Contribuições da prática da terapia comunitária integrativa para estudantes universitários

• Autor(a) principal: Jucelei Pascoal Boaretto
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL
• Texto Completo: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000230992

Introdução: As Práticas Integrativas e Complementares trazem benefícios ao ser humano no controle da dor, do transtorno da ansiedade ou simplesmente na melhoria da qualidade de vida. Por intermédio da Terapia Comunitária Integrativa, única prática genuinamente brasileira, pode-se diminuir a ansiedade e a depressão, considerando que ambas surgem como uma resposta automática do organismo nas dificuldades de adaptação. A necessidade do autoconhecimento e do espaço de partilha e escuta, dentro das universidades tem sido descrita em diferentes estudos. Objetivo: avaliar, as contribuições da prática da Terapia Comunitária Integrativa para os estudantes de graduação e de pós-graduação de uma Universidade Estadual pública do sul do país. Método: Trata-se de uma dissertação apresentada no formato de dois estudos diferenciados: um, de abordagem quantitativa, longitudinal, sendo utilizado o método da pesquisa quase experimental, por meio da análise dos níveis de ansiedade e depressão, identificados com a Escala de Hospital Anxiety and Depression, devidamente preenchida na primeira e na quinta sessão, ou seja, no pré e no pós teste; e outro estudo de abordagem qualitativa, no qual, foi realizada a análise de conteúdo de Bardin, após cinco encontros de Terapia Comunitária Integrativa e a resposta dos estudantes, diante da a pergunta norteadora: “O que significou participar desta Terapia Comunitária para você?”. A coleta de dados ocorreu no período de agosto de 2018 a abril de 2019. Resultados e Discussão: Participaram do estudo, 25 estudantes de graduação e de pós-graduação de uma Universidade Estadual pública do Sul do País. Os critérios de inclusão adotados foram: ser aluno dos cursos de graduação e de pós graduação do Centro de Ciências da Saúde com, no mínimo, 12 meses de frequência nas aulas e que aceitasse o convite realizado por e-mail, por intermédio do centro acadêmico e do colegiado de curso. Foram excluídos os que não participaram dos cinco encontros programados. Os resultados do primeiro estudo demonstraram que para os níveis de ansiedade e depressão houve redução da “tensão”, do “medo”, da “inquietação” e da “preocupação” e a melhora no sentimento de “relaxamento”, sendo considerados os valores estatisticamente significativos com p<0,05; consequentemente, podem facilitar o encontro de estratégias de enfrentamento em nível comunitário, no cotidiano do universitário. No segundo estudo foram desveladas quatro categorias, representadas por ditos populares: “Só reconheço o que conheço;” “A palavra é o melhor remédio;” “Não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe” e “Cada um é doutor da sua própria dor”; as percepções dos participantes foram captadas e houve contribuição na melhoria dos níveis de ansiedade e depressão. Conclusão: A Terapia Comunitária Integrativa pode ser um instrumento eficaz e contribuir na diminuição dos níveis de ansiedade e de depressão em estudantes. Compreende-se que todos os integrantes do estudo, conseguiram ter suas próprias percepções e aprendizados durante sua participação e que a Terapia Comunitária Integrativa pode ser considerada, uma ferramenta importante para auxílio ao cuidado de saúde no ambiente universitário.