Regeneração de espécies arbóreas em floresta impactada

• Autor(a) principal: Rodrigues, Diego Resende
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
• Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/11502
• topic: Vegetação; Regeneração (Biologia); Reflorestamento; Florestas; Restauração; Restoration of forests; Vegetation; Regeneration (Biology)

Resumo: O presente trabalho objetivou estudar aspectos da ecologia populacional de seis espécies arbóreas em dois fragmentos de floresta estacional semidecidual, com diferentes históricos de preservação: o Parque Estadual Mata São Francisco (PEMSF), Santa Mariana - Cornélio Procópio, PR, Brasil (23º 15’S e 5º 45’ W, ponto central do fragmento), que sofreu exploração antrópica e o Parque Estadual Mata dos Godoy (PEMG), Londrina, PR, Brasil (23º 27’ S e 51º 15’ W, ponto central do fragmento), uma área sem histórico de perturbação Foram realizados estudos de alometria e de estruturas de altura e espacial em populações arbóreas intolerantes à sombra (Astronium graveolens Jacq, Croton floribundus Spreng, Gallesia integrifolia (Spreng) Harms) e tolerantes à sombra (Chrysophyllum gonocarpum (Mart & Eichler ex Miq) Engl, Euterpe edulis Mart, e Holocalyx balansae Micheli) em ambos os fragmentos Foram definidas duas áreas amostrais, com fisionomias semelhantes, de ,3 ha cada, uma em cada fragmento, divididas em parcelas contíguas de 1 m x 1 m, totalizando 3 parcelas Todos os indivíduos das seis espécies contidos nas áreas foram marcados, numerados e medidos a altura e o diâmetro Mediu-se o índice de cobertura vegetal (ICV), para verificar, com o uso do teste t, uma possível diferença de luminosidade entre as áreas A análise de covariância (ANCOVA) foi usada pata testar as possíveis diferenças nas relações alometricas entre diâmetro e altura das espécies entre as áreas A estrutura de altura de cada espécie entre as áreas foi comparada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov A distribuição espacial das espécies, em cada área, foi avaliada pelo coeficiente de autocorrelação espacial de Moran (I) A análise do teste t apontou diferença no índice de cobertura vegetal entre as áreas, indicando uma maior luminosidade no PEMSF As populações de ambas as áreas apresentaram altos valores de r2 (entre ,83 e ,96), indicando baixa variação diâmetro-altura dos indivíduos Os valores de “b” (inclinação da reta) indicaram que as populações do PEMSF têm um investimento maior em diâmetro para uma mesma altura comparado ao PEMG, possivelmente relacionado à maior luminosidade no PEMSF, ocorrendo menor competição por luz Na mesma área não houve diferença na relação diâmetro-altura entre os grupos funcionais, sugerindo que o crescimento em diâmetro-altura refletem estratégias em resposta a diferentes condições de luminosidade Foram observadas diferenças na distribuição de indivíduos por classes de altura para algumas espécies, entre as áreas, indicando que os impactos da exploração antrópica alteraram a estrutura espacial das espécies de estudo Todas as populações apresentaram distribuição aleatória, com exceção das populações de E edulis no PEMG e H balansae no PEMSF, que apresentaram distribuição agregada A análise dos resultados sugere que está ocorrendo regeneração natural dessas espécies no PEMSF, após um período de perturbação no passado Os aspectos populacionais estudados demonstraram alguns dos efeitos da exploração antrópica sobre as populações