalmente recomenda o “controle intencional” de pessoas por meio de contingências de reforço positivo A justificativa do autor para tal recomendação se baseia no fato de que esse tipo de contingência, em geral, não acarreta subprodutos desfavoráveis ao controlado O controle intencional de grupos é comum e tratado por Skinner como necessário quando se trata de cultura e sobrevivência cultural As agências de controle, por ele analisadas (governo, religião, educação, economia e psicoterapia), envolvem um tipo de controle das pessoas mais poderoso do que o controle face a face, visto que manipulam conjuntos particulares de variáveis, operando assim com maior sucesso Os objetivos dessas agências normalmente envolvem o estabelecimento e manutenção de práticas culturais que beneficiem a cultura e ao grupo como um todo Como Skinner normalmente é conhecido tanto por defender posições desfavoráveis ao uso do controle aversivo quanto por defender posições favoráveis ao controle de grupos para benefício cultural, segue a seguinte pergunta: Skinner, quando trata do controle realizado pelas agências de controle [um tipo de prática cultural], mostra-se favorável ao uso de algum tipo de controle aversivo? Se o faz, em que situações isso ocorreria? Para responder a essas perguntas foi conduzida uma pesquisa teórico-conceitual, dividida em três passos: o primeiro consistiu de uma seleção de textos skinnerianos em que o autor apresentava conceitos e posicionamentos sobre controle aversivo e agências de controle; o segundo consistiu da leitura e transcrição das informações levantadas e o terceiro consistiu da organização das informações obtidas (resultados) em quatro temas: (1) descrições skinnerianas sobre o uso do controle aversivo pelas agências de controle, (2) posicionamentos de Skinner a favor do uso do controle aversivo pelas agências de controle, (3) controle aversivo e controle ético, e (4) efeitos ineficazes e eficazes do uso do controle aversivo quando utilizado pelas agências de controle Entre os resultados encontrados, destacam-se algumas posições skinnerianas favoráveis ao uso do controle aversivo pelas agências de controle, em situações específicas As situações específicas, em geral, são aquelas nas quais esse tipo de controle se mostrou útil para a sobrevivência da cultura Procedimentos para a aquisição e manutenção do comportamento de autocontrole e para o controle ético, por exemplo, são recomendados por Skinner e incluem o uso de contingências aversivas Todavia, não se pode afirmar que o autor é, então, absolutamente favorável ou contrário ao uso do controle aversivo pelas agências de controle Mesmo no contexto dessas agências, suas posições, a respeito do uso do controle aversivo, são variadas e precisam ser compreendidas em suas justificativas particulares para cada situação por ele analisada
id UEL_6c82487c466f0684f8bd763e9963b58a
oai_identifier_str oai:repositorio.uel.br:123456789/13107
network_acronym_str UEL
network_name_str Repositório Institucional da UEL
repository_id_str
spelling Posicionamentos skinnerianos quanto ao uso do controle aversivo pelas agências de controleControle aversivo (Psicologia)Punição (Psicologia)Behaviorismo (Psicologia)Aversive controlPunishement (Psiychology)Resumo: O campo de estudo, denominado controle aversivo, é constituído pelas contingências de reforçamento negativo e de punição positiva e negativa O uso do controle aversivo tem sido alvo de muitas críticas dentro da comunidade científica As críticas às contingências aversivas, normalmente, são dirigidas aos subprodutos emocionais que se mostram prejudiciais às pessoas controladas e ao poder positivamente reforçador que essas contingências exercem sobre os controladores Por isso, Skinner normalmente recomenda o “controle intencional” de pessoas por meio de contingências de reforço positivo A justificativa do autor para tal recomendação se baseia no fato de que esse tipo de contingência, em geral, não acarreta subprodutos desfavoráveis ao controlado O controle intencional de grupos é comum e tratado por Skinner como necessário quando se trata de cultura e sobrevivência cultural As agências de controle, por ele analisadas (governo, religião, educação, economia e psicoterapia), envolvem um tipo de controle das pessoas mais poderoso do que o controle face a face, visto que manipulam conjuntos particulares de variáveis, operando assim com maior sucesso Os objetivos dessas agências normalmente envolvem o estabelecimento e manutenção de práticas culturais que beneficiem a cultura e ao grupo como um todo Como Skinner normalmente é conhecido tanto por defender posições desfavoráveis ao uso do controle aversivo quanto por defender posições favoráveis ao controle de grupos para benefício cultural, segue a seguinte pergunta: Skinner, quando trata do controle realizado pelas agências de controle [um tipo de prática cultural], mostra-se favorável ao uso de algum tipo de controle aversivo? Se o faz, em que situações isso ocorreria? Para responder a essas perguntas foi conduzida uma pesquisa teórico-conceitual, dividida em três passos: o primeiro consistiu de uma seleção de textos skinnerianos em que o autor apresentava conceitos e posicionamentos sobre controle aversivo e agências de controle; o segundo consistiu da leitura e transcrição das informações levantadas e o terceiro consistiu da organização das informações obtidas (resultados) em quatro temas: (1) descrições skinnerianas sobre o uso do controle aversivo pelas agências de controle, (2) posicionamentos de Skinner a favor do uso do controle aversivo pelas agências de controle, (3) controle aversivo e controle ético, e (4) efeitos ineficazes e eficazes do uso do controle aversivo quando utilizado pelas agências de controle Entre os resultados encontrados, destacam-se algumas posições skinnerianas favoráveis ao uso do controle aversivo pelas agências de controle, em situações específicas As situações específicas, em geral, são aquelas nas quais esse tipo de controle se mostrou útil para a sobrevivência da cultura Procedimentos para a aquisição e manutenção do comportamento de autocontrole e para o controle ético, por exemplo, são recomendados por Skinner e incluem o uso de contingências aversivas Todavia, não se pode afirmar que o autor é, então, absolutamente favorável ou contrário ao uso do controle aversivo pelas agências de controle Mesmo no contexto dessas agências, suas posições, a respeito do uso do controle aversivo, são variadas e precisam ser compreendidas em suas justificativas particulares para cada situação por ele analisadaDissertação (Mestrado em Análise do Comportamento) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Análise do ComportamentoAbstract: The field of study called aversive control consists of the contingencies of negative reinforcement and positive punishment and negative The use of aversive control has been the target of much criticism within the scientific community The implications of aversive contingencies are usually related to emotional byproducts that prove harmful to persons controlled, and the fact that the use of these contingencies is almost always a positive reinforcer to controllers Therefore, Skinner usually recommends a “intentional control" of people through positive reinforcement contingencies The author's justification for this recommendation is based on the fact that this type of contingency, in general, does not lead to unfavorable byproducts controlled Intentional control and treated groups is common by Skinner as necessary when it comes to culture and cultural survival The control agencies examined by him (the government, religion, education, economy and psychotherapy), involve a kind of control of people more powerful than the control face to face, since manipulate particular sets of operating variables, so the most successful The goals of these agencies typically involve the establishment and maintenance of cultural practices that benefit the culture and the group as a whole As Skinner is usually known as much for unfavorable positions to defend the use of aversive control and defend positions in favor of the control groups for cultural benefit, the following question: Skinner, when the control is carried out by control agencies [a kind of cultural practice ], is in favor the use of aversive control? If it does, under what circumstances this would occur? To answer these questions we conducted a theoretical and conceptual research divided into three steps: the first consisted of a selection of Skinner's writings in which the author presented concepts and positions on aversive control and control agencies, and the second consisted of reading and transcription of information gathered and the third consisted of the organization of the information obtained (results) on four themes: (1) descriptions Skinner on the use of aversive control by control agencies, (2) Skinner's positions in favor of the use of aversive control by control agencies; (3) aversive control and ethical control, (4) effects of the ineffective and effective use of aversive control when used by regulatory agencies Among the results shows some of Skinner's positions favorable to the use of aversive control by control agencies, in specific situations The specific situations, in general, are those in which this type of control has proved useful for the survival of culture Procedures for the acquisition and maintenance of the behavior of self-control and ethical, for example, are recommended by Skinner and include the use of aversive contingencies However, we can not say that the author is, then, for or against the use of aversive control by control agencies Even within these agencies, their positions regarding the use of aversive control are varied and need to be understood in its justification for each particular situation examined by himGongora, Maura Alves Nunes [Orientador]Gon, Márcia Cristina CasertaAbib, José Antônio DamásioGodinho, Bruna Del Giudice Machado2024-05-01T14:07:20Z2024-05-01T14:07:20Z2011.0011.11.2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/13107porMestradoAnálise do ComportamentoCentro de Ciências BiológicasPrograma de Pós-graduação em Análise do ComportamentoLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:19:48Zoai:repositorio.uel.br:123456789/13107Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:19:48Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
dc.title.none.fl_str_mv Posicionamentos skinnerianos quanto ao uso do controle aversivo pelas agências de controle
title Posicionamentos skinnerianos quanto ao uso do controle aversivo pelas agências de controle
spellingShingle Posicionamentos skinnerianos quanto ao uso do controle aversivo pelas agências de controle
Godinho, Bruna Del Giudice Machado
Controle aversivo (Psicologia)
Punição (Psicologia)
Behaviorismo (Psicologia)
Aversive control
Punishement (Psiychology)
title_short Posicionamentos skinnerianos quanto ao uso do controle aversivo pelas agências de controle
title_full Posicionamentos skinnerianos quanto ao uso do controle aversivo pelas agências de controle
title_fullStr Posicionamentos skinnerianos quanto ao uso do controle aversivo pelas agências de controle
title_full_unstemmed Posicionamentos skinnerianos quanto ao uso do controle aversivo pelas agências de controle
title_sort Posicionamentos skinnerianos quanto ao uso do controle aversivo pelas agências de controle
author Godinho, Bruna Del Giudice Machado
author_facet Godinho, Bruna Del Giudice Machado
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Gongora, Maura Alves Nunes [Orientador]
Gon, Márcia Cristina Caserta
Abib, José Antônio Damásio
dc.contributor.author.fl_str_mv Godinho, Bruna Del Giudice Machado
dc.subject.por.fl_str_mv Controle aversivo (Psicologia)
Punição (Psicologia)
Behaviorismo (Psicologia)
Aversive control
Punishement (Psiychology)
topic Controle aversivo (Psicologia)
Punição (Psicologia)
Behaviorismo (Psicologia)
Aversive control
Punishement (Psiychology)
description Resumo: O campo de estudo, denominado controle aversivo, é constituído pelas contingências de reforçamento negativo e de punição positiva e negativa O uso do controle aversivo tem sido alvo de muitas críticas dentro da comunidade científica As críticas às contingências aversivas, normalmente, são dirigidas aos subprodutos emocionais que se mostram prejudiciais às pessoas controladas e ao poder positivamente reforçador que essas contingências exercem sobre os controladores Por isso, Skinner normalmente recomenda o “controle intencional” de pessoas por meio de contingências de reforço positivo A justificativa do autor para tal recomendação se baseia no fato de que esse tipo de contingência, em geral, não acarreta subprodutos desfavoráveis ao controlado O controle intencional de grupos é comum e tratado por Skinner como necessário quando se trata de cultura e sobrevivência cultural As agências de controle, por ele analisadas (governo, religião, educação, economia e psicoterapia), envolvem um tipo de controle das pessoas mais poderoso do que o controle face a face, visto que manipulam conjuntos particulares de variáveis, operando assim com maior sucesso Os objetivos dessas agências normalmente envolvem o estabelecimento e manutenção de práticas culturais que beneficiem a cultura e ao grupo como um todo Como Skinner normalmente é conhecido tanto por defender posições desfavoráveis ao uso do controle aversivo quanto por defender posições favoráveis ao controle de grupos para benefício cultural, segue a seguinte pergunta: Skinner, quando trata do controle realizado pelas agências de controle [um tipo de prática cultural], mostra-se favorável ao uso de algum tipo de controle aversivo? Se o faz, em que situações isso ocorreria? Para responder a essas perguntas foi conduzida uma pesquisa teórico-conceitual, dividida em três passos: o primeiro consistiu de uma seleção de textos skinnerianos em que o autor apresentava conceitos e posicionamentos sobre controle aversivo e agências de controle; o segundo consistiu da leitura e transcrição das informações levantadas e o terceiro consistiu da organização das informações obtidas (resultados) em quatro temas: (1) descrições skinnerianas sobre o uso do controle aversivo pelas agências de controle, (2) posicionamentos de Skinner a favor do uso do controle aversivo pelas agências de controle, (3) controle aversivo e controle ético, e (4) efeitos ineficazes e eficazes do uso do controle aversivo quando utilizado pelas agências de controle Entre os resultados encontrados, destacam-se algumas posições skinnerianas favoráveis ao uso do controle aversivo pelas agências de controle, em situações específicas As situações específicas, em geral, são aquelas nas quais esse tipo de controle se mostrou útil para a sobrevivência da cultura Procedimentos para a aquisição e manutenção do comportamento de autocontrole e para o controle ético, por exemplo, são recomendados por Skinner e incluem o uso de contingências aversivas Todavia, não se pode afirmar que o autor é, então, absolutamente favorável ou contrário ao uso do controle aversivo pelas agências de controle Mesmo no contexto dessas agências, suas posições, a respeito do uso do controle aversivo, são variadas e precisam ser compreendidas em suas justificativas particulares para cada situação por ele analisada
publishDate 2024
dc.date.none.fl_str_mv 11.11.2011
2011.00
2024-05-01T14:07:20Z
2024-05-01T14:07:20Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.uel.br/handle/123456789/13107
url https://repositorio.uel.br/handle/123456789/13107
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Mestrado
Análise do Comportamento
Centro de Ciências Biológicas
Programa de Pós-graduação em Análise do Comportamento
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv Londrina
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UEL
instname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)
instacron:UEL
instname_str Universidade Estadual de Londrina (UEL)
instacron_str UEL
institution UEL
reponame_str Repositório Institucional da UEL
collection Repositório Institucional da UEL
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)
repository.mail.fl_str_mv bcuel@uel.br||
_version_ 1809823257149308928