O OLHAR SEMIÓTICO NA CANÇÃO GENI E O ZEPELIM: UMA PROPOSTA PARA A SALA DE AULA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Claraboia |
Texto Completo: | https://seer.uenp.edu.br/index.php/claraboia/article/view/1372 |
Resumo: | O presente artigo tem como finalidade apresentar a construção dos sentidos da canção Geni e o Zepelim, de Chico Buarque de Holanda, composta em 1978 para integrá-la ao espetáculo “A ópera do malandro”. Nesse ínterim, tomamos a canção desse compositor pelo viés da poética de resistência de Bosi (1996) uma vez que apresenta uma crítica ao período da ditadura civil-militar no Brasil. Chico Buarque e outros artistas da MPB e do Movimento Tropicália ludibriavam a equipe de censura com letras dotadas de metáforas, metonímias e ambiguidades, superando o silenciamento imposto pelos aparelhos da repressão. Na canção, o discurso machista e excludente das pessoas daquela cidade descortina uma ideologia vigente em suas formações discursivas sociais e religiosas. Assim, vemos essa representação preconceituosa sendo revelada pelo processo da figurativização. Para alcançar o nosso objetivo, examinaremos os enunciados da canção fazendo uso do aporte teórico-metodológico da semiótica discursiva, mais precisamente do percurso gerativo de sentido da gramática narrativa de Greimas (1976). O percurso gerativo de sentido abrange três níveis de abstração, a saber: nível fundamental, nível narrativo e nível discursivo. Vamos demonstrá-los com as passagens da canção, como modo de exemplificação e, ao mesmo tempo, para compreendermos os efeitos de sentidos dos enunciados ditos e pela maneira como são ditos, até chegarmos à unicidade global de sentido do texto. Seguiremos os apontamentos teóricos revisitados por Fiorin (2002) e por Barros (2000-2005). Ao final, trazemos uma proposta de atividade pedagógica de leitura com a canção para uma aula de Língua Portuguesa no Ensino Médio. |
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