O fantástico nos quadrinhos : interações semióticas e leitura na escola

• Autor(a) principal: Salermo, Renan Luis
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
• Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16784
• topic: Semiótica; Histórias em quadrinhos; História e crítica; Leitura; O Fantástico; Semiotics; Comic books, strips, etc.; Reading; Fantastic, The; History and criticism

Resumo: Esta tese tem o objetivo de constatar como a significação do tema fantástico é fomentada pelos quadrinhos experimentais e seu potencial de instaurar dinâmicas de leitura diferente das mais programadas, como as que são comumente empregadas no ensino-aprendizagem de leitura Diante disso, nossa pergunta norteadora é: como seria a disposição da narrativa fantástico nos quadrinhos experimentais e quais as diferentes dinâmicas de leitura que podem ou não distinguir das já adotadas nos ambientes da escola? Sendo assim, a atenção desta pesquisa está voltada para investigar como o efeito do insólito é produzido discursivamente, contando com traços de experimentalismo que refazem o ritmo mais frequente de leitura dos quadrinhos Ao sugerir novos roteiros de interação, os quadrinhos experimentais parecem não corresponder aos regimes de sentido implementados no ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, por exemplo A base teórica adotada nesta investigação foi o instrumental da Semiótica greimasiana, com o seu potencial metodológico de investigar como o sentido se organiza para dizer aquilo que diz Além do método canônico de leitura Semiótica, adotamos os desdobramentos da Sociossemiótica de Eric Landowski, que dispõe de um instrumental capaz de pormenorizar as interações de sentido dos sujeitos na leitura dos quadrinhos experimentais fantásticos e as interações estabelecidas na leitura dos quadrinhos na escola Os corpora da pesquisa correspondem a dois quadrinhos, o primeiro, Quando meu pai se encontrou com o ET fazia um dia quente, de Lourenço Mutarelli, publicado em 211, e Campo em Branco, de Emilio Fraia e Dw Ribatski, publicado em 213, além dos documentos oficiais que direcionam as ações educacionais no Brasil Os resultados demonstram que a organização da significação desses quadrinhos e seu sincretismo dinâmico determinam um ritmo de leitura distinto do comumente empregado na interação com os quadrinhos e, assim, desafiam as práticas de leitura assentadas na de sala de aula Com isso, consolidam-se novos e oportunos diálogos teóricos entre a Semiótica e a Escola por meio da leitura do texto sincrético