Crenças de autoeficácia em professores referentes aos saberes docentes para a educação inclusiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nozi, Gislaine Semcovici
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/13537
Resumo: Resumo: Considerando que são escassos os estudos que investigam as crenças de autoeficácia em professores para atuar na perspectiva educacional inclusiva, bem como pesquisas que identificam os conhecimentos e habilidades já construídos pelos docentes para a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais (NEE), esta pesquisa tem por objetivo: investigar as crenças de autoeficácia em professores regentes de classe comum do Ensino Fundamental I para a execução de ações pedagógicas relacionadas aos saberes procedimentais indicados pela literatura para favorecer o processo de inclusão de alunos com NEE Os fundamentos teóricos tomados como base foram: os saberes docentes recomendados pela literatura acadêmica para favorecer a inclusão dos alunos com NEE, a Teoria da Autoeficácia de Bandura, os princípios e orientações pedagógicas disponíveis sobre educação inclusiva O método adotado foi a pesquisa de levantamento ou survey A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com 2 professoras regentes de classe comum atuantes no Ensino Fundamental I que tinham alunos com NEE matriculados em suas turmas, pertencentes a uma rede municipal de ensino do Estado do Paraná Os dados foram analisados por meio de duas categorias e dez subcategorias tendo como aporte teórico para sua organização as orientações de Bardin (1977) para a Análise de Conteúdo Como resultados identificamos que as professoras apresentaram crenças de autoeficácia mais positivas para: desenvolver um clima emocional e afetivo positivo em sala de aula em relação aos alunos com NEE; para atuar de forma colaborativa com outros profissionais; para avaliar e organizar o espaço físico da sala de aula; e para identificar as dificuldades dos alunos com NEE e crenças de autoeficácia mais baixas e maior incidência de crenças ocasionais para avaliar a aprendizagem dos alunos com NEE e organizar atividades pedagógicas inclusivas As professoras que apresentaram maior incidência de crenças de autoeficácia positivas possuíam alguma formação específica em Educação Especial e relataram experiências profissionais bem-sucedidas junto a alunos com NEE; já a maior parte das professoras que apresentaram maior incidência de crença de autoeficácia insuficientes afirmaram não ter passado por formação específica em relação à educação inclusiva e tinham em suas turmas alunos que exigiam adaptações curriculares de grande porte, demandando modificações para acessibilidade física e material e a adoção de estratégias bastante específicas As fontes de informação que mais contribuíram para a percepção de autoeficácia das professoras foram as experiências diretas e as experiências vicárias Os resultados reforçam a tese de que o domínio dos saberes procedimentais para a educação inclusiva interfere na crença de Autoeficácia de professores para trabalhar com alunos com NEE e a crença da autoeficácia dos professores influencia no modo como eles organizam a prática pedagógica junto aos alunos com NEE Além disso, os resultados apontam para o fato de que a formação de professores para atender às NEE, as experiências pedagógicas de sucesso junto aos alunos com NEE e o trabalho colaborativo entre os profissionais envolvidos na inclusão escolar favorecem o desenvolvimento das crenças de autoeficácia positivas nos professores
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para atuar de forma colaborativa com outros profissionais; para avaliar e organizar o espaço físico da sala de aula; e para identificar as dificuldades dos alunos com NEE e crenças de autoeficácia mais baixas e maior incidência de crenças ocasionais para avaliar a aprendizagem dos alunos com NEE e organizar atividades pedagógicas inclusivas As professoras que apresentaram maior incidência de crenças de autoeficácia positivas possuíam alguma formação específica em Educação Especial e relataram experiências profissionais bem-sucedidas junto a alunos com NEE; já a maior parte das professoras que apresentaram maior incidência de crença de autoeficácia insuficientes afirmaram não ter passado por formação específica em relação à educação inclusiva e tinham em suas turmas alunos que exigiam adaptações curriculares de grande porte, demandando modificações para acessibilidade física e material e a adoção de estratégias bastante específicas As fontes de informação que mais contribuíram para a percepção de autoeficácia das professoras foram as experiências diretas e as experiências vicárias Os resultados reforçam a tese de que o domínio dos saberes procedimentais para a educação inclusiva interfere na crença de Autoeficácia de professores para trabalhar com alunos com NEE e a crença da autoeficácia dos professores influencia no modo como eles organizam a prática pedagógica junto aos alunos com NEE Além disso, os resultados apontam para o fato de que a formação de professores para atender às NEE, as experiências pedagógicas de sucesso junto aos alunos com NEE e o trabalho colaborativo entre os profissionais envolvidos na inclusão escolar favorecem o desenvolvimento das crenças de autoeficácia positivas nos professoresTese (Doutorado em Educação) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Educação, Comunicação e Artes, Programa de Pós-Graduação em EducaçãoAbstract: Considering that there are few studies investigating self-efficacy beliefs in teachers to practice an inclusive educational perspective, as well as researches that identify knowledge and skills already built by teachers for the inclusion of students with special educational needs (SEN), this research aimed to: investigate self-efficacy beliefs in regular teachers of Elementary School to perform pedagogical practices related to the procedural expertise indicated by literature to encourage the inclusion process of students with SEN This study was based on the following theoretical foundations: teacher’s knowledge recommended by the academic literature to encourage the inclusion of SEN students, Bandura’s Self-Efficacy Theory, and the available pedagogical principles and guidelines on inclusive education It was adopted the survey method and the data was collected through semi-structured interviews in an Elementary School from Parana’s state municipal educational system The interview was conducted with 2 regular teachers working with SEN students enrolled in their classes The data were analyzed using two categories and ten subcategories having as a theoretical contribution for its organization the guidelines of Bardin (1977) for Content Analysis As a result, it was identified that teachers presented more positive self-efficacy beliefs to: develop a positive emotional and affective climate in the classroom regarding students with SEN; work collaboratively with other professionals; evaluate and organize the physical space in the classroom; identify the difficulties of SEN students and lower self-efficacy beliefs and higher incidence of occasional beliefs to evaluate SEN students' learning and organize inclusive pedagogical activities Teachers with the highest positive self-efficacy beliefs had some specific training in Special Education and reported successful work experiences with SEN students; most of the teachers with the highest incidence of lack of self-efficacy beliefs said they had not undergone specific training regarding inclusive education and had in their classes students who required extensive curricular adaptations, demanding modifications for physical and material accessibility and the implementation of very specific strategies The sources that most contributed to the perception of self-efficacy of teachers were mastery experiences and vicarious experiences The results reinforce the thesis that mastery of procedural knowledge for inclusive education interferes with the teachers' self-efficacy belief of working with SEN students, and the teachers' self-efficacy belief influences how they organize pedagogical practice with SEN students Besides, the results point to the fact that teacher training to meet SEN, successful pedagogical experiences with SEN students, and collaborative work among professionals involved in school inclusion foster the development of positive self-efficacy beliefs in teachersVitaliano, Célia Regina [Orientador]Martins, Bárbara AmaralOmote, SadaoBzuneck, José AloyseoRufini, Sueli ÉdiNozi, Gislaine Semcovici2024-05-01T14:15:54Z2024-05-01T14:15:54Z2020.0020.02.2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/13537porDoutoradoEducaçãoCentro de Educação, Comunicação e ArtesPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoLondrinareponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-04T01:39:28Zoai:repositorio.uel.br:123456789/13537Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-04T01:39:28Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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