“Coração de estudante”: a terapia comunitária integrativa no contexto universitário.

• Autor(a) principal: NUNES, Priscila Campos.
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10654
• topic: Enfermagem; Enfermagem; Terapia Comunitária Integrativa; Estudantes; Nursing; Integrative Therapy Community; Students; Enfermería; Estudiantes

Dentre as novas estratégias de cuidado e promoção à saúde, a Terapia Comunitária Integrativa (TCI), vem se consolidando como um recurso de cuidado inovador, que favorece o empoderamendo, através da partilha de problemas vivenciados no cotidiano e suas formas de enfrentamento. Foi criada por Adalberto de Paula Barreto, que conceitua a TCI como um espaço onde há partilha de experiências e sabedorias vivenciadas no dia-a-dia, de modo circular e horizontal. Nesse sentido, esta pesquisa teve como objetivo geral conhecer as repercussões da Terapia Comunitária Integrativa entre os estudantes de enfermagem. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, com tipologia exploratória e descritiva. A população do estudo foi de 10 (dez) discentes de enfermagem que participaram de rodas de TCI, desenvolvidas no período de maio a dezembro de 2012, a partir de projetos de extensão desenvolvidos na UFCG- Campus Cuité. A coleta de dados foi realizada nos meses de junho e julho de 2013. Foi utilizada uma entrevista semi-estruturada e um gravador de áudio para recolher os depoimentos dos estudantes. A análise dados seguiu os critérios de interpretação temática, fundamentada à luz do referencial teórico, bem como de nossos objetivos. Desse modo, foi possível apreender a problemática investigada, a partir de dois eixos principais: 1. Caracterização dos participantes do estudo, quanto à idade, sexo, onde conheceu a prática de TCI e quantas rodas participou; 2. Categorias analíticas que se subdividiram em duas categorias empíricas: “(Re)Descobrindo caminhos”: As participações nas rodas de TCI; “Uma roda viva!”: A TCI como recurso terapêutico promotor de vínculo. Os resultados encontrados apontaram que a faixa dos participantes ficou entre 21 e 35 anos de idade, tendo maior participação feminina nas rodas. A participação nas rodas de TCI foi justificada por diversos motivos que podem ser resumidos pela oportunidade de compartilhar e ouvir, além de acolher. Os temas mais comuns abordados na TCI foram: problemas familiares, saudades de casa e de amigos, problemas de saúde, problemas de relacionamento, preocupação com a carreira profissional, sobrecarga de atividades acadêmicas. A participação nas rodas de TCI favoreceu o alívio de sofrimento, formação de vínculos e inserção na comunidade onde vivem. As principais contribuições da TCI na vida acadêmica e profissional foram expressas por falas que envolvem humanização e integralidade de cuidados, além de autoconhecimento e favorecimento das inter-relações. Por fim, a TCI é uma prática efetiva de cuidado que valoriza a promoção da saúde, promove vínculos e tem impacto na qualidade de vida dos participantes. Espera-se que o estudo contribua para o conhecimento acerca das práticas integrativas, da TCI em especial, de modo a incentivar espaços de partilha e de produção de cuidado integral e humanizado.